Durante

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19 de setembro de 2003

— Malfoy — a voz de Hermione rosnou através da lontra prateada que dançava ao redor do quarto escuro de Draco. — Traga sua bunda aqui, agora.

Embora eles estivessem lentamente se tolerando um ao outro, Hermione ainda não havia pedido ajuda com nada relacionado ao filho deles. Enquanto sua mente se ocupava com as possibilidades de o que poderia ter dado tão errado a ponto de ela precisar de sua ajuda, ele convocou as roupas da noite passada e as vestiu, antes de aparatar para o apartamento de Hermione com um estalo alto.

— Granger? — Ele gritou, sem saber onde encontrá-la.

— Aqui embaixo — ele a ouviu gritar fracamente e se virou para o único cômodo iluminado de seu apartamento.

— Granger, você está bem? — Ele perguntou, confuso e preocupado por que ela estava deitada no chão do banheiro, a bochecha apoiada na porcelana fria do assento do vaso sanitário.

Ela abriu a boca para responder, mas em vez de falar, ela voltou para o banheiro e continuou a vomitar o jantar da noite anterior.

Draco ficou lá atordoado por um minuto quando ela limpou a boca e encostou a cabeça no chão. — Você — ela disse enquanto levantava um dedo trêmulo em direção a ele. — Isto é culpa sua.

— Minha? — Draco perguntou, a defesa colorindo seu tom. — Como isso é minha culpa?

— Você me engravidou. Portanto, isso — ela explicou apontando para o banheiro — é sua culpa.

Draco se abaixou para o chão atrás dela. — É preciso dois para dançar o tango, amor — ele adicionou antes que ela se voltasse para o vaso para vomitar. — Mas eu sinto muito.

— Pior aniversário de todos — ela gemeu enquanto inclinava a cabeça para trás para a porcelana fria. Eles continuaram lado a lado por um tempo enquanto ela tentava.

— É assim todos os dias? — Draco perguntou, enquanto tirava uma mecha suada do rosto dela e começava a acariciar seu cabelo lentamente. Embora mulheres grávidas possam ser novidade, não era estranho para ele confortá-las enquanto vomitava. Pansy se voltou para o álcool para se recompor depois da guerra.

— Acho que acabou por agora — disse Hermione, enquanto se inclinava para trás para descansar as costas contra o peito de Draco. — É todo dia, mas não tão ruim. As poções anti-náuseas não são as mais seguras para o bebê, então prefiro sofrer do que me preocupar em causar danos. — Sua mão foi para o estômago enquanto ela o esfregava distraidamente. — Lamento ter chamado você, nunca vomitei tanto ou por tanto tempo e isso me assustou.

— Eu disse a você, tudo o que vocês dois precisarem, eu quero saber.

Hermione bocejou. — No momento, preciso tirar uma soneca. — Draco a puxou para cima antes de se abaixar e a carregar estilo uma noiva.

— Qual é o seu quarto? — Hermione sufocou uma risada quando percebeu que Draco nunca tinha vindo no apartamento dela antes.

— O da direita — ela disse enquanto se aconchegava mais perto de seu peito. Ele abriu a porta do quarto dela e a deitou na cama desarrumada.

— Posso pegar alguma coisa para você? Água? Comida?

Hermione fez uma careta antes de responder. — Você se importaria de ficar? Só até eu adormecer. Theo sabe que não durmo bem sozinha e realmente só quero dormir agora.

Ele considerou negar seu pedido antes de dar uma boa olhada nela. Pele pálida, bolsas roxas escuras sob os olhos, ela parecia exausta. Draco acenou com a cabeça e tirou os sapatos antes de se arrastar para perto dela. Ele a puxou para seu peito e passou um braço ao redor de seu abdômen, descansando os dedos sobre a ligeira protuberância como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Unplanned | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora