Capítulo 22

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RYAN JOHNSON

- Estou ansiosa por isso. - Minha mãe disse, antes de entrarmos na casa da família do Vinnie. Ela estava entusiasmada por voltar a falar com Grace. Elas se gostavam muito nos anos passados. Mas perderam contato.

- Vamos, minhas lindas! - Meu pai disse, colocando a mão na minha cintura, e na cintura da minha mãe, nos guiando para ficar perto da porta. - Não imaginava que eles estavam morando em uma mansão.

Meu pai comentou.

- Até eu fiquei surpresa quando eu vi. - Falei, e sorri de canto. Assim que nos aproximamos da porta, ela se abriu devagar sozinha. Não sei como fazem isso, mas eu acho bem diferente, e legal de alguma forma.

Eu não queria olhar, mas foi quase impossível. Vinnie no instante em que entramos, ele estava descendo sem camisa, apenas usando uma calça jeans azul clara, e com um tênis branco, Air force.

- Não sabia que já tinham chegado, desculpas estar assim. - Vinnie disse, e desceu os últimos degraus. Meu pai como sempre ciumento e protetor, colocou a mão sobre meus olhos o tampando para eu não ver o Vinnie sem camisa. Eu ri fraco, e escutei Vinnie rir também. - Eu vou subir, e me vestir.

- Ah, tudo bem. Cadê seus pais? - Minha mãe perguntou.

- Rose! - Escutei a voz do pai do Vinnie se aproximar de nós. Assim que meu pai tirou a mãos dos meus olhos, Vinnie já não estava mais ali. - A quando tempo. - Mark, cumprimentou meus pais, e depois eu.

- Realmente, fazem anos. - Meu pai disse.

- Vem, fiquem a vontade. Os drinks já estão chegando. - Mark nos guiou até a mesa comprida a nossa frente, então nos sentamos em seguida.

Grace chegou na mesa, e então aquilo começou a ficar um tédio. Os quatros falando entre si, e eu quase caindo de sono em cima do prato a minha frente. Sem conta a fome que eu estava começando a sentir.

- Vai lá em cima, conversar com o Vinnie se quiser, Ryan. Da pra ver seu tédio. - Grace disse, e eu ri fraco.

- Estou bem. Mas vou ao banheiro. - Respondi, e me levantei. Fui até a escada, e comecei a andar pelo corredor. Assim que eu estava me aproximando do quarto do Vinnie, eu estava escutando coisas caírem. Sua porta estava aberta, então aproveitei para ver o que estava acontecendo.

Logo vejo, o loiro procurando por algo agressivamente. Tudo o que ele via pela frente, ele procurava, não achava, e jogava no chão. Parecia desesperado, e irritado por não achar. Sua respiração estava acelerada, ele parecia suado também. Então entrei no quarto, vendo que ele estava muito mal.
As coisas da sua escrivaninha, como, canetas, cadernos e MacBook estava jogado no chão.

- Ei! - Me aproximei dele, e segurei em seu rosto. Vendo ele suado, e com uma cara de quem queria chorar. Seu rosto estava com vermelhidão, seus olhos cheio de lágrimas e suas sombrancelhas franzidas suavemente, mostrando que estava pronto para começar a desabar. Mas não caiu uma lágrima de seus olhos naquele instante. A forma raivosa, e pesada que ele estava respirando me deixava um pouco assustada. - Tudo bem...

Sussurrei, e me aproximei mais para um abraço pra confortar ele agora. Não importa o que estava acontecendo, não queria encher ele de perguntas de uma vez. Sentia seu corpo quente, aquecer meu corpo agora, assim que ele envolveu seus braços em minha cintura.

- Eu não aguento mais, Ryan! - Sua voz mostrava o quanto ele estava exausta agora. E parece que vem se sentindo exausto a dias. Eu me afastei dele, e deslizei minha mão em forma de carinho, em seu rosto. - Eu não quero descer.

Falou com sua voz embargada, e eu assenti, olhando em seus olhos, preocupada por não saber de nada do que estava acontecendo com ele nesses tempos.
O loiro se afastou, e se sentou na sua cama cabisbaixo. Eu suspirei, e meu olhar foi para o chão, vendo um envelope branco com o nome de um hospital eu acho. Então peguei, e olhei pra ele, vendo se ia me impedir de ver.

Até eu estava com leve medo de ver. Mas peguei o papel lá dentro. Eu olhei para o Vinnie, assim que vi que era um teste de drogas no sangue. Seu corpo estava prestes a ser tomado pela quantidade de droga que havia naquele exame. Estavam altos as quantidades.

Vinnie era um viciado, e estava começando a fazer sentindo algumas das suas reações que ele tem quando ele se afasta de todo mundo, ou quando é agressivo sem motivos. Era abstinência. E provavelmente ele nunca contou a ninguém.

- Desculpas... - Murmurou, e eu me agachei a sua frente. Ele olhou pra cima, e agora ele estava chorando. O mesmo secou sua lágrimas, e me olhou, segurando em meu rosto. Seus lábios tocaram, a minha testa deixando um beijo ali.
Meu coração se apertou ao vê-lo naquele estádio e vivendo aquilo diariamente. Mas eu precisava entender mais, pra tentar ajudar ele.

Eu me reergui, e me sentei atrás dele. Coloquei minhas pernas entre sua cintura, e o abracei por trás, deitando minha cabeça em suas costas.

- Você não está sozinho, tá bom? - Sussurrei, e deixei um beijo em seu ombro. Eu não sei se a família dele sabia, ou se estão lidando com isso direito, e dando apoio o suficiente pra ele agora. Mas eu vou dar toda a ajudar que eu conseguir dar pra ele. Tudo o que ele menos precisa agora, é julgamento e brigas.

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⏰ Última atualização: Mar 06, 2022 ⏰

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