Capítulo XI

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...CONTINUAÇÃO.

POV. KARA ZOR-EL

Terminamos o almoço e ficamos conversando, eles se enturmaram rápido e o Ícaro estava mais solto.

- Me responda rápido Alicia. – ela me olhou. – Carro ou moto?

- Moto. – ela respondeu sem hesitar e eu ri. – Tenho o espírito aventureiro.

- Em quem você se inspirou para estudar jornalismo? – perguntei.

- Eu sempre gostei. – ela disse. – Como você deve saber eu fazia parte do jornal estudantil, mas depois da chuva de meteoros eu fiquei um tempo doente e a Chloe assumiu o jornal e eu virei a vilã. – ela explicou. – Minha avó dizia que minha mãe tinha o mesmo instinto e que sonhava em ser jornalista, acho que o sonho dela passou pra mim.

- Entendo bem isso. – eu respondi. – Minha mãe era o que vocês humanos chamariam de juíza, ela era muito influente e presidia o judiciário, mas eu puxei ao meu pai, cientista. Antes do meu planeta explodir eu fui o membro mais novo a entrar no conselho cientifico.

- Quantos anos você tinha? – Alicia questionou.

- Eu fui mandada pra cá com treze anos. – eles arregalaram os olhos.

- Qual o seu QI Kara? – Ícaro questionou.

- Eu tenho o QI nível gênio Kiddo. – respondi.

- E por que fez jornalismo? – Alicia questionou.

- Meu primo. – eu falei e Alicia entendeu. – Ele achou que seria mais fácil eu me misturar aos humanos.

- Mas você não se esconde. – Mad disse.

- Não, não sou uma heroína e se eu usar meus poderes pra salvar alguém será porque não havia alternativa. – respondi. – Não quero ser uma deusa de capa.

- Pelo que vi em Metrópoles o super não usa mais capa. – Alicia disse.

- Ele não pode. – respondi. – digamos que foi uma punição da minha tia, é meio que um rebaixamento.

Eles riram, mas não perguntaram mais nada. Paguei a conta e fomos para o shopping, Mad e Kiddo, tomaram a frente e ajudaram a Alicia a comprar um guarda roupas, o segurança da Mad estava até sorrindo com o entusiasmo deles.

Depois de algumas horas Mad e Kiddo se foram e eu estava levando a Alicia para o seu novo apartamento, estacionei em frente ao prédio e mostrei os documentos para liberar a entrada, subi com a mulher e o monte de sacolas e uma mala nova.

- Eu vou ficar nesse apartamento? – Alicia questionou assim que chegamos.

- Ele é praticamente seu. – eu disse. – Era da Lena e você só vai ter que pagar as suas próprias despesas, menos condomínio, se ficar mais de três anos ele é seu automaticamente.

- Kara eu não posso aceitar... – eu a cortei.

- Pode sim. – eu disse. – Pense num novo começo.

- Okay. – ela disse.

Entreguei o contrato, ela leu com calma e assinou. Peguei as minhas cópias e entreguei as chaves.

- Esse aqui é meu presente pra você. – falei. – Acho que é mais seu estilo que um carro.

Entreguei as chaves e os documentos da moto, que agora estavam no nome dela.

- Kara! Meu Deus! – ela disse e começou a chorar. – Eu não mereço.

- Merece sim pare de ser boba. – eu disse. – E esse dinheiro é pra você comprar comida e o que você precisar até receber seu primeiro salário.

Perfect Soulmate - SUPERCORPOnde histórias criam vida. Descubra agora