Partida ao crepúsculo

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Ainda naquele dia, o sol estava começando a se inclinar no horizonte quando Hashirama chamou a morena ao escritório. O ambiente estava tranquilo, com uma luz dourada entrando pelas janelas, mas havia uma tensão sutil no ar.

— SN.  Hashirama começou, seu tom era calmo, mas sério. — Tenho uma missão para você. Preciso que vá até a Vila da Areia. É uma tarefa importante, e você é a pessoa em quem confio para isso.
Ela assentiu, percebendo a urgência na voz dele.

— Entendido, Hashirama-sama. Quando devo partir?

— Às cinco horas da tarde.
respondeu com os olhos focados nos dela, tentando não entregar sua cara de felicidade pelo que ouviu mais cedo — O tempo é crucial. Avise seus irmãos e se prepare.

Ela acenou, com um leve sorriso de gratidão. — Sim, farei isso.

Ela se despediu rapidamente e saiu para encontrar Madara e Izuna, informando-os sobre a missão. Ambos mostraram preocupação, mas sabiam que S/N era capaz e, embora relutantes, confiaram em sua habilidade para cumprir a tarefa.

Antes de sair, no entanto, ela teve uma ideia. Tobirama ainda estava em casa, se recuperando. Ela queria deixar uma mensagem para ele, algo que, de alguma forma, mantivesse a conexão que estavam começando a construir, mesmo que ela estivesse longe.
De volta à sua casa, S/N sentou-se à mesa e começou a escrever uma carta:

_"Tobirama"_

_Vou partir em missão para a Vila da Areia e espero voltar em breve. Sei que nossa última conversa foi... diferente, e espero que você se recupere bem._

_Prometo que, quando eu voltar vou fazer questão de te atormentar um pouco mais. E quem sabe, se você for um bom moço, podemos repetir aquela tarde. Fique bem._

_Uchiha._

— Pareço emocionada?
Disse olhando o papel em mãos.
— que nada! Eu odeio ele, mas não vou negar que ele fode bem!
Sorriu malina.

Ela enrolou a carta e a prendeu na perna de um pássaro-mensageiro, acariciando suas penas antes de soltá-lo. Observou o pássaro desaparecer no horizonte com o coração leve, mas a mente já focada na missão à frente.

Enquanto isso, na casa dos Senju, Tobirama estava sentado no sofá com uma manta cobrindo suas pernas. Ele estava visivelmente irritado por sua condição, odiando a sensação de fraqueza. O silêncio da casa, no entanto, foi interrompido pelo som de asas batendo na janela. Um pássaro-mensageiro pousou no parapeito com uma carta presa em sua perna.

Ele arqueou uma sobrancelha e estendeu a mão para pegar a carta. Desenrolou o pergaminho e começou a ler, seus olhos percorreram rapidamente as palavras. Ao chegar ao final, ele parou, seus lábios se curvaram em um sorriso involuntário e malicioso.

"_Vou fazer questão de te atormentar um pouco mais..._"

balançou a cabeça com uma mistura de diversão e leve irritação.

"_Se você for um bom moço..._"
Ele riu baixinho, algo raro para ele. O pensamento da tarde anterior ainda estava fresco em sua mente, e a perspectiva de repetir aquele momento, de alguma forma o agradava, embora ele não admitisse nem para si mesmo.

— Essa garota... sempre imprevisível. Tobirama pensou, dobrando a carta com cuidado e guardando-a no bolso. A irritação que sentia por sua condição parecia ter diminuído um pouco. Mesmo sem perceber, S/N tinha conseguido fazer algo que poucos faziam – desarmá-lo, ao menos por um momento.

Com um último olhar para a carta, Tobirama respirou fundo e se recostou no sofá.

— Espero que ela volte logo.
murmurou fechando lentamente os olhos enquanto ele permitia que o cansaço o dominasse. Uma leve sensação de expectativa crescia em seu peito, um sentimento novo e inesperado, mas não inteiramente desagradável.

°𝑶𝒔 𝒐𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔 𝒔𝒆 𝒂𝒕𝒓𝒂𝒆𝒎° 𝑻𝒐𝒃𝒊𝒓𝒂𝒎𝒂 𝑺𝒆𝒏𝒋𝒖Onde histórias criam vida. Descubra agora