sentimentos do passado

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Naquela tarde, depois de passar a manhã em casa com Madara, resolvi que era hora de lavar as roupas acumuladas. Eu vestia um biquíni simples por baixo de um vestido solto e leve, e equilibrava a cesta de roupas na cabeça enquanto caminhava em direção à cachoeira da vila. O som da água corrente sempre me acalmava, e eu sabia que aquele tempo sozinha seria revigorante.

Ao chegar ao rio, cumprimentei algumas mulheres que já estavam se retirando, ficando minutos depois sozinha. Segui até uma das pedras lisas que usávamos para bater as roupas. Tirei meu vestido e o coloquei de lado, imergindo parcialmente na água enquanto começava a esfregar as peças na pedra, aproveitando a sensação da água fresca contra minha pele.

Depois de lavar tudo, estendi as roupas em um varal improvisado e, sentindo-me satisfeita com o trabalho, decidi que merecia um momento de paz. Sentei-me sobre a pedra, e fechei os olhos concentrando-me na respiração. Queria meditar, deixar minha mente se esvaziar de todos os pensamentos que me atormentavam.

Conforme me concentrava, algo estranho começou a acontecer. Minha mente se acalmou, mas minha aura pareceu despertar. Uma sensação de calor percorreu meu corpo, e pude sentir uma energia diferente se formando ao meu redor. Era como se uma nova força estivesse emergindo, algo desconhecido e poderoso. O ar ao meu redor parecia vibrar, e uma aura roxa começou a se manifestar ao meu redor. E  minha respiração se aprofundou, então fechei os olhos novamente continuando a meditação.

Do alto de uma árvore próxima, Tobirama voltava de uma reunião da Anbu e ao passar pela cachoeira, parou ao perceber o que a garota estava fazendo. Ele franziu a testa ao vê-la sentada, com o biquíni exposto enquanto meditava em plena luz do dia, mas sua expressão mudou rapidamente quando viu a mudança sutil em seu cabelo e a aura roxa que há envolvia. Ele observava atentamente, tentando entender o que estava acontecendo, mas o tremor repentino que sentiu na terra sob seus pés no galho da árvore foi o suficiente para desequilibrá-lo.

O galho no qual Tobirama estava se apoiando cedeu, e ele caiu com um baque surdo, fazendo a água espirrar e arrancando a atenção da morena.

——

— INFELIZ!
gritei assustada, levantando rapidamente e tentando entender o que tinha acontecido. — Tobirama?!

Ele estava de pé, tentando se recompor, sua expressão era séria enquanto limpava as gotas de água de suas roupas. Seus olhos estavam fixos em mim, estudando-me com uma intensidade que me deixou desconfortável.

— Você... está bem?
perguntei, ainda tentando processar a situação. Tobirama ergueu uma sobrancelha, como se estivesse lutando para encontrar as palavras certas.

— Eu poderia te perguntar o mesmo. O que você estava fazendo?

— Eu estava meditando.
respondi, mas minha voz soava insegura até para mim mesma. — Por que estava me espiando?

— Eu não estava espiando.
  retrucou, embora sua voz tivesse uma ponta de irritação. — Estava passando e percebi... algo estranho. Sua aura mudou, S/N. E o tremor na terra não foi coincidência.

— eu não sei o que aconteceu.
Olhei para minhas mãos, como se esperasse encontrar alguma resposta ali. — Estava tentando relaxar.

Tobirama deu um passo em minha direção, ainda mantendo a distância.
— Isso não é algo que você deva ignorar. O que você experimentou agora é perigoso, se não souber controlar. Tinha que ser uchiha pra atrair coisa ruim.

— Vai se ferrar cara!

— Você precisa ter cuidado, uchiha. O que quer que tenha acontecido agora, é algo além do que normalmente experimentamos. Algo antigo, poderoso.

°𝑶𝒔 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔 𝒔𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒆𝒎° 𝑻𝒐𝒃𝒊𝒓𝒂𝒎𝒂 𝑺𝒆𝒏𝒋𝒖Onde histórias criam vida. Descubra agora