Capítulo 16

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O trem finalmente para, diferente do coração do garoto, que batia mais rápido a cada segundo.

Os passageiros desciam do veículo ocupando o espaço da estação, dificultando ainda mais para os conhecidos se encontrarem no meio da grande multidão.

-Osamu! - ele ouve seu nome no meio das pessoas e quase não identifica a dona da voz.

-[nome]? - o garoto se surpreende encarando a garota por alguns minutos, mas logo lhe dando um abraço de urso - Nem parece a mesma garota que dei adeus há três anos.

-Digo o mesmo de você, até pode se passar por um homem de verdade. - ela sorri, um sorriso feliz, mas não tão feliz quanto ele esperava.

-Quer dizer que não sou um homem? - Osamu questiona segurando as malas da amiga.

-Só será um homem quando eu disser que é um. - ela ri da careta dele.

-Receio que nunca me tornarei um.

Os dois pegam um cabriolé e começam a ir em direção de sua tão conhecida pequena cidade de anos atrás.

-Todos estão bem? - a jovem moça questiona ao se acomodarem no veículo.

-Alguns melhor do que eu gostaria. - ele remexia as mãos com ansiedade - A senhorita mudou tanto em três anos.

-Três anos em um colégio interno para garotas é bem diferente do que eu poderia imaginar. - ela se aproxima para falar mais baixo - Aquelas garotas adoravam se divertir! - [nome] se endireita na cadeira - Mas eram tão extravagantes que sempre se davam mal.

-Imagino que a senhorita não era diferente.

-Não posso dizer que era um exemplo, mas eu era sempre metida no meio! Senhor, pare o cabriolé! - a moça grita de repente - Tenho que entregar essas flores para minha mãe.

[Nome] e Osamu andam lentamente entre as lápides cinzentas, não se preocupando se o homem teria que esperar muito no cabriolé.

A garota se ajoelha em frente do túmulo com o nome de Catherine e põe com cuidado as flores em frente.

-Não são flores muito bonitas, mamãe, mas foi o que pude providenciar no caminho. - ela limpa uma lágrima fujona - Eu entendo que meu pai quisesse me disciplinar, mas não me deixar vir no enterro da minha própria mãe? Ele só pode ser louco.

-O Sr. Heathcliff ficou extremamente abalado com o falecimento da senhora, talvez ele não quisesse que você o visse.

-Imagine o quanto eu fiquei abalada em receber por carta da morte de minha mãe. Não ligo para o que aquele homem sente. - [nome] se levanta - Melhor irmos, estou morrendo de fome.

A antiga casa da senhorita não estava diferente. Algumas flores diferentes estavam espalhadas pelo jardim e havia um banco novo na frente.

A dupla abre o pequeno portão da entrada e de dentro da casa se ouve movimentação, não demorando para a governanta, com mais cabelos brancos do que três anos atrás, aparecer na porta com um sorriso no rosto.

-[nome], minha criança! - a mulher sai correndo de encontro com a garota - A senhorita se tornou uma mulher, não posso nem acreditar em como está crescida. - um abraço de urso é dado pela mulher - Vamos, os dois entrem para comer bolo com chá.

Por dentro, a casa estava exatamente igual, a não ser pela falta de Catherine, que já podia ser sentida.

-Emily, talvez tenhamos que fazer o chá novamente, acho que troquei o açúcar pelo sal. - o homem entra no cômodo com dois potes iguais nas mãos - [nome]? - ele entrega os potes para Emily - Minha pequena irmã, que saudades!

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⏰ Última atualização: Apr 09, 2023 ⏰

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