15 de agosto de 2006

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— Você está sendo bastante ridícula — Draco rosnou, segurando Scorpius contra seu peito.

— Estou sendo ridícula? Você se olhou no espelho recentemente? — Hermione gritou de volta.

O tópico de briga havia sido esquecido há muito tempo, alguma escolha parental que o outro havia questionado. Eles lançaram um feitiço silenciador em torno de Scorpius muito tempo atrás, depois que o menino de três anos sentiu a tensão de seus pais e exigiu ser pego. Draco ainda manteve sua voz baixa, sabendo que as vibrações de seu peito podiam ser sentidas por seu filho.

— Eu vou para a casa de Theo e vou levar Scorpius comigo — Draco anunciou, caminhando em direção à mala que eles guardavam para quando saíssem com Scorpius. Desde então, ele havia superado as fraldas, mas ainda era uma criança, e ter lanches e brinquedos de reserva sempre foi fundamental, mesmo com sua magia.

— Você vai levar meu filho para onde? — Hermione praticamente gritou, o rosto ficando vermelho de raiva.

— Vou levar nosso filho para a casa de Theo. Para seu padrinho e nossa melhor amigo, Hermione. Eu não estou fugindo com ele. Você precisa de espaço para relaxar e eu não preciso que ele fique chateado e frustrando você mais. Vá com calma. Voltaremos para casa quando você estiver pronta. — Com isso Draco aparatou para os jardins da Mansão Nott, entrando na casa como se fosse o dono do lugar.

— Draco? — Theo perguntou quando ele finalmente percebeu que alguém estava em sua casa ancestral. — O que você está fazendo aqui?

Draco suspirou, colocando Scorpius no chão. Ele pegou dois copos e uma garrafa de uísque de fogo e serviu para Theo e para si mesmo. — Briguei com Hermione — ele explicou antes de engolir.

— Então você veio aqui? Por que diabos vocês dois brigaram?

— Acho que era sobre eu querer comprar uma vassoura para ele. Ela é super contra isso e ficou tão estressada com o trabalho que, quando apareceu, a discussão ficou fora de controle.

Theo pegou um dragão de brinquedo e o encantou para voar antes de passá-lo para Scorpius, que o aceitou alegremente, correndo pela cozinha enquanto o dragão voava pelo ar. — Então, como você vai consertar isso? Quer dizer, estou assumindo que você vai?

— Claro que vou, Theo. Eu só acho que nós dois precisávamos de tempo para esfriar a cabeça. — Os dois assistiram Scorpius brincar com o dragão de brinquedo antes de Theo fazer sua próxima pergunta.

— Então, como está sendo a paternidade com Granger? Quero dizer, ele parece feliz — Theo apontou para Scorpius. — Quão ruim poderia ser?

Apesar de estar chateado com sua namorada no momento, Draco sorriu. — É incrível, Theo. Ela é a mãe mais incrível. Acho que às vezes ela esquece que não está nisso sozinha tanto quanto nós estávamos nos primeiros dois anos porque ela não pede ajuda e se eu intervir ela só parece surpresa. Como quando estávamos dando banho nele na outra noite e ela se virou para pegar sua toalha e eu já tinha pegado. Ela apenas ficou chocada. Eu não sei se é como se ela esquecesse de pedir ajuda ou se é porque ela acha que eu não vou ajudar?

— Parece promissor — Theo acrescentou enquanto Draco continuava.

— Eu juro, é como se ela tivesse nascido para isso. Vê-la cuidar dele tão facilmente é uma das coisas mais sexy que eu já vi. Faz-me querer ter mais cinco filhos com ela. E tipo, sim, eu estou apaixonado por ela desde antes dele nascer, mas eu juro que me apaixono mais por ela todos os dias só de vê-la com ele.

Antes que Theo pudesse responder, outra voz encheu a sala. — Sério? — Draco se virou para ver Hermione parada na porta da cozinha, uma nova rodada de lágrimas caindo de seu rosto.

—Mamãe!— Scorpius gritou e correu em direção a ela, dragão há muito esquecido.

Ela se abaixou para abraçá-lo. — Oi, meu amorzinho. Você pode pedir ao tio Theo para lhe mostrar o novo livro que ele comprou para você? Eu preciso falar com seu pai por um minuto.

Theo pegou Scorpius, jogando-o dramaticamente sobre um ombro antes de carregá-lo para fora da sala. — Vamos, meu cara favorito.

Depois que Theo foi embora, o casal se virou, nenhum dos dois querendo quebrar o silêncio. Finalmente, Hermione deu o primeiro passo. — Você quis dizer o que você disse sobre mim para Theo?

Draco assentiu — Até a última palavra.

Ela suspirou antes de se aproximar e passar os braços em volta da cintura dele, descansando a cabeça contra o peito dele. — Então me desculpe. Desculpe por perder o controle sobre uma vassoura, eu sei que isso é importante para você. Desculpe por te chamar de ridículo. E o mais importante, sinto muito por chamá-lo de meu filho porque você estava certo, ele é nosso. Não que isso melhore, o trabalho tem sido demais e estou levando isso para casa comigo.

Draco se abaixou e beijou o topo de sua cabeça. — Eu sei que você está estressada. Está tudo bem. Obrigada por se desculpar. — Ele quase comentou sobre como Hermione Granger tinha acabado de admitir que estava errada, mas decidiu não abusar da sorte.

— Estamos todos bem aqui? — Theo perguntou, enfiando a cabeça para dentro da porta. — Porque se meu afilhado favorito precisa passar a noite, estou mais do que bem com isso.

— Sim, estamos bem — Draco disse com um sorriso, envolvendo seus braços mais apertados ao redor de sua bruxa.

Unplanned | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora