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"Takamatsu [Nome] e Semi Nara, estão sendo chamadas no escritório do diretor." uma garota do segundo ano, que conhecíamos apenas de vista, apareceu no refeitório nos chamando enquanto almoçávamos.

Franzi o cenho, trocando um olhar com as meninas do time, mas nos levantamos e acompanhamos a garota. Assim que passamos pelas portas do local, abordei-a. "O que ele quer com a gente?"

"Não falaram nada, mas não aparenta ser bom... eu sinto muito." ela suspirou.

Troquei um olhar com Nara que apenas deu de ombros. Quando chegamos na porta do escritório, a menina que nos acompanhava bateu e nos mandaram entrar. Assim que entramos no local, vi um casal que eu não conhecia, dois policiais e uma dupla que pareciam advogados.

Franzi o cenho. "O que está acontecendo aqui?"

"Senhorita Takamatsu, senhorita Semi. Sentem-se, por favor." o diretor apontou as cadeiras livres à sua frente.

Estiquei meu braço, impedindo Nara de sentar-se. "Se não contar o que está acontecendo aqui irei presumir que isso é um circo para intimidar duas garotas de quinze anos." peguei meu celular que estava em meu bolso.

"Takamatsu-san..." o homem mais velho tentou me impedir, mas a pessoa do outro lado da linha já havia atendido.

"[Nome]..."

"Hey, preciso que venha ao escritório do diretor. Agora, por favor."

"Estou chegando."

Desliguei a chamada e o homem que estava sentado no sofá ao lado dos policiais se pronunciou. "Por que estamos demorando tanto? Sabemos que elas são as culpadas. Prendam-nas." ele estalou os dedos para os homens fardados que apenas olharam sem saber o que fazer.

"Presas? O que está dizendo? Aliás, quem é você?" segurei Nara pelo pulso e apertei levemente, não queria que ela falasse ou poderia nos meter em problemas.

"A minha filha foi agredida por vocês e ela está no hospital agora." O homem que estava sentado no sofá falou.

"Sua filha? Quem é a SUA filha?" Nara falou, fazendo uma cara de surpresa.

"Nossa filha é Nanai Asami. Ela nos contou que vocês derrubaram-na, fizeram com que quebrasse um braço e um grave corte na testa pois bateram a cabeça dela contra o chão." olhamos confusas para o casal que agora olhava diretamente para nós.

"Não finjam não saberem de nada, nossa filha está... ela está..." a mulher tentou falar, mas começou a chorar, não parecia ser um choro real, o que me fez duvidar do que falavam.

Ouvimos batidas leves na porta e logo depois ela foi aberta, felizmente, vi minha irmã aparecer.

"Podem me explicar o porquê minha irmã e Nara foram chamadas?" ela perguntou assim que chegou, olhando rapidamente a sala e logo ficou com a mesma expressão de confusão que eu e Nara tivemos.

"Essas duas garotas, quase mataram nossa filha espancada, como pode se quer..." o homem começou, mas logo foi interrompido.

"Primeiro, não há nada que prove que elas fizeram o que vocês alegam. Segundo, elas não precisam mais estar aqui se são inocentes." Amora disse, suas palavras eram fortes e significativas, o diretor parecia em choque com a situação.

"Temos provas o suficiente, as palavras da nossa filha, que nos disse o que essas duas fizeram." a Sra. Nanai falou.

"Primeiro, se ela bateu a cabeça, provavelmente ficou inconsciente e/ou sofreu uma concussão, ela pode nem lembrar realmente do que aconteceu, vocês deviam prestar mais atenção na condição da sua filha antes de virem aqui acusar as meninas."

Todos ficaram em silêncio.

"Senhorita Takamatsu, eles podem não ter nenhuma evidência, mas a acusação é grave, Takamatsu [Nome] e Semi Nara ficarão suspensas até que o caso seja resolvido e sua inocência, comprovada." o diretor, que até o momento só observava a cena, se pronunciou, e para nos dar uma notícia horrível e injusta.

"Mas, senhor diretor, nós não..."

"O senhor não pode..." eu e Amora falamos ao mesmo tempo.

"Sem 'mas', estão todos dispensados."

"Senhor diretor, não acha que deveriam prendê-las e interrogá-las?" o homem se levantou rapidamente e deu um tapa na escrivaninha em sua frente, o diretor ficou de pé.

"Eu sugiro que o senhor, Sr. Nanai e sua esposa vão para casa, ou alguém vai sair preso dessa escola e posso assegurar que não serão essas duas alunas." disse encarando o casal. "Agora, todos fora da minha sala, imediatamente."

Assim que ele falou isso, nós saímos. Eu, Amora e Nara fomos para o lado oposto aos pais de Asami.

"Os pais da Asami são assustadores, será que já pensaram em participar de uma casa de horrores?" Nara soltou essas palavras assim que chegamos mais longe.

"Vocês bateram na nossa filha e vão se arrepender." falei com uma voz que achei que seria assustadora, não saiu exatamente como eu planejava, mas nós rimos.

"Não falem assim das pessoas só porque vieram defender a filha, além disso, é totalmente verdade." Amora disse a última parte mais baixo.

"É interessante como alguns filhos são tão parecidos com os pais." falei e passamos um momento em silêncio.

"Tenho que admitir, aquela sua fala foi..." eu disse, me lembrando do que Amora havia dito na frente de todas aquelas pessoas, mas Nara finalizou minha frase.

"Impressionante, foi incrível. Como você sabe daquilo?" eu pude quase ver estrelas saindo dos olhos dela, ela parecia bem admirada com a minha irmã.

"Anos no esporte, e eu assisti muito Grey's Anatomy." ela disse e nós rimos. "Enfim, a fala ter sido maravilhosa..."

"Ninguém disse isso." falei mais baixo.

"Certo, a fala ter sido incrível..." revirei os olhos, mas ri. "Não anula o fato que as duas agora estão suspensas, então tudo o que nos resta é..."

"Ir para casa e chorarmos." todas paramos em um dos corredores, estava vazio.

"Não, dar uma de Scooby-Doo e descobrir realmente o que aconteceu." Amora anunciou. "Assim, vão saber que vocês realmente são inocentes."

"A gente vai precisar de ajuda." Nara falou, olhei para o relógio que estava em uma das paredes, faltava apenas 5 minutos para o intervalo.

"É, vamos chamar o pessoal." só nos restava provar nossa inocência.

🎸🎸🎸

Diapason (Eita Semi x Leitora)Onde histórias criam vida. Descubra agora