Capítulo 6

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Minas Gerais

Sentiu os lábios macios percorrerem suas costas, descendo até o cóccix e subindo novamente até sua nuca. Sorriu com a sensação mas não abriu os olhos aproveitando um pouco mais as carícias.

— Anda preguiçosa, agora cê é uma CEO poderosa e tem um mundo inteiro para transformar. — a loira mais velha sussurra no ouvido da mais nova.

— Posso transformar o mundo amanhã? — pergunta sapeca abrindo apenas um olho para encarar a mulher que lhe direcionava um olhar repreendedor apesar de divertido — Ok... só umas horinhas mais tarde então? — a outra ri negando com a cabeça.

— Vai, levanta, fiz café da manhã pra gente. — da dois tapinhas na bunda coberta apenas por um fino lençol.

— Humm... tão prendada... como pode ainda querer que eu tenha vontade de sair desse quarto? — se vira mostrando a nudez dos seus seios.

— Ai ai, hein Rafaella? Pra quem não queria rotular nossa relação, essa vontade toda de ficar aqui em casa parece bem suspeita, viu? — implica puxando a mais nova para um selinho.

— Não tenho culpa se meu apartamento ainda tá sem móveis. — responde sonsa.

— Também, toda vez que nós saímos para comprar as coisas cê nunca gosta de nada...

— Além do que, aqui tem um cafezinho gostoso e antes ainda tem um chá pra eu me deliciar na cama... — ignora o argumento da outra se insinuando sensualmente para a mais velha que, como não era de ferro, se deixa seduzir, agarrando o corpo maior e caindo com ela entre os lençóis.

(...)

— Como é bom pegar carona com a chefe... nunca mais vão poder reclamar dos meus atrasos... — Gizelly fala fingindo se espreguiçar no banco do carona, jogando as mãos para trás da cabeça.

— Tive um contratempo, não se acostume. — Rafaella responde rindo da amiga.

Após se formarem, Manoela e Gizelly haviam entrado para o corpo de advogados da mineradora. Agora, com a iminência de Rafa na presidência, as duas haviam sido "promovidas" a seus braços direito e esquerdo. Estavam deixando a amiga a par de tudo que acontecia na empresa e a auxiliavam em tudo que fosse preciso. De quebra ainda estavam ganhando carona todo dia de manhã.

— Quando você vai apresentar sua nova namorada pra gente? — Manu pergunta do banco de trás.

— Ela não é minha namorada. — pontua em um tom indecifrável — E cês já conhecem ela...

— Nada disso. Nós conhecemos a Carolina Worcman. Advogada foda pra caralho e referência para qualquer um na área do direito. Ela como sua namorada, não conhecemos. — a capixaba insiste.

— Ela não é minha namorada! — reafirma.

— Tá, que seja, quando vamos conhecer ela?

— Podemos marcar um jantar, ou algo assim...

— Vai apresentar ela ao Tio Tião? — sua prima volta a perguntar.

— Não tem pra que isso, gente... eu e a Carol estamos bem do jeito que estamos, não tem necessidade dessas formalidades.

— Entendi... — mais uma vez o tom sabichão de Manoela incomodou Rafaella, mas a loira preferiu ignorar. Não adiantava argumentar com a prima.

Quando chegaram na empresa já estavam imersas em outros assuntos. Andavam tão distraídas dentro da bolha delas que sequer ouviram a secretária da herdeira lhe chamando enquanto caminhavam em direção a sua sala.

Bonded by Sin - RabiaOnde histórias criam vida. Descubra agora