Dane-se

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Marlon Rick....

Quando estava ali caído no chão eu pude ouvir alguém gritando...

- Meu Deus Marlon!!! Alguém ajuda por favor?!

Era Francisco eu reconheço a voz e eu tentava abrir os olhos para enxergar e apenas podia ver vultos de Francisco.

- Marlon, não faz isso comigo não cara. Socorro!! - Dizia Francisco enquanto me balança para me acordar.

Até que eu finalmente apaguei por completo e por mais que eu tentasse me manter consciente apenas para ver se a Candice iria me socorrer, mas não...

Ela não apareceu e eu nem sequer ouvi sua voz

E então apaguei.


Candice Perry....

Fiquei paralisada ao ver que Marlon estava caído ali no chão eu não conseguia acreditar que isso estava acontecendo mesmo.

Vendo Francisco desesperado eu finalmente quebrei a transe e me movi, saí do carro e fui até Francisco que estava agarrado ao seu irmão.

- Acorda! Acorda! - Gritava Francisco desesperado.

- Calma Francisco, não é assim que se resolve... - Interrompida.

- Calada! Isso tudo é culpa sua. Sua!!! - Ele gritava enquanto chorava.

- Eu vou ligar pra ambulância - Eu dizia um pouco aflita e triste.

Peguei o telefone rapidamente e liguei para a ambulância e 30 minutos depois eles chegaram e levaram Marlon. Não deixaram Francisco ir mas eu sim, por eu ser a esposa.

Passei a viagem inteira olhando pra Marlon inconsciente e pensando naquelas duras palavras de Francisco.

"Eu causei tudo isso? A culpa é minha?"

Eu me questionava em meus pensamentos em toda a viagem até que a máquina que estava ligada ao coração de Marlon para, e todos os enfermeiros ali começaram a fazer respiração boca boca e apertar o peito dele mas nada adiantava...

Diante daquela situação me tomei pelo impulso e segurei a mão de Marlon

Segurei a mão dele tão forte como se tudo dependesse daquilo.

Em seguida me direcionei lentamente ao ouvido dele sussurrando:

- Eu estou aqui

Eu fechei os olhos em seguida então comecei a ouvir o pi, pi, pi da máquina.

- Ele tá voltando - Dizia um dos enfermeiros.

E ao ver isso suspirei aliviada.

Quando finalmente chegamos ao hospital ele foi levado para uma sala onde o Doutor estava e lá fiquei esperando na cadeira por 2 horas. Quando finalmente o  Doutor saiu pela bendita da porta.

- Sra.Rick - Dizia o Doutor lendo em seu caderno.

- Perry... Quer dizer, Rick - Eu falo me contradizendo.

- Sei. Você é esposa do paciente? - Ele questiona.

- Sim - Eu afirmo.

- Bem... Seu marido teve uma queda de pressão arterial - Dizia o Doutor rapidamente e precisamente.

- Queda de pressão? - Eu pergunto um pouco preocupada.

- Sim, acreditamos que seja por falta de glicose no sangue. Ele comeu alguma coisa antes de sair de casa? - Perguntava o Doutor curioso.

- Eu acho que sim por que ele não comeria? - Eu digo um pouco confusa em minhas próprias palavras.

- Pois é, mas pelos exames não é o que parece...

Ele teve uma alta queda de pressão mais um tempo assim ele poderia ter morrido sabia? As vezes tente lembrar o seu marido de se alimentar e beber água também. É muito importante - Dizia o Doutor decidido e conformado.

- Claro - Eu concordo.

- Eu posso vê-lo? Ele já acordou? - Eu pergunto curiosa.

- Pode sim. Só não podem sair ainda porque eu ainda vou fazer mais alguns exames ok?  - Dizia o Doutor sinceramente.

- Certo - Eu afirmo.

- Sala 15 - Dizia o Doutor apontando pra sala.

Em seguida eu vou até a sala e antes de abrir a porta eu respiro bem fundo e penso bem, porque aquela porta ao ser aberta iria mudar tudo e iria mudar para sempre.

Mas eu estava decidida arriscar e então abro a porta.

Ele estava lá com aquele pijama estranho de hospital, deitado com uma agulha na veia do seu braço.

Ele me olhava cansado mas mesmo cansado seus olhos ainda brilhavam.

- Oi - Eu digo enquanto puxo uma cadeira e me sento um pouco longe dele e ele nada responde apenas vira o rosto pro outro lado, pra me evitar

- Você... Está bem? - Eu pergunto em um tom de voz baixo e calmo.

- Eu tô com uma agulha enorme no meu braço e ainda com uns aparelhos no meu peito. Fora isso, eu estou bem - Ele diz ainda evitando contato visual com migo.

- Tá desculpa... - Eu digo em um tom de voz aflito e ele nada dizia apenas permanecia calado.

- Quer saber? Desculpa nada! Eu nunca quis casar, nunca quis namorar, nunca quis você entendeu? Eu não tenho que aguentar isso - Eu falo me levantando da cadeira e falando em um tom alto de voz.

- Você não comeu por não quis e por isso que quase morreu então não venha pôr a culpa em mim ouviu!? - Eu dizia praticamente gritando.

- Eu não comi por sua causa - Ele dizia ainda com o rosto virado.

- Hum? - Eu emito até que ele finalmente olha prós meus olhos.

- Por você eu tenho feito loucuras. Desde que você entrou na minha vida eu fiz coisas que nunca pensei que iria fazer então você acha que estou feliz com isso?
Eu que deveria ser a pessoa com mais remorso porque se fosse pra eu voltar atrás eu jamais iria casar com você! - Ele dizia em um tom alto de voz também.

- Ótimo - Eu afirmo.

- Ótimo - Ele também afirma em seguida nós dois viramos a cara pro lado e cruzamos os braços praticamente sincronizados.

Até que na mesma sincronização com que ficamos com raiva começamos a ficar curiosos, então eu olhava pra ele bem de canto ainda com o rosto virado e ele fazia o mesmo...
Até cedermos em olhar para o outro:

- Eu te odeio! - Gritamos ao mesmo tempo.

E após dizermos isso ficamos lá nos encarando e nossos pareciam estar de alguma maneira grudados, parecia mágica ou coisa de outro mundo, até que Marlon tira todas aquelas coisas que ele tinha no peito e as agulhas e se levanta da cama.

- Não pode fazer isso essas coisas estão te hidratando - Eu o alertava preocupada.

- Dane-se - Ele dizia decidido em seguida ele puxa minha cabeça pra perto dele e cola o meu corpo no seu.

E inevitavalmente nossos lábios grudaram um no outro...

Eu pude sentir aqueles lábios passando levemente nos meus e que em questão de segundos foram se intensificando até eu sentir algo molhado entrando dentro da minha boca mexendo na minha língua, eu rapidamente o afastei e dei um tapa bem forte na cara dele. Tão forte que ficou a marca dos meus cinco dedos.

- Sinto muito. Eu não devia ter feito isso... - Ele diz envergonhado e arrependido.

- Tem razão - Eu falo em um tom direto enquanto ele ficava carisbaixo.

- Eu devia - Eu falo e em seguida vou de encontro aos seus lábios com toda a intensidade.



Dane-se.






























Vendida Para um MuçulmanoOnde histórias criam vida. Descubra agora