Capítulo 14 - Inferno

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Kara Zor-El  |  Point of View






Estava na casa de Cat, ela me mostrava as aulas que havia preparado. Ela estava muito empolgada com isso e eu estava adorando ver ela feliz.

— “We Need to Talk About Kevin”, não é um pouco pesado, Cat?

— Acha?

— Ah… É para o último ano. Tranquilo.

— Ele é bem real e com um assunto rotineiro, acho que vai ser interessante.

— E o Elephant?

— A escola não deixou.

— Sério? Acho ele menos pesado que o que você vai mostrar.

— Eu também acho, mas a diretora não. Na verdade, ela é bem fã do diretor desse filme.

— Então por isso deixou você falar sobre, mesmo o conteúdo sendo pesado.

— Eu cortei várias cenas, mas o resto está bom?

— Está ótimo, Cat. Você é ótima nisso, eu sempre amei suas aulas.

— Você queria me pegar.

— Mas as aulas eram muito boas de qualquer forma.

— Estava pensando em chamar os pais e debater com eles também.

— Você é muito foda, assim eles não reclamam do conteúdo.

— Exatamente. – Ela começou a recolher os materiais. — Acho que é isso, não vou te atrasar mais.

— Hoje a Lena tem terapia, vai demorar por lá. – Cat deitou sobre mim.

— Vocês estão bem?

— Sim. Estamos indo muito bem. Ela me abraça agora e eu posso tocar o rosto dela. – Cat sorriu.

— Fico feliz que tudo está indo bem.

— Eu também... Agora eu convidei ela para viajar.

— Olha só... Tomara que ela tope.

— Eu vou levar nosso moleque. Tem problema?

— Claro que não. Ele vai ficar doido de feliz.

Ficamos conversando mais um pouco até meu bip apitar e eu ir encontrar James, pois o chamado era do número dele.



[•••]



Ele abriu a porta do carro quando me viu, Sara estava no banco de trás e fomos até um prédio abandonado no bairro pobre da cidade. O mesmo bairro que Lena tinha sido sequestrada.

— O que está acontecendo? – Ele fez sinal para olhar para frente. Um carro parou ali... depois de meia hora saiu e outro chegou... depois outro... assim foi até dar quatro horas. Depois um homem todo de preto saiu de lá.

O seguimos e ele foi para uma garagem, saiu caminhando dali e dois quarteirões depois entrou no carro que estava estacionado. Era de Edge. Bati no painel do carro.

— Filho de uma puta! Eu não acredito nisso!

— Eu não entendo o porquê. – Olhei para James.

— Isso faz total sentido! Ele entregou os chefões para ser o principal. O único com lucros reais ali, estávamos esperando mais meninas serem abusadas enquanto ficamos parados sem desconfiar.

— Bom... Agora temos um lugar, um horário e um alvo. Amanhã mesmo podemos prendê-lo em flagrante. – Sara falou.

— Não! Precisamos entrar lá.

REM - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora