BNHA: Guerra Civil U.A

Parte 2

Os vilões rapidamente deixaram o auditório, dirigindo-se a uma sala reservada para eles, enquanto os heróis se encaminharam para suas respectivas salas de preparação. Midoriya retirou o caderno de regras do bolso, acompanhado de uma caneta.

— Posso confiar em todos vocês? — Foi direto ao ponto, surpreendendo os aliados. — Kacchan e Shoto-kun, sei que são aliados verdadeiros, mas e o resto de vocês?

— Não ligo para boatos. Você é praticamente um tanque com uma individualidade forte — disse Kaminari, coçando a cabeça. — A minha tem uma fraqueza parecida. Se eu usar demais, fico meio idiota. Mas a sua é pior.

— Suas habilidades são incríveis! — Exclamou Kirishima, admirado. — Tão maneiro, podendo dar socos como o All Might! Além de ser rápido como um coelho!

— Você é meu amigo. Eles são uns idiotas — afirmou Shinso, sucinto como sempre.

— Já vi o que você pode fazer ao longo dos anos. Não há motivo para te chamar de fraco — disse Shouji, formando uma boca com seus apêndices. — Além disso, você é um grande amigo que não se importa com as diferenças.

— Você foi o amigo mais próximo que já tive, sem mencionar que sou estranho — murmurou Tokoyami, olhando para o chão. Dark Shadow fungou, chorando dramaticamente. — Você me tratou como uma pessoa, não apenas como uma individualidade.

— Você me ajudou em diversas situações, fazendo-me entender o que é ser um verdadeiro herói e um amigo que estará sempre lá para ajudar — admitiu Tenya, sinceramente. — É forte, suportando a dor causada por sua própria individualidade. Nem todos conseguem fazer isso.

Midoriya sorriu, reconhecendo que cada palavra era verdadeira. Encontrou os verdadeiros amigos em quem podia confiar.

— A partir de agora, todas as diferenças serão ignoradas. Precisamos confiar uns nos outros com tudo o que temos — avisou Izuku, abrindo o caderno. — Isso inclui compartilhar fraquezas, pontos fortes, histórias e segredos. Não podemos ter desconfianças no momento da luta.

— Parece uma sessão de terapia — brincou Kaminari, fazendo os amigos rirem.

— Oh, Deku já fez muitas sessões de terapia comigo. Ainda não acredito que acabei revelando meu segredo — revelou Bakugou, cruzando os braços.

— Acho que vou adorar ouvir isso — disse Hitoshi, inclinando-se para a frente, interessado.

— Bem, vamos começar — começou Midoriya, pegando outro caderno para esse momento.

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A conversa perdurou por três horas ininterruptas, com a escola prestes a fechar, já eram 7 horas da noite. No entanto, Nedzu deixara uma chave para Midoriya para ocasiões como essa, permitindo que ficassem pelo tempo que precisassem.

Lágrimas foram derramadas, risadas ecoaram, abraços foram trocados, brincadeiras surgiram, e segredos foram revelados. Agora, cada um confiava plenamente no outro, sabendo que podiam contar com o apoio dos amigos sempre que necessário.

— Tenho uma segunda individualidade, mas não pude usá-la sem a permissão de vocês primeiro — revelou Midoriya, surpreendendo todos os amigos, exceto Katsuki mais uma vez. — Posso criar individualidades, mas não posso usá-las em mim mesmo por muito tempo. No entanto, posso aplicá-las em outras pessoas. Descobri recentemente que posso evoluir essa individualidade, independentemente de ser mutante ou não.

— Eu quero usá-la em vocês, se permitirem — murmurou Izuku, juntando as mãos nervoso.

— Posso finalmente parar de fritar meu cérebro!? — Exclamou Kaminari, balançando os dedos na direção do esverdeado. — É uma benção! Não vou precisar ser um idiota!