Capítulo 17

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Merda

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Merda.

Essa situação já estava saindo de controle, nunca uma mulher me deixou assim, era somente para que minha esposa ficasse em nossa casa e tivéssemos um relacionamento pacífico e ambos seguíssemos com nossas vidas, mas infelizmente descobri que tudo que está relacionado a ela me deixa com um sentimento possessivo e não conseguia entender o porquê. 

 Precisava parar com isso ou com o que quer que estivesse acontecendo entre mim e Alicia, mas confesso que o momento de intimidade em que tivemos foi um dos melhores que já tive em minha vida. 

 Preciso me entender com Alicia e ambos precisamos conversar sobre o que acabou de acontecer, mas antes preciso encontrá-la já que a duquesa está quase despida e se algum bastardo ousar olhar para o que é meu, eu o mato. Arrumei minhas vestes o melhor que pude e sair para encontrar minha esposa fujona.

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Já estava à procura de Alicia a alguns minutos e nada da mesma. Não acreditava que uma mulher com um vestido vermelho não chamaria a atenção por onde passava, mas ninguém a tinha a visto e o salão estava cheio, mostrando que o baile tinha chagado ao seu ponto alto da noite.

Decidir procurar mamãe pela multidão e logo a avistei conversando com o conde e a condessa de Earldom animadamente, e logo fui ao seu encontro passando por algumas pessoas e as cumprimentando no caminho.

— Com licença, desculpe interrompê-los. Mas preciso de minha mãe um instante — disse. E ambos balançaram a cabeça afirmativamente e logo fizeram uma mesura se retirando e nos deixando a sós.

— Oh... Lucien meu filho, por onde esteve? E Alicia onde ela está? — Minha mãe perguntava rapidamente e parecia notar que alguma coisa estava errada.

— Responde a primeira pergunta da senhora, eu estava com Alicia no Jardim e quanto a segundo é exatamente isso que vim perguntar a senhora, minha espoja fugiu de mim. — Ela me olhava de uma maneira questionadora e percebi haver falado demais.

— Pelas roupas amassadas e o cabelo bagunçado vejo que muitas coisas aconteceram. — Meu falecido pai tinha razão, mamãe é completamente despudorada e nem se quer corar ao fazer insinuações.

— Mamãe! Não estamos aqui para falar disso e não vou entrar detalhes com a minha mãe sobre este tipo de assunto. É constrangedor. — disse exasperado. — Mas voltando ao que vim saber, a senhora viu Alicia? Não consigo a encontrar em lugar nenhum. — E por mais que não falasse em voz alto, isso já estava me deixando preocupado.

— Primeiro, não vejo por que homens e mulheres não conversam disso abertamente, afinal ninguém é santo. — disse contrariada. — Quanto a sua mulher, desde que saíra ela não passou por aqui mais, desconfio que já foi para casa ou encontrou alguém. — Mamãe joga a informação em cima de mim. E não penso em mais saio à procura de alguém que tive o desprazer de encontrar mais cedo no baile. Nem se quer respondo aos chamados de minha mãe.

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— Onde está minha mulher? — minha voz estava baixa, mas, ao mesmo tempo sentia a irritação crescer dentro de mim e nem mesmo o soco que havia dado em seu rosto pareceu tirar o semblante de felicidade.

— E, porque eu deveria saber, senhor? — Percebi o tom sarcástico em sua voz. O bastardo olhou para trás e com um aceno dispensou as pessoas que o acompanhavam, mas um rapaz mais novo ficou e nos observava com uma expressão de questionamento. — Pode ir primo, o duque e eu só teremos uma breve conversa. — O rapaz acenou e se retirou por ordens do primo mesmo que recluso. — Agora que estamos a sós podemos continuar. E Então por que deveria saber onde Ali está?

Quando nos encontramos a primeira vez, não percebi, mas agora olhando com mais atenção, este é o mesmo homem da taverna que segurou meu cunhado, impedindo a briga, e chamou o nome de minha esposa com intimidade. E agora ouvindo de novo a forma de tratamento intima me fez sentir aquele gosto amargo e o sentimento que senti no dia, e não era nada bom.

— Primeiro ordeno que para de tratar minha mulher de forma íntima, você não tem essa intimidade. — Meu temperamento já estava dando sinal e maneira como eu falava pareceu o deixar surpreso. — E agora vai me dizer onde está minha mulher? — perguntei com meu último resquício de paciência.

— Ohhh... o duque quer dar ordens? Vamos esclarecer algumas coisas — disse se sentando novamente — trato Alicia com intimidade porque há temos para isso, afinal nos conhecemos a bastante tempo, e se não sabe, era para que estivéssemos casados — desgraçado. Tenho que me controlar para não voar em cima desse bastardo de merda, minhas mãos estão ficando dormentes de tanto apertá-las e o sorriso preguiçoso e sua pose relaxada me deixam em estado de nervos. — Outra coisa é que não faço ideia de onde esteja sua mulher, a última coisa que me lembro e de vossa alteza — disse com deboche —ter chegado. Me dado um soco e levado Ali dali sem ao menos pestanejar. O que não discordo, afinal com uma mulher como ela também sumiria por horas para me deleitar em suas curvas. — E aquilo foi o estopim, não pensei em mais nada somente avancei e lhe desferir um soco e continuei até que senti o canalha revidar. Em segundo estávamos rolando pelo chão numa troca de xingamentos e luta corporal. Eu estava por cima, desferindo socos e mais socos em seu rosto até que me senti ser puxado para trás e vi dois homens me contendo e outros três ajudando o bastardo a se levantar.

— Isso não vai ficar assim! — bradou tentando avançar para cima de mim.

— Chega! — um dos homens disse e notei ser o primo.

— Se aproxime de minha mulher novamente e eu acabo com a sua vida. — disse e me soltei dos homens que me prendiam me virando para ir embora.

Espero que Alicia esteja em casa porque teremos uma conversa.

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