Cap 86

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< Jisoo >

O que é felicidade? Provavelmente, cada pessoa que resolver responder a esta pergunta apresentará uma resposta própria, pois a felicidade, num certo sentido, é algo individual, pessoal e intransferível. Por outro lado, há uma ideia de felicidade que pertence ao senso comum e é compartilhada pela esmagadora maioria das pessoas: felicidade é ter saúde, amor, dinheiro suficiente, etc. Além disso, a ideia de felicidade não é uma coisa recente. Com certeza, ela acompanha o ser humano há muito tempo e faz parte de sua história.

Tales De Mileto, acreditava que para alguém ser feliz, tinha que ter o corpo são e forte. Demócrito, julgava que a felicidade era “a medida do prazer e a proporção da vida”. Para atingi-la, o homem precisava deixar de lado as ilusões e os desejos e alcançar a serenidade. Sócrates, deu novo rumo à compreensão da ideia de felicidade, postulando que ela não se relacionava apenas à satisfação dos desejos e necessidades do corpo, pois, para ele, o homem não era só o corpo, mas, principalmente, a alma. Assim, a felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa. – Antonio Carlos Olivieri

A felicidade pensada por Aristóteles relaciona-se como um objetivo central da vida humana, que depende dos seres humanos e identifica-se com o viver bem e o fazer o bem. Sob a ótica de Dalai Lama, o propósito da existência humana é a busca pela felicidade. Para ele, ser feliz não é um estado grandioso e eterno. Ao contrário, é uma soma de pequenos momentos luminosos que o sujeito vai colecionando ao longo da vida. –  (a arte da felicidade)

Eu nunca achei que seria capaz de achar um amor que me fizesse simplesmente sair do chão, como a Chaeng faz, e eu nunca achei que seria capaz de sentir tamanha felicidade; estado de uma consciência plenamente satisfeita: satisfação, contentamento, bem-estar.. Mas o Jay foi capaz de fazer tal coisa. Agora eu conseguia entender com todas as letras, com todos os significados e todos os sentimentos que se sentir feliz plenamente causava. Era uma vontade quase enlouquecedora de querer gritar, de querer chorar e de querer sair falando para todo mundo que agora, eu, Kim Jisoo, era mãe do menino mais lindo, carinhoso e inteligente que eu conhecia – Desculpa Dylan.
Agora eu conseguia entender o que cada filósofo dizia e o que Dalai quis dizer com: “é uma soma de pequenos momentos luminosos que o sujeito vai colecionando ao longo da vida.”
Hoje, dia 5 de Dezembro, às 15:30 da tarde, eu, Kim Jisoo, estava sentada na sala nada organizada da Sunmi encarando seu rosto apreensiva, nervosa e muito, muito ansiosa para receber o documento que seria uma das coisas mais importantes da minha vida. Que seria o melhor presente de Natal que eu já havia ganhado até hoje. E que seria um dos momentos que estaria colecionando para manter minha felicidade plena.

Eu nunca fui uma pessoa que se importava com datas comemorativas como; dia dos namorados, páscoa, aniversário ou natal, mas eu comemorava unicamente e exclusivamente pela Lali. Ela sempre gostou dessas coisas e eu sempre gostei de ver seu sorriso quando abria seus presentes sentada embaixo da árvore de natal ou quando agradecia com os olhos marejados tudo que eu fazia no seu aniversário. Porém, eu acabei conhecendo e amando a Chaeng, que também se importava em comemorar cada data significativa e, se não bastasse as duas, Jendeukie também se animava após ouvir as ideias das duas. Mas o fato principal era, esse era o segundo natal que teria um grande significado para mim; ano passado, que foi o primeiro do Dylan e da Chloe com a nossa família, e toda felicidade por ter a Lali e a Jendeukie de volta. E esse, o primeiro Natal que eu passaria ao lado do Jay, com ele sendo oficialmente meu filho e parte da família.

Talvez as datas comemorativas se tornassem especiais e esperadas.

Ao meu lado, Chaeng, com os olhos marejados, mexendo a perna inquieta, roendo a unha nervosa e apertando minha mão vez ou outra conferindo se eu realmente estava ali. Atrás de nós duas, Jendeukie e Lisa, que tinham suas mãos nos nossos ombros dando apoio emocional.
De qualquer loucura que eu fiz - que não foram muitas - ou poderia fazer na minha vida, querer adotar o Jay foi a mais emocionante possível. Eu sentia como estivesse me jogando de um avião, de um parapeito ou de um prédio sem paraquedas. Me dava medo, mas ao mesmo tempo, eu não me arrependia ou pensava nas possíveis preocupações ou qualquer coisa que pudesse abalar minha decisão, eu só pensava exclusivamente em; eu serei mãe.

Eclipse G!P - JenLisa & ChaeSoo Onde histórias criam vida. Descubra agora