Marlon Rick....
Depois que o climão gerado por minha irmã passou Candice perdeu totalmente a vontade de continuar brincando nas ondas.
Tentei acalma-la mas parece que minha irmã desperta muito ódio nela que eu não consigo compreender.
Ciúmes de mim? Supondo que seja, Candice parece mais possessiva do que aparenta ser. De qualquer modo deixei-a se isolar por conta própria na cabana de minha autoria. Ela passou o dia inteiro trancada e eu até fiquei preocupado com ela mas ela apenas gritava mandando eu me afastar.
Fiz tudo isso pra agradar Candice e ainda sim ela fica brava comigo? Poxa! Que mulher difícil por Alah.
Depois de tantas horas eu resolvi finalmente deixar um pouco Candice em seu "mundinho" e resolvi dá mais atenção ao meu mundo. Fui até lá fora e acendi um fogueira, caseira é claro, aprendi quando fui escoteiro aqui no Brasil sempre tive curiosidade em sobrevivência e coisas como agricultura e física quântica pra mim sempre foram fascinantes.
Fiquei lá sentado em volta de minha fogueira vendo o mar que estava enaltecendo a luz do luar da grande e linda lua cheia. Fiquei vagando em meus pensamentos até ser tocado no ombro por uma mão macia e quente ...
"Candice"
- Oi - Ela dizia se sentando ao meu lado.
- Oi - Eu dizia sem tirar os olhos do luar.
- Desculpa por hoje mais cedo - Ela dizia entre palavras e eu permanecia em silêncio.
- Sabe... Da forma como eu te tratei entende? Ás vezes eu esqueço do quanto você é importante pra mim agora - Ela dizia dado olhadas de canto pra mim e com um tom de voz lento e suave.
- Agora? - Eu questionava sem fixar seus olhos.
- Então realmente você não gostava nem um pouco de mim quando nos conhecemos? - Eu a interrogava finalmente a olhando nos olhos e ela não desviou.
- Sinceramente? - Ela perguntava dando um sorriso de canto.
- Totalmente á verdade - Eu dizia elevando meu queixo pra cima.
- Eu te odiava! - Ela dizia entre risos enquanto eu permanecia sério.
- Eu odiava tudo e todos quando nos conhecemos, Marlon. Odiava mais ainda o fato de eu ter sido praticamente vendida como uma vaca ou um animal qualquer - Ela dizia segurando as risadas.
- Ainda mais... Pelo meu próprio pai - Ela dizia ficando séria e adotando um tom de voz mais distante e triste.
- Hum - Eu emitia e um silêncio resplendor tomava a atitude por nós.
- Você ainda mantém contato com ele? - Ela questionava olhando fixa para o luar.
- De vez em quando. Seu pai não é aquele tipo de homem que... - Interrompido.
- Que se importa - Ela completa em um tom frio e vazio.
- Sente raiva dele? - A questiono com um tom firme mas calmo.
- Sinto. Mas o que importa? Ele ainda é meu pai - Ela dizia fechando os olhos por um momento.
- Meu maldito pai - Ela resmungava abrindo os olhos novamente.
- Sabe que não é culpa dele não é? Nossa religião... - Interrompido.
- Que se dane essa religião idiota! Eu não acredito e nem sigo essa droga mesmo - Ela dizia já se alterando.
- Meu pai não tinha o direito de me vender como me vendeu pra um estranho, Marlon você não entende isso? - Ela me questionava com quase lágrimas nos olhos.
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Vendida Para um Muçulmano
RomanceEu nunca quis casar, nunca quis namorar, nunca quis... amar. até que eu fui obrigada a casar com o cara que disse que iria me fazer mudar meus pensamentos para sempre. Será que ele consegue? Livro de Yorrana Adielle.