Sonserino e ciumento

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O peso emocional das memórias de Tom era muito maior do que Harry esperava, não é de surpreender que o próprio Riddle não tenha aguentado. Ele pegou a notícia de jornal que informa sobre a morte de Lizie de cima da escrivaninha, sentindo um aperto no peito ao pensar no que veria nas próximas memórias de Tom. Faltavam apenas alguns frascos o que significava que logo ela estaria morta.

Desta vez Harry foi levado para os corredores de Hogwarts. Tom parecia mais velho, então algum tempo deve ter se passado desde os acontecimentos da última memória. O garoto andou apressadamente até chegar ao corredor que leva para o Salão Principal. Lizie estava esperando do outro lado, mas ela não estava sozinha. Um rapaz de cabelo loiro da Grifinória conversava animadamente com ela, as bochechas dele estavam vermelhas e Lizie riu de algo que ele disse.

Harry sentiu pena do rapaz ao ver os olhos de Tom se estreitando e já sabia o que iria acontecer antes mesmo dele tirar a varinha das vestes e esconder entre os livros. Riddle se aproximou e Lizie virou-se para acenar assim que o viu, Tom retribuiu o aceno, os cantos dos lábios dele estavam levantados. O pobre garoto ao lado dela começou a tossir horrivelmente até perder o equilíbrio e cair, o rosto dele ficou muito vermelho. Lizie se abaixou para ajuda-lo, mas Tom a tirou do caminho e ajudou o rapaz ele mesmo. O professor Dumbledore entrou no corredor apressado e juntos os dois carregaram o aluno da Grifinória para a enfermaria.

"Muito obrigada Tom, você é mesmo um bom aluno." Dumbledore diz, seus olhos azuis brilhando para o menino.

"Eu que agradeço professor, agora se me permite preciso ir." Tom respondeu olhando para o fim do corredor da enfermaria onde Lizie o esperava depois de ter acompanhado os três.

"Claro, claro, não queremos deixar a senhorita Haris esperando." O professor fez um aceno de cabeça que a menina retribuiu.

O menino andou até ela e pegou a bolsa que estava estendendo para ele.

"Obrigada." Ele agradeceu, depois segurou a mão dela e os dois foram caminhando de volta pelo caminho por onde vieram.

"Sem problema, qualquer coisa para o meu namorado herói." Ela riu.

"Se bem que você não é exatamente o herói nessa história." Lizie continuou.

"Agora ele deve pensar duas vezes antes de tentar flertar com uma garota comprometida." Tom responde irritado.

"O pobrezinho não tinha nem chance, você sabe disso." Lizie estava olhando para o chão ao dizer isso.

"Eu sei, só estava me divertindo um pouco. Não podia imaginar que Dumbledore sair de lugar nenhum bem naquele momento, eu deveria saber que ele sempre aparece para defender o pessoal da Grifinória." Harry não conseguia ver como aquilo poderia ser considerado diversão, mas provavelmente alguém como Malfoy diria a mesma coisa.

"Quem é o pobre coitado em quem você vai botar a culpa por isso?" Lizie pergunta curiosa.

"Estou começando a achar que você me conhece bem demais. Disse a Dumbledore que vi um rapaz da Corvinal que parecia suspeito. O jogo da Grifinória contra Corvinal é amanhã e esse cara está no time, é um motivo muito plausível para você azarar alguém." Tom respondeu como se fosse apenas um jogo.

"Você incapacitou um jogar da Grifinória e fez com que o da Corvinal seja provavelmente suspenso, talvez eu devesse aumentar as minhas apostas na Sonserina para essa temporada de Quadribol. Sua inteligência sempre me surpreende Tom." A garota dá um beijo no rosto dele, mas os dois param de conversar ao chegarem à uma parte mais movimentada do corredor.

Tom e Lizie se misturam com a multidão e Harry é trazido de volta para o seu escritório.

As memórias de RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora