49 - pizza

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— Caralho, que abdômen trincado! — foi a primeira coisa que Rafaella disse quando Gabriel veio em sua direção.

O jogo tinha sido muito bom.

Ele havia chegado em casa faziam poucos minutos, visto que o jogo tinha sido em outro estado.

— Esse abdômen foi feito com muito esforço. — ele disse, vestindo a camisa novamente.

O motivo de Gabriel estar sem camisa, ela realmente não sabia.

— Brigou na rua, hétero top? — ela perguntou.

Ele fez uma careta e abriu espaço para ela entrar em sua casa.

Rafaella usava um vestido roxo e uma rasteirinha.

Os dois haviam ficado tão íntimos que nem se importavam mais com a roupa que vestiam.

— Na verdade, transei com o Bruno Henrique. —  ele disse.

Ela engasgou e mordeu as costas da mão para abafar o riso.

— Entendo.

Ele bufou.

— Caiu comida na minha camisa. — ele disse, apontando para a mesa.

Tinha pizza em cima da mesa.

Pizza.

Gabriel nunca comia pizza.

— Você burlou as regras e não me chamou? — ela perguntou, indignada.

Entrando, Rafaella foi direto para a mesa.

Nem esperou ele a convidar e se sentou em uma das cadeiras, pegando um pedaço da pizza.

Suspirando, ela se encostou na cadeira.

— Meu celular descarregou um pouco antes de chegar em casa. — ele disse. — Eu ia te chamar, mas lembrei que Monique não me aguenta mais.

Ela riu.

— Não mesmo! Ela disse que só vai o perdoar se ganhar uma camisa do flamengo. Autografada.

— Essa menina é muito abusada.

Ele se aproximou e sentou em outro cadeira, do lado dela.

— Você parece cansando. — ela disse, observando-o.

Gabriel parecia mais cansando que antes, pois seus olhos estavam quase se fechando.

— Estou. — ele concordou. — Não parei um minuto em casa essa semana. Sair da casa dos pais é ótimo, mas parece ser tanta coisa para fazer.

— Você deveria contratar alguém para cuidar daqui. — ela disse. — A casa é grande e você quase não tem tempo.

— Você está certa.

Ela pegou a mão dele e apertou.

E por mais cansando que Gabriel estivesse, ele devolveu o aperto.

— Tenho uma coisa para você.

Ela ergueu as sobrancelhas.

— O que?

— Vou buscar. — ele disse, levantando-se e subindo para o andar de cima.

Fetiche - Gabriel BarbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora