Capítulo 46 - Amor

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Kara Zor-El  |  Point Of View






Alex e eu corríamos pelo andar inteiro.

— Sai! Sai! – Ouvi os gritos dela. Abri a porta e a sala estava cheia.

— Corram para fora do prédio. Vamos! Vamos! – A correria começou. Alex parou ao meu lado.

— Minha equipe foi para o outro andar. Este está vazio. – Um aluno caminhou contra a multidão e passou por nós. — Hey! Sai do prédio. – Ele ignorou. — Hey! Não é seguro... – Ele virou.

— Kevin! – O garoto começou a correr e o perseguimos. Alex gritava a plenos pulmões. Chegamos em um setor que não havia sido revistado.

Entramos na sala e ele tirou um alicate de bateria da mochila. O auditório estava cheio.

— Corram! Vamos! – Alex gritou e alguns conseguiram sair.

— Se eu fechar isso todos explodem. – Paramos todos. Alex e eu estávamos com armas em punho.

— Calma, Kevin. Só queremos ajudar.

— Quero que saíam daqui. Agora!

— Kevin.

— SAIM! – A mão tremeu e todos gritaram. — Agora. Eu vou explodir tudo. Saiam.

Saímos da sala e revistamos as outras salas. Tudo vazio. Ava esperava do lado de fora.

— Desculpe, Kara.

— Cale a boca, Ava. Só quero saber quando o negociador vai chegar.

— Quinze a vinte minutos. – Bufei.

— Não temos essa droga de tempo.

— Não podemos fazer nada.

— Temos um novo negociador. – Falei tirando o capacete.

— Kara...

— Eu vou. Alguém tem a ficha dos alunos no teatro. São quantos?

— Doze. – A reitora me entregou as fichas. Analisei e caminhei até o prédio.

— Fora os que saíram?

— Eles me ajudaram.

— Kara... a roupa. – Alex falou e eu neguei. — É muito arriscado.

— São crianças, Alex. Doze crianças que não podem usar roupas especiais, pois não tiveram escolha.

— Tome cuidado. – Assenti e entrei... caminhei até a sala. Entrei com a arma em punho. Ele estava confuso, nervoso e chorava.

— Eu disse que ninguém podia ficar aqui.

— O que você quer, Kevin? Eu posso ajudar você.

— Não! Vou fazer minha causa ser notada.

— Não precisa disso, Kevin. – Ele pegou o telefone e começou a conversar com o real mandante. O professor. — Você vai morrer e ele vai ficar ótimo. Pergunto o porquê dele não está aqui?

— Cale a boca! Eu não... eu vou fazer, professor. Eu não estou com medo.

— Ele devia estar aqui, Kevin. Você pode ajudar sua causa de outra maneira. Quem é Júlia? – Uma moça ergueu a mão. — Libere a Júlia, Kevin. Ela é diabética e precisa da medicação. – Ele estava atordoado.

— Pare!

— Ela precisa se medicar, Kevin. Eu fico no lugar dela. – Ela me encarou.

— Pode ir. – A menina correu e eu caminhei. — Fique parada.

REM - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora