SINAL DOS TEMPOS "𝑙𝑎 𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒 𝑛𝑒𝑙𝑙𝑎 𝑣𝑖𝑡𝑎"
Na mitologia grega, Atlas é o titã amaldiçoado a segurar o peso do mundo em suas costas. Um pobre coitado preso as consequências de seus próprios atos e das outras pessoas. Aminata se sentia ex...
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562 a.c, Babilônia
AMINATA CHEGOU A UM CONSENSO: sua existência naquele planeta seria solitária.
Quando ela chegou a esse consenso? No dia do casamento de Sersi e Ikaris. Não, ela não sentia inveja da irmã, pelo contrário ela estava tão feliz pela eterna quanto poderia está. Mas ainda assim, lá no fundo, ela queria o mesmo que Sersi tinha.
Ela queria um amor correspondido.
Queria alguém com quem ela pudesse passar a eternidade, alguém que estivesse ao seu lado nos melhores e piores momentos de sua longa vida na terra ou em qualquer outro lugar, ela queria ser amada.
Mas é claro que quando se tratava da deusa dos mortos, nada poderia ser tão fácil assim. E nós últimos séculos em que vivera naquele planeta apenas um ser foi capaz de despertar sentimentos mais forte do que ela sequer pensou em ter um dia.
Druig.
Esse era o nome daquele que tinha o coração de Aminata e nem ao menos fazia ideia. Seu companheiro de equipe, seu melhor amigo, aquele a quem ela deveria considerar seu irmão, assim como fazia com todos os outros eternos, então porque ela simplesmente não conseguia pensar assim? O que havia de errado com ela?
- Vai beber alguma coisa?- a voz de Druig a tirou de seus pensamentos melancólicos.
- Veneno - ela respondeu sem humor.- vou querer veneno, sal e gelo, pode ser?
- Uau, mau humor a essa hora?- Druig brincou.- adoro essa toda essa sua perspectiva de vida melancólica.
- Porque é que você ainda tá aqui?- ela se virou aborrecida para o homem.
- Porque você parecia solitária demais aqui sozinha.- ele respondeu.
- Não preciso que sinta pena de mim, ok?- ela resmungou.
- Pena? Se é isso que acha que sinto por você, eu sinto muito - ele respondeu.- mas eu vou te deixar sozinha já que você quer curtir seu momento de auto depressão.
Aminata não respondeu, ela apenas assistiu Druig se afastar dela e caminhar para longe, encontrando Makkari ao longo do trajeto e começando uma conversa animada com a eterna.
A deusa dos mortos suspirou cansanda, pronta para voltar ao domo e dormir por pelo menos 12 horas seguidas e esquecer os problemas que aflingiam sua mente.
- Você deveria falar com ele.- Sprite disse fazendo a mulher se assustar.
- O que você está fazendo aqui?- Aminata perguntou irritada.
- Vendo você ser uma idiota e jogar sua chance pelo ralo.- a ruiva respondeu.
- Eu nem ao menos sei do que você está falando.- Aminata respondeu.
- Você gosta dele, Aminata, não se faça de sonsa. - Sprite resmungou.
- Está acontecendo, a burrice humana finalmente tomou conta do seu DNA, irmã.- a morena riu sem humor.
