Uma confissão inesperada

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Harry não demorou muito para entrar na próxima memória, ele esperava descobrir por que Tom pediu para Lizie encontra-lo antes do jantar. Ele despejou o conteúdo do próximo frasco na penseira e aterrissou no meio da Sala Precisa. A aparência era a mesma da última vez em que ele esteve lá, semelhante a Sala Comuna da Sonserina, mas apenas para Riddle e seus amigos. O menino estava sentado próximo à janela olhando para fora, mas sua postura era rígida e ele se levantou ao menor som da porta.

Lizie entrou rapidamente para que ninguém a visse e olhou para os lados como se procurasse outras pessoas. Os olhos dela pararam na mesa de jantar para dois que havia sido montada no meio da sala e depois foram para Tom que veio andando em sua direção.

"Boa noite Tom." Ela cumprimentou.

"Boa noite Lizie." Ele respondeu simplesmente.

"Aparentemente nós não iremos jantar no Salão Principal hoje." Ela disse apontando para a mesa.

"Tenho um assunto que eu gostaria de tratar com você." Harry percebeu quando Tom colocou as mãos fechadas atrás das costas, uma delas segurou o pulso da outra que parecia estar tremendo.

"Apenas comigo?" Ela perguntou parecendo surpresa.

"Sim, há algum problema?" Tom perguntou franzindo a testa.

"Não, fico honrada que você confie em mim Tom." Ela sorri para o menino que desvia o olhar e aponta para a mesa.

"Por favor, sente-se." Ele vai até uma das cadeiras e a puxa para que Lizie possa sentar.

"Muito obrigada." Ela se senta no lugar que Tom indicou e ele empurra a cadeira.

Os dois pareciam muito mais rígidos do que de costume, quando eles estão cercados de pessoas costumam agir de maneira muito mais tranquila.

"Ouvi dizer que o professor Slughorn não conseguiu aplicar uma detenção nos alunos envolvidos no incidente desta tarde, eles sofreram um terrível acidente durante a aula de herbologia. Plantas podem ser realmente perigosas." Lizie comenta enquanto Tom dá a volta na mesa para sentar de frente para ela.

"Não me surpreende, eles não eram muito inteligentes." Tom respondeu, mas evitou olhar para ela.

"Você não precisava ter feito isso, mas admito que fiquei muito feliz. Obrigada Tom." Ela responde sorrindo novamente para ele.

"Eu tive meus motivos para fazê-lo." Ele respondeu retirando a tampa da bandeja onde está o jantar dele.

"Poderia me contar quais foram?" Ela pergunta enquanto faz a mesma coisa, Harry viu que havia uma refeição completa, massas, carne e salada, além de uma garrafa de hidromel que estava sobre a mesa.

"Eu não tenho certeza da qualidade da comida, eu apenas pedi e veio junto com a sala." Ele não respondeu a pergunta dela.

"É o meu prato favorito Tom. Eu diria obrigada novamente, mas sinto que já fiz isso muitas vezes hoje, espero que já saiba o quanto eu estou agradecida." Ela brinca antes de começar a comer.

"Isso está maravilhoso e ainda está quente." Ela diz surpresa e os cantos dos lábios de Tom se levantam, mas ele não chega a sorrir.

"Fico feliz que tenha gostado." Ele começa a comer a própria comida e nenhum deles fala até que estejam quase terminando e Tom pega a garrafa de hidromel.

Harry se sentia dentro de um filme de mal gosto dos trouxas, ele não era bobo o bastante para não entender o que estava acontecendo. Tom havia convidado Lizie para um jantar a sós com ele, mas a pergunta era, por quê? Tom Riddle e encontro não são palavras que Harry colocaria juntos em uma frase, a não ser que a palavra morte venha logo em seguida. Ele tentou dizer a si mesmo que esse ainda não é o Voldemort que conheceu, mas ainda sim era difícil aceitar o que se passava na frente de seus olhos.

As memórias de RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora