| 𝒞𝓁𝒶𝓇𝒾𝓉𝓎|
明快さ
"Um silêncio pinga no céu da boca e anuncia;
Todas as palavras não ditas que entalaram entre a pele e o peito servirão de adubo pra que você floresça."
↳ 𝙻𝚒𝚟𝚛𝚘: textos cruéis demais para serem lidos rapidamen...
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Nova York — Sete anos depois.
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O aroma doce bastante familiar e agradável atingiu em cheio suas narinas, enquanto você soltava um riso leve completamente descontraído, agradecendo a senhora — dona da cafeteria — que havia colocado como de costume doses extra de chantilly e de chocolate no seu cappuccino. A mulher de meia idade somente lhe deu uma piscadinha mantendo um sorriso maroto nos lábios, dizendo em seguida que "você andava sumida nessas últimas semanas" antes de voltar a atender seus outros clientes.
Por mais que essa "ação" fizesse parte do seu cotidiano e por mais que só houvesse se passado duas semanas desde que tirou — ou melhor, foi praticamente obrigada pelos seus superiores a tirar uma licença de no mínimo seis meses do trabalho — havia sentido falta de ir ao café todo dia.
Levou a xícara de porcelana até a boca e bebericou a bebida com certo cuidado para acabar não queimando a língua, logo sendo incapaz de suspirar em satisfação ao sentir o gosto vagamente amargo em contraste com o doce, tomar conta do seu paladar.
— [Nome]? Ainda está aí? — ouviu a voz soar do outro lado da linha.
— Estou sim, Hina. Aconteceu alguma coisa? — resolveu perguntar, já que do nada durante a ligação que mantinham, sua cunhada ficou fora de área por alguns minutos.
— Desculpe, o Takemichi chegou do nada e eu tive que descer correndo para a recepção do apartamento pra ele não me ver falando com você. — ofegou.
— Foi mal ter que fazer você guardar o segredo de que eu tô voltando pra Tokyo. — sorriu sem graça mesmo que ela não pudesse ver. — Mas além de querer fazer uma surpresa pra todo mundo, eu precisava de alguém para organizar umas coisinhas aí pra mim e você com certeza é melhor que o meu irmão nisso.
— Sem problemas [Nome], ainda mais que se você contasse pro Take que está voltando, ele contaria pra Deus e o mundo. — deu uma risadinha que acabou te fazendo rir também e dizer um " isso não tem como discordar". — Inclusive, já peguei as chaves do seu apartamento e para facilitar pra você deixei com o porteiro do seu prédio, porque assim quando você chegar pode ir direto pra lá.
— Hina, você é um anjo. Juro, não sei o que eu faria sem você. — a agradeceu não conseguindo evitar um sorriso sincero ao escutá-la falar que você é como uma irmã pra ela, e que te ajudar na "mudança"não era nada demais. — Apesar que, eu acho que vou ir direto pro hotel que o Pah vai fazer o casamento. — continuou — Ele me disse por mensagem que alugou a parte que tem o salão de festas e a parte de cima que tem os quartos, para os convidados ficarem lá caso beberem demais e preferirem não correr o risco de sofrer algum acidente na hora de voltar para casa. — explicou mesmo sabendo que Hinata sabia.