-Não fique irritada com o seu pai. - sua mãe fala enquanto conversavam na cozinha - Sabe como ele tem uma personalidade forte.
-[nome], não finja que esperava uma palavra de consolo vindo daquele homem. - Emily fala indignada enquanto cozinhava algo - Cuido daquele ser desde que é uma criança e posso te afirmar que é raro vê-lo demonstrando compaixão e empatia. Não sei como sua mãe se casou com ele. - ela bufa irritada.
-Não fale assim, Emily. Sabe que ele teve uma infância difícil, e não teve muito apoio familiar.
-Isso quer dizer que serei que nem ele quando crescer? Isso é inadmissível! - se levanta da cadeira apavorada.
-[nome]! Se acalme! - Emily te olha profundamente - Ele não tinha ninguém, mas você tem. Não pense que ficará igual à ele. - se senta novamente - Acho que a única pessoa que conseguiu o amor dele foi sua mãe.
-Não fale como se ele tivesse um coração de gelo. - ela sorri - Você só tem que mostrar o seu valor a ele.
-Como se ele fosse querer ver. - Emily murmura irritada.
-[nome]. - Walter entra na conzinha - Essa carta chegou para você. - ele anda em direção da Emily - O que está cozinhando? Algum doce?
-Saia daqui, moleque! - ela responde rindo - Vai saber depois que ficar pronto. - a governanta expulsa Walter e você da cozinha.
Vai para a sala de estar e abre a carta.
"Querida [nome]
Adoraria um dia receber os gêmeos Miya em minha casa, por favor traga eles na sua próxima visita.
Ass: Madeleine Black"
Sorri e sente algo sobre seu ombro.
-Está sorrindo por quê? É de Atsumu? - Walter questiona com um sorriso lascivo no rosto.
-Do Atsumu? De jeito nenhum! - murmura envergonhada - É da Sra. Black.
-Ela realmente gostou de você. - ele se aproxima de você - Os quadros dela são bonitos?
-São perfeitos. - sorri - Mas agora tenho que ir, se me der licença, se não passaria horas falando sobre Madeleine. - comenta se ajeitando para sair.
-Onde vai? - ele pergunta confuso.
-Irei procurar os gêmeos. - abre a porta - Adeus.
Anda por longos minutos até chegar na propriedade dos Miyas. Ao bater na porta, é recebida pela governanta do local.
-Boa tarde, senhorita. - ela sorri - Imagino que esteja procurando os gêmeos. - concorda com a cabeça - Osamu foi a cidade vizinha com a Sra. Miya, se não me engano só voltará amanhã à noite. Mas Atsumu não foi junto, deve estar na granja. Pode ir atrás dele, mas cuide para não se sujar.
-Obrigada! - agradece e logo sai andando à procura do garoto.
O procura por um tempo e cansada, pensa em desistir. Se espreguiça e levanta a cabeça. Quando vê Atsumu sentado em uma das vigas de madeira do teto do local enquanto dormia.
-Atsumu! - grita o assustando.
-O que está fazendo aqui? - ele questiona confuso.
-Não gosta de minha companhia? - sorri para ele.
Atsumu desce da viga e se aproxima. Ele agia de modo taciturno, te fazendo estranhar.
-Você parece estranho. - arregala os olhos - Por que está com o olho roxo? - questiona se aproximando.
-Não é nada. - ele segura a sua mão que acariciava o machucado e a afasta - Briguei com uns garotos da vizinhança. - o garoto sorri.
-Não acho que eu deveria acreditar nisso. - comenta - Por que não foi a outra cidade com Osamu?
-Meu pai disse que não era necessário. - Atsumu começa a andar para fora do local - Mas por que está tão preocupada? Acho que não foi por isso que veio aqui.
-Não tente mudar de assunto! - branda irritada - Me conte quem realmente fez isso! - o garoto te olha surpreso.
-Foi meu pai! Pronto! - ele responde virando o rosto na direção oposta.
-Seu pai? - questiona surpresa e se aproxima do garoto - Olhe para mim! Que teimosia! - murmura estressada.
Ele olha para você e suspira.
-Só vamos falar sobre outro assunto, por favor. - Atsumu sorri.
O encara por alguns segundos e logo concorda com a cabeça de modo minimalista.
-Se é o que você quer. - começam a andar pela propriedade - Só vim contar que a Madeleine me mandou uma carta pedindo que eu levasse você e Osamu para conhecê-la.
-Isso é realmente inesperado.
-Eu não acho. - dá de ombros.
Ficam em silêncio por alguns minutos apenas aproveitando a companhia um do outro.
-Você se sente bem depois do que aconteceu na casa do Sr. Cuttberth? - o garoto questiona com cuidado.
-Isso ainda me deixa desconfortável ao lembrar. - ele concorda logo mudando de assunto.
Conversam enquanto andam pelo local por longas horas. Mas vai embora quando o sol começa a se pôr. Se despede do garoto, logo voltando para casa.
Naquela noite, a única coisa que conseguia fazer era pensar sobre o machucado de Atsumu.
"Desde quando isso acontece com ele? E por quê?"
-Querida, está tudo bem? - é tirada de seus pensamentos com a voz de sua mãe - Não comeu nada desde que voltou da propriedade dos Miyas.
-Estou. - sorri - Só não estou com fome. - se levanta - Se me derem licença, vou me retirar para ir dormir.
Vai para se quarto, tranca a porta e põe o seu pijama, logo se deitando, mas sem conseguir dormir por um bom tempo.
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Vale Das Rosas | Atsumu Miya
Fanfiction"O mundo inteiro é uma terrível coleção de memórias de que, de fato, ela existiu, e de que eu a perdi!" - O Morro Dos Ventos Uivantes Emily Bronte [Nome] e Atsumu, amigos desde a infância, nunca se importaram...