𝙴𝚡𝚝𝚛𝚊 𝙲𝚑𝚊𝚙𝚝𝚎𝚛 // 2.0

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"... It's you, it's always you
If I'm going to fall in love, I know it's going to be you
It's you, it's always you
I met a lot of people but nobody is like you ..."

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Kei Ryuguji! Se eu te pegar, eu vou esfregar sua cara no chão! — Aiko esbravejou irritada enquanto corria de um lado pro outro pelo quarto, tentando o possível e o impossível pegar o celular que estava nas mãos de seu irmão mais novo.

Valeu cara, você é demais! Pode sim vir buscar ela às oito tchau! — Kei falou antes de desligar a ligação, logo depois colocando um sorriso arteiro no rosto se divertindo com a expressão furiosa de sua irmã mais velha. — O que foi Aiko? Tá bravinha porque eu interrompi sua ligação com seu namoradinho?

— Menino. — Aiko suspirou fundo, passando as mãos no cabelo tentando manter o resquício mínimo de paciência que lhe restara — Eu juro pela mamãe e pelo papai que se eu te pegar...

— Olha só, você não negou quando eu disse que ele era seu namoradinho. — o menino de 10 anos disse num tom insinuante arqueando as sobrancelhas para cima e para baixo.

— Juro por Deus, moleque, eu vou te assassinar!

— Aé? Acho que o papai vai gostar de saber que você tá namorando. Quer ver? Ô pai! — disse colocando a mão na maçaneta, girando-a e abrindo a porta do quarto em seguida.

— Se eu fosse você eu ficava quieto. — a garota disse rígida, como se estivesse o alertando.

Kei ficou receoso já que sabia que sempre que a irmã falava assim, ela tinha alguma carta na manga. No entanto, ele não deixou transparecer o leve nervosismo e fingindo não estar afetado, perguntou: — Posso saber o motivo de eu ter que ficar quieto?

— Bom, se você contar pro papai sobre mim e o Lucca,  eu conto que foi você que quebrou o retrovisor da moto dele aquela vez enquanto jogava bola. — Aiko cruzou os braços e sorriu, o desafiando.

— Você não faria isso. — Kei franziu as sobrancelhas descrente que ela faria aquilo, mas ao vê-la caminhar até ele, pegar o celular de volta sem esforço algum e passar pela porta, percebeu que estava enganado.

— Pois sente, e assista. — falou em um tom superior antes de sair pelo corredor e descer as escadas da casa correndo, enquanto escutava o garoto ir atrás de si implorando para não contar nada, pois tudo o que ele havia falado antes não se passava de uma brincadeira.

Aiko não deixou de soltar uma risada alta, debochando do irmão mais novo ao tempo em que desviava dos móveis que compunham e enfeitavam a casa com a intenção de chegar até a parte externa da residência, local onde Draken certamente estava.

A garota era esperta o suficiente para saber que deveria guardar a informação que tinha contra Kei para o futuro, mas por ter tido seu orgulho ferido e não aguentar mais as provocações dele acerca de Lucca, tinha em mente que dessa vez não iria deixá-lo sair impune.

— Poxa Aikinho, você sabe que eu te amo! — o menino disse com a voz entrecortada, sem fôlego, por causa de todo correria pela casa extensiva.

— Devia ter pensado isso antes de me difamar pro Lucca no telefone! — a garota refutou, se virando brevemente para olhá-lo, mas ao fazer isso não esperava que ele reduzisse a distância entre os dois consideravelmente.

Aiko retomou o olhar para frente e tão rápido quanto conseguiu, abriu a porta de correr que separava a sala de lazer da área da churrasqueira, mas isso não impediu Kei de agarrar a camisa que ela vestia, como também, em razão do barulho exagerado que faziam, impediu de chamarem sua atenção.

𝒞𝑙𝑎𝑟𝑖𝑡𝑦 // 𝔇𝔯𝔞𝔨𝔢𝔫Onde histórias criam vida. Descubra agora