Capítulo 35 - Acho Que Sou Uma Pessoa Ruim

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Aquilo que se faz por amor
está sempre além do
bem e do mal.

– Friedrich Nietzsche

↠Jasmine Martin Willians

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Jasmine Martin Willians

Meu coração palpitava tão rápido que eu não conseguia distinguir certo e errado.
Os olhos de Lucca se fecharam após um soco forte o atingir. Hans sorria torto, ainda respirando fundo. Minha feição era de pura raiva.
O garoto se aproximava cada vez mais do loiro caído meio atordoado no chão, me causando calafrios. Toda a cena acontecia em câmera lenta na minha cabeça.

Por que ninguém fazia nada? Por que todos apenas estão olhando?

Os amigos dos garotos foram ajudar Peter a se levantar, ainda tonto. Ele tossia de forma incontrolável.
Tudo isso ocorria em segundos que, para mim, mais pareciam horas.

Hans... Lucca comentou sobre ele no jogo de forma breve comigo. O suficiente para que eu entendesse que eles se odiavam.

meus olhos acompanham os movimentos do garoto com cabelos castanhos. Ele fecha a mão em um punho para acertar outro soco em Miller.

Corro rapidamente até o otário e acerto um soco em seu olho direito, com toda a minha fúria. Não penso, apenas faço. Meus atos estão completamente descontrolados agora. Eu consigo enxergar apenas com raiva, ódio e vontade de agredir.

Nunca fiz isso eu toda a minha vida...

— Acho melhor não encostar no Lucca outra vez, filho da puta. — Empurro Hans, que cai no chão outra vez após ter levantado para bater no loiro. — Desgraçado! — Xingo antes de pisar nos seus ovos, que espero que tenham amassado.

— porra. — o menino caído no chão pragueja. — Você é maluca. — Geme com dor.

— Uma maluca que vai te ensinar a não encostar dessa forma no meu garoto. — Essa última parte sai sem querer.

Dou socos repetidos no rosto do Hans, que começa a sangrar pelo nariz. Estou cega pela vontade de proteger Miller, proteger ele de qualquer coisa que possa fazem mal.

Sinto meus braços serem puxados para trás quando noto Campbell desacordado no chão.

— Me larga, ele merece apanhar! — Grito tentando me afastar dos braços que me rodeiam.

— Chega, Jas. Já deu. — Maggie me abraça forte depois de me soltar.

Suspiro fundo, afim de buscar meu ar de volta. Meus olhos se enchem de lágrimas, me seguro para não chorar.

Permito olhar para Lucca, que ainda está sentado no chão. Agora com a consciência retomada e de queixo caído. Ele está assustado, mas não parece com medo... medo de mim. Mas eu estou, estou com medo de mim.

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