Capítulo I

10.1K 668 484
                                    

Existe uma lenda em Krypton de que podemos ouvir o coração da nossa alma gêmea, eu vivi 13 anos no meu planeta e mais 24 anos perdida no espaço no mais absoluto silêncio, mas aqui na Terra esse som infernal me da esperança de uma vida feliz ou o meu fim definitivo.

*************

POV. KARA ZOR-EL

Meu nome é Kara Zor-El e eu fui mandada a Terra para cuidar do meu primo Kal-El, mas devido a explosão do meu planeta minha nave foi mandada para zona fantasma, onde vaguei por 24 anos. Quando cheguei aqui na terra eu não tive a melhor das recepções, minha nave foi interceptada pelo inimigo do meu primo que me levou para um laboratório e fez os mais variados testes inescrupulosos em mim, graças a Rao meu primo descobriu e me resgatou três anos depois da minha chegada.

Foi difícil no começo devido aos horrores que eu sofri na mão do Lex e do CADMUS, mas passamos esse obstáculo e com o tempo eu passei a ter uma vida razoavelmente normal, eu fui pra faculdade me formei em jornalismo como meu primo sugeriu, mas não quis exercer a função, acho muito difícil ter que me esconder. Para o Kal isso foi fácil que ele chegou bebe e foi acolhido pelos Kents, comigo a historia é diferente, eu queria ter sido cientista como meu pai, mas Kal disse que temos que nos esconder, eu queria encontrar o dono ou dona dos batimentos que eu escuto desde que cheguei a Terra, mas Kal disse que não era o certo e que eu poderia assustar ou ate mesmo matar a pessoa. Eram muitos nãos e poucos sims para mim, então quando a amigado meu primo me ofereceu um lar onde eu poderia ser eu mesma e ainda aprimorar minhas habilidades, eu não pensei duas vezes e parti para Temyscera com a Diana.

As amazonas me acolheram como uma irmã e meus dias lá foram melhores, eu aprendi a controlar meus poderes completamente, aprendi a lutar e falar todos os idiomas da Terra e ensinei os alienígenas para elas, Diana era uma excelente amiga e tutora, mas me faltava algo, um motivo pra viver. Mesmo que o CADMUS e seus criadores estejam mortos, Kal preferia me manter escondida.

- O que foi Sunshine? – Diana me achou próxima ao mar depois de um dos muitos pedidos para voltar e meu primo negar.

- Nada não. – ela se sentou ao meu lado no penhasco e ergueu meu rosto com a mão.

- Se não fosse nada você não estaria assim Sunshine.

- Eu pedi mais uma vez pra voltar e o Kal negou. – eu disse triste.

- Ele disse o porquê dessa vez?

- O de sempre que o mundo não está pronto pra outro herói... – Diana me cortou.

- Essa é a maior besteira que eu já ouvi! – ela exclamou. – O mundo não se importa com novos heróis.

- Mesmo assim eu deveria...

- Seguir seu coração e fazer o que quer, seu primo é um bom homem e um símbolo, mas ele não sabe de tudo. – ela deu uma pausa e continuou. - E você é uma mulher adulta e responsável, sem falar no coração enorme.

- Mas...

- Sem "mas" Sunshine! Não deixe que um homem dite a sua vida dessa forma. – Diana sempre dava os melhores conselhos.

- Mesmo assim como eu vou viver lá fora sem a ajuda dele? – fiz a pergunta que me atormentava.

- Esse é seu maior obstáculo? – Diana questionou

- Sim!

-Então não é mais um obstáculo e antes que você diga não, eu vou ajudar sim. – ela disse e eu ri. – O que você tem em mente Sunshine?

- Eu queria ser cientista Diana, mas sou formada em jornalismo. – ela esperou atenta. –Eu não quero ir pra Metrópoles, então acho que a melhor opção pra mim seja National City.

Perfect Soulmate - SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora