A adolescência é um período complicado, ainda mais se você precisa largar toda a sua vida e se mudar para outra cidade. Isso acontece com Jasmine Martin Willians, que precisará sair de San Matteo para Los Angeles por conta do novo emprego do seu pai...
"Ninguém vai acertá-lo tão forte quanto a vida, mas não tão forte quanto você mesmo. Não importa como você bate, e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. É disso que a vitória é feita."
- Rocky Balboa
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↠Jasmine Martin Willians
Sinto seu peito subir e descer tranquilo contra minha bochecha, os dedos enroscados em uma mecha do meu longo cabelo preto. Lucca escuta música passando os olhos sem muita atenção ao livro em minha mão. Madame Bovary, pioneiro do realismo. Um clássico.
Estamos a uns quarenta minutos neste ônibus. Os alunos finalmente se aquietaram um pouco e pararam de cantar, mas creio que logo o farão novamente. Lucca se divertia com os amigos e fazia piadas de forma natural, eu o observava com clamor. O garoto é muito lindo. Agora estamos aqui, estou apoiada contra o peitoral do Miller sentindo seus braços me rodearem.
Em uma forma fofa de demonstração de carinho, Lucca retira o leite fermentado que sabe especificamente ser meu favorito de uma bolsa térmica. Sorrio boba, fechando o livro e focando nos detalhes simples e minuciosos do seu rosto.
— Você não fez isso. — Falo surpresa, pegando o líquido e o abrindo.
— Lógico que fiz. — Sua pose convencida me faz revirar os olhos. — Por você.
Dou um selinho nele em forma de agradecimento antes de virar a bebida gelada em poucos goles. Delícia.
Noto Lucca me encarar com um sorrisinho no rosto, apenas me admirando. Coro instantaneamente.
Desvio de suas íris cativantes e encaro a janela, prestando atenção nos carros que passam ao redor.
— Quer sentir uma coisa nova? — Ouço sua voz grossa sussurrar em meu ouvido e estremeço.
Concordo balançando a cabeça, percebendo o tom malicioso.
O loiro puxa um pouco mais o cobertor para cima de nós e apoia minha coxa direita na dele. Observo suas ações, ficando arrepiada.
— Você vai precisar ficar quietinha. — Um de seus dedos tocam gentilmente meu rosto, colocando uma mecha atrás da orelha. — Tá bom, gostosa?
— Aham. — Murmuro já sentindo o frio na barriga me consumindo.
Recebo um sorriso ladino em concordância e me acomodo no grande banco.
Sinto as pontas dos dedos dele passeando devagar pela minha pele, causando arrepios. Suspiro fundo, tentando não revirar os olhos só de imaginar o que vem por aí.
