| 𝒞𝓁𝒶𝓇𝒾𝓉𝓎|
明快さ
"Um silêncio pinga no céu da boca e anuncia;
Todas as palavras não ditas que entalaram entre a pele e o peito servirão de adubo pra que você floresça."
↳ 𝙻𝚒𝚟𝚛𝚘: textos cruéis demais para serem lidos rapidamen...
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Um aperto forte ao redor de seu corpo assim como a luz do sol que se infiltrava através das cortinas do quarto, foram um dos muitos motivos que obrigaram Draken finalmente a despertar.
O moreno franziu a testa levando uma mão para esfregar os olhos sutilmente a fim de livrá-los um pouco do incômodo da claridade, ao mesmo tempo em que tomava real consciência do local que se encontrava.
Como o habitual, ainda mais por terem passado a noite e a madrugada inteira juntos tirando proveito da festa de casamento de Hina e Takemichi, estavam no seu apartamento. Ou, como você passou a se referir a ele desde um mês atrás quando o moreno começara a dormir com mais frequência e passar mais tempo em sua residência, o apartamento de ambos.
Draken acabou soltando um suspiro leve acompanhado de um sorriso divertido ao se lembrar de como fora difícil convencê-la a deixá-lo suprir alguns gastos, levando em conta que praticamente havia passado a morar com você. Na maioria das vezes ele era repreendido com o seu silêncio e um olhar fulminante, mas mesmo com isso nunca se abalou e muito menos deixou de insistir, já que por mais que achasse o seu jeito independente inspirador e atraente, ele não deixaria você arcar com todas as despesas sozinha.
Dispersou os pensamentos levianos da cabeça assim que ouviu um resmungo baixo escapar pelos seus lábios.
O moreno rapidamente levou o olhar até sua figura e sorriu fraco ao observá-la ainda dormindo serenamente fazendo dele o seu próprio travesseiro. Sua feição exalava tranquilidade, justamente igual sua respiração que mesmo causando um pouco de cosquinha em seu peitoral desnudo, não chegava a incomodá-lo.
Draken levou uma mão para tirar alguns dos fios do seu cabelo que estavam espalhados pelo seu rosto e logo que fez a manteve próxima de onde já se encontrava, começando a traçar de modo gentil o contorno do seu maxilar, nariz e boca. Lhe admirando assim, Ryuguji não pôde evitar o pensamento de que de fato, mesmo que as vezes fosse difícil de acreditar, você e tudo que viviam juntos era muito mais do que apenas um sonho.
— Bom dia, princesa. — disse ao vê-la abrir os olhos lentamente devido a claridade presente no ambiente.
— Bom dia, mon chaton. — respondeu dando um selar no peitoral dele — Que horas são? — perguntou ajustando as vistas por completo.
— São duas e vinte da tarde. — falou após olhar o relógio digital que ficava em cima da cômoda.
— Isso tudo? — perguntou num sussurro mais pra si mesma, tirando os braços que o rodeavam e levantando a cabeça para encará-lo.
— Tendo em vista que voltamos pra casa lá pelas três da manhã, até que não é muito se for parar para pensar. — se inclinou para depositar um beijo na sua testa. Você sorriu.
— É, tem razão. — suspirou se deitando de bruços na cama, mas ainda mantendo contato visual — Você tá bem?