Meu Camaleão [ Camilo Madrigal x OC ]

Camilo

Camilo era um garoto travesso que mudava de forma.

Ele era famoso por ser da família Madrigal, os fundadores de Encanto.

Já faziam meses desde que Casita fora reconstruída. Isto é, ele já sabia o que era passar por alguma situação infortúnia.

Durante seus dias eles gostava de jogar bola e se divertir com os outros garotos da sua idade, o que era algo extremamente normal para um adolescente de 16 anos.

Assim como seus irmãos, primos e tios, ele tinha a obrigação de usar seu dom para ajudar quem necessitasse dele.

Era algo um tanto inútil, mas ele podia mudar de forma.

Ele se sentia orgulhoso por usar isso ao seu favor.

Mesmo que não fosse para isso que ele tenha ganhado o poder.

Camilo tem sérios níveis de deboche, já que entra em confusoes direto por causa disso.

Sua prima Isabela foi uma quedinha boba de infância que ele tinha.

Claro, ela é perfeita, linda como qualquer flor.

Mariano aos seus olhos era o pior possível.

Mas isso já não importa mais, já que agora ele namora sua irmã.

Ele estava inconformado por isso.

Ele era um mulherengo carente.

Camilo pensava isso.

Camilo acordou em seu quarto. Haviam espelhos para todos os lados, para que pudesse ver suas inúmeras formas.  Além disso, seu espaço era bastante amplo. Tinha uma cama, uma cômoda e um armário. Assim como qualquer outro quarto.

Ele levantou - se e olhou para seu reflexo. Eles estava com o cabelo bagunçado,pijama surrado e exalava um odor de suor.

Ele levantou o braço para sentir se precisava mesmo de um banho, mas a resposta era óbvia.
Ele juntou suas vestes, um pente e foi em direção ao quarto de banho. Lá ele se banhou até sentir que já podia se secar e vestir.

Ele saiu pronto de lá.Cabelo ajeitado, Ruana posta e sem fedor de suor.

Isso já era o suficiente.

Ele andou de forma calma até a cozinha, onde Luiza e Mirabel ajudavam sua tia Julietta a por a mesa do café da manhã.

Na mesa eram postas geleias de figo, pêssego, morango, bananada. Havia pão de água e arepas quentinhas a espera. Além de tudo café preto passado.

Camilo procurava por seu aperitivo favorito, ovos fritos. Sua tia sabia deixar a gema no ponto certo.Bem molinha.

Camilo sentou- se no terceiro lugar a esquerda da mesa,onde já era seu de costume.

Aos poucos a família foi se reunindo e ao seu lado sentaram-se seu pai Félix e sua irmã Dolores.

A refeição foi desfrutada por uma conversa amigável e divisão de tarefas diárias. Bruno e Mirabel conversavam sobre como retirar todos os ratos das casas sem machuca-los, o que foi uma ótima ideia, já que eles estavam aumentando cada vez mais.  Sua mãe Pepa ficou com tarefa de controlar a chuva do dia em volta das plantações. Sua tia Julietta e sua irmã entregariam comida aos enfermos. Luiza e Isabela junto com ele e Antônio tirariam um dia de folga.

Antônio passou o resto da manhã em seu quarto com sua onça pintada e seu tucanos.

Luiza e Isabela passaram a manhã plantando Cactos no jardim. Eram os preferidos dela.

Já Camilo foi dar um passeio na vila, ver se achava algum amigo para conversar.

Durante todo o caminho na calçada principal ele procurava por alguém. Não só alguém. Maria. Sua amiga desde que ele não tinha dom. 

Ele parou em frente a sua casa. Observou a casinha de barro, rica de detalhes e com uma bela pintura.

- Maria! - ele a chamou.

Uma garota de tranças, pele parda e olhos verdes saiu na janela para vê-lo. Ela acenou e logo foi o encontrar.

- bom dia, Camilo. Me procurando cedo ? - ela brincou.

- é...na verdade eu não estava ocupado e pensei em te chamar para um passeio.

- Camilo Madrigal me chamando para um passeio ? No que está pensando hoje ? Roubar as Arepas da dona Julietta ? - ela pôs as mãos na cintura, sobre seu vestido laranja, com detalhes de frutinhas.

- bom, não eram bem as Arepas, mas eu com certeza aceito essa proposta- ele disse com um sorriso maroto.

- então vamos lá.

Ela puxou Camilo pela mão, o levando até sua casa, onde, pela janela, eles observavam uma tigela cheia de Arepas cheirosas.

Eles apenas mostravam seus olhos pela janela observando o lanche.

Quando Camilo pulou a janela , ele se transformou em Dolores. Pegou a tigela e apenas saiu andando até a porta da frente, como se fosse levar para sua tia.

Foi então que eles correram para a floresta a pararam na Beira do Rio do Milagre. Lá eles se sentaram e comeram.

- você é muito esperto, Camaleão.

- eu sei, Maria.

Ela se deitou na grama para observar as nuvens.

- olha lá ! Uma camaleão. Você! - ela apontou para uma nuvem no céu azul.

Camilo se deitou ao seu lado, de barriga cheia. Ele olhou para a nuvem e sorriu.

- eu acho que eu precisava de um dia assim.Ficar fazendo esse favores me deixa muito cansado.

- eu imagino, Cami.

- você tem sorte não tem precisar fazer isso. Usar a magia cansa. Eu fico bem exausto. Bem as vezes eu tento fugir,mas não tenho tanto...sucesso.- ele fez uma expressão contentamento.

- imagino...então, sobre a festa de aniversário da sua prima...eu estou convidada ? - ela disse com interesse.

- você é bem interesseira, não é, Maria ? Bem você está convidada sim. Mas só porque sei que Mirabel gosta de você.

- isso é bom. Vou adorar comer o bolo da dona Julietta.

- você só pensa em comida ?

- as vezes eu penso num amigo chato e sarcástico que eu tenho.- ela riu.

- aha ha ha, muito engraçado.

- mas eu estava precisando mesmo ver você. Tem estado tão ocupado que esqueceu seus amigos.

- eu não os esqueci. Eu tenho que ficar com mi família. É minha obrigação.

- mas nem sempre. Acho que ter amigos também é uma obrigação. - ela bufou.

- sim, Maria. Sim.

Camilo se transformou em Maria.

-aim,eu sou a Maria e eu amooo o Camilo. Ele é o melhor, mais bonito. Hahaha - ele tirou sarro dela, vendo sua cara de tédio e seu fracasso em fazê-la rir.

- você nunca muda mesmo.

- não mesmo.- ele disse voltando para sua forma original.