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Depois do pai de Persephone a vir buscar a pastelaria onde nós tínhamos lanchado, liguei para meu pai para me vir buscar também. 

Já podia ter ligado para ele, assim não teria de ficar aqui a espera, mas como sou cavalheiro (ou pelo menos tento ser) fiquei a espera que ela se fossem embora para me garantir que ela não ficaria aqui sozinha.

Tive de esperar 15 minutos até ao meu pai chegar. Podia ter sido pior.

                                - Então, como é que correu o teu encontro? -, foi a primeira coisa que o meu pai me perguntou, nem um olá nem nada.

                                - Não foi encontro nenhum. -, respondi eu olhando seriamente para ele.

                                - Ai não? -, perguntou o meu pai com um sorriso nos lábios, - Então o que é que foi? 

                        - Foi só um lanche, nada de mais. -, respondi eu pondo o cinto. Entretanto, já estávamos a caminho de casa. 

                                - Quem é que pagou? -, disse ele.

                                - Ela quis pagar.

                           - Deixas-te a rapariga pagar? -, disse ele tentando parecer incrédulo, - Que cavalheiro da tua parte rapaz.

                             - Eu bem que tentei, mas ela disse que como foi ela a convidar-me que ela pagava. -, respondi eu já um pouco embaraçado. Não estou e gostar do rumo que esta conversa está a ter.

                                - Como homem que és, deverias ter insistido até ela ceder. 

                               - Ok, está bem pai. Não posso voltar atrás no tempo agora, o que está feito está feito.

Ele não me respondeu mais, apenas riu-se de mim e revirou os olhos. 

Um bocado depois, acabamos por chegar a casa e aposto que a minha mãe, caso já esteja em casa, vai perguntar-me a mesma coisa que o meu pai.

Assim que meti o pé dentro de casa, a minha mãe veio logo espreitar para ver quem era. 

                                - Luke! -, disse ele com um enorme sorriso nos lábios, - Como é que correu o teu pequeno encontro? 

                                - Não foi encontro nenhum. -, disse eu, revirando os olhos pela milésima vez em tão curto espaço de tempo. 

                                - Encontro, não encontro, saída, lá o que queiras chamar. Como é que correu? 

Infelizmente, a minha mãe é mais teimosa que o meu pai e não me ia deixar sair dali se eu não lhe respondesse. 

                                - Correu... Bem... -, respondi eu, ficando já à espera que ela começasse logo a ficar toda feliz e isso. 

                          - Ainda bem! -, disse ela olhando para mim, - Vale a pena perguntar por pormenores ou nem por isso? -, disse ela sorrindo de canto. Aposto que já sabe a minha resposta.

                                - Não, não vale a pena. -, disse eu sorrindo. 

                                - Prontos, não te chateio mais. 

Entretanto, o meu pai já tinha entrado dentro de casa fechando a porta logo atrás de si.

                        - Alva, conseguiste arrancar alguma informação dele? -, perguntou o meu pai soltando uma gargalhada um pouco ruidosa, - Eu não consegui nada! 

                            - Não consegui grande coisa, apenas que correu bem. -, eles os dois continuaram a falar como se eu não estivesse presente e com isso, apercebi-me que aquela era a minha deixa para conseguir fugir para o meu quarto, escapando assim aos interrogatórios dos meus pais.

Assim que entrei no meu quarto, fechei a porta e atirei a mochila para cima da cama. 

Depois fui-me sentar no pequeno sofá de um só lugar que tenho no quarto pegando na minha guitarra acústica (que se chama Michael) e comecei a tocar uns acordes ao calhas.

Sim eu toco guitarra, já há alguns anos por acaso. Sempre me disseram que sou bom guitarrista e que deveria investir nos estudos na área da música mas, primeiro, não me acho grande músico, segundo, não tenho dinheiro suficiente para pagar os estudos e não queria estar a pedir aos meus pais porque isto de ser músico pode não dar resultado nenhum. 

Agora falando de assuntos mais interessantes, a conversa que tive com Persephone sobre o facto de eu "estar de olho noutra rapariga" invadiu-me a mente.

Será que ela sabe que eu tenho uma espécie de fraquinho por ela? Espero bem que não.

As coisas iam ficar muito estranhas entre nós os dois. Já para não falar que acho que ela não sente nada, mesmo nada por mim. 

Sou apenas o rapaz sueco a quem ela está a ajudar com as coisas da escola. 

Também não posso esperar muita coisa, não a conheço a muito tempo. Mas espero que, com o passar do tempo, possamos a vir a tornar-nos mais do que amigos. 

Eu sinto que ela é completamente diferente de todas as raparigas que já conheci e que conheço. 

Ela não se tenta exibir, é simpática, carinhosa, inteligente, tímida, têm bom humor, têm um corpo lindo, nada de mais nem de menos.

Eu poderia continuar a falar dela, mas acho que não iria conseguir parar. 
-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.-.

Olá loves! :) 
Quero pedir imensas desculpas por não atulizar a praticamente um mês, ou mais....
Tive uns problemas e não vim cá durante uns tempos, depois fui de férias e neste momento estou sentada no aeroporto a atualizar as minhas histórias porque me estava a sentir mal por não publicar nada... E a wifi não é grande coisa ugh
Mas espero que gostem do capitulo apeasar de não estae grande coisa...
Bea, xx

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⏰ Last updated: Apr 04, 2015 ⏰

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Persephone » l.h.Where stories live. Discover now