Seguindo novamente pela estrada. Eu fico tempo pensando sobre tudo que vivemos até agora. Eu não me sinto eu mesmo as vezes, eu não sei bem oque isso significa, parece uma conversa comum de adolescente, mas oque afinal eu tenho de comum? Faz tempo que não sei oque essa palavra significa. "Comum" "normal" essas palavras ainda existem? Parece até um livro de filosofia, mas é só uma pergunta que fica na minha cabeça. Nem ligaria dela não ser respondida se ao menos o Shad estivesse a ouvindo. Não ouço mais ele na minha cabeça, não sinto mais oque sentia antes com ele. Eu tenho raiva disso as vezes. Sinto como se ele tivesse partido de bom grado sem nem querer tentar lutar, mas ele tento.... Não é? Aí eu estou apenas nos meus pensamentos... queria dessa vez que alguém escutasse... Não me sinto mais eu mesmo, nem sei se isso é bom, mas eu vou tentar seguir. Eu estou bem, eu preciso estar bem.
-Já faz um tempo que estamos nessa rodovia. Tem certeza que não pode mudar a rota?- pergunta Legis.
-Se eu pudesse já teria mudado- diz Slayer.
-Será que não é perigoso ficarmos aqui parados no meio do trânsito? E se algum guarda nos ver?- pergunto a eles.
-A gente mete a porrada e sai correndo, vai ser divertido. Essa semana foi tranquila de mais pra mim- diz Slayer.
-Isso está mais do que bom. Merecemos uma folga depois de tanta coisa- diz Legis.
-Aff, mas não precisa ser de uma semana sem nada emocionatente acontecendo. Não tenho nada pra fazer a não ser dirigir- diz Slayer.
-A você pode conversar com a gente- digo a ele.
-Como eu disse, nada divertido pra fazer- diz Slayer.
-Ele tá fazendo drama. Deixa ele- diz Legis.
-Eu não tô fazendo drama!- diz Slayer.
Derrepente ouvimos barulhos de arranho na porta de trás da van.
-Oque é isso?- pergunta Legis.
-Merda. Se for a polícia fala que não estamos- diz Slayer.
Abro a porta para ver oque é e tenho uma surpresa muito fofa.
-Ah! É um cachorrinho!- digo enquanto coloco as mãos nas bochechas e fico admirando o cachorro.
-Tá um cachorro, menos mal. Fecha essa porta- diz Slayer.
O cachorro derrepente sobe na van e se deita no meu colo.
-Aí que coisa mais fofa- digo enquanto faço carinho na barriga dele que até se vira de barriga para cima de uma forma adorável.
-Quer tirar esse pulguento da minha van!?- diz Slayer.
-Espera, tenho uma coisa que vai ajudar- diz Legis mexendo no porta-luvas da van.
-Valeu, até que enfim alguém tá me ajudando- diz Slayer.
Legis pega um cachecol e coloca no pescoço do cachorro.
-Pronto, ficou muito mais adorável e estiloso- diz Legis.
-Aí eu amei- digo abraçando o cachorro.
-Vocês querem parar com isso!? Ele não nosso!- diz Slayer.
-Mas ele é um amor- digo enquanto faço carinho na cabeça dele.
-Eu vou é cozinhar esse pulguento- diz Slayer.
-Não vai tocar no Charle Caramelo- digo a ele enquato abraço o Charle.
-Aí não, você já deu nome- diz Slayer colocando a mão em seu rosto.
-Eu gostei do nome, combina com ele- diz Legis.