Cap 92

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{https://youtu.be/UqWfmoUKmgs - entrada da Lisa}

{https://youtu.be/ustrOyrmLOA - entrada dos padrinhos)

{https://youtu.be/YvWz1G4dEX4 - entrada da Jennie}

< Jennie >

"Quando somos crianças, tudo nos faz acreditar que esperar um príncipe encantado em seu cavalo branco, é o certo. Que em algum momento ele virá em toda sua glória, beleza e educação, e nos salvará em uma situação perigosa. Ou que irá conosco em uma jornada honrosa e, então, lutaremos juntos contra o "vilão".

Quando somos adolescentes, queremos viver um romance de verão ou um romance bem adolescente clichê que os filmes relatam. Dois jovens caminhando no corredor da escola se trombam, derrubam os livros e suas mãos se tocam. Ou, aquele garoto problemático que chama atenção de todas, mas ele quer apenas uma, a que todos julgam ser "esquisita" ou tímida demais. Talvez até mesmo aquele amigo "normal" que tem uma mudança radical nas férias.

Quando somos adultos, percebemos que nunca teremos um príncipe encantado e que não vivemos um romance clichê adolescente no ensino médio. Percebemos que se não nos salvarmos, provavelmente, ninguém o fará. Também percebemos que a única coisa parecida com os filmes é como os garotos/homens podem ser babacas e as garotas más. Que a realidade pode ser mais difícil que um filme da Barbie ou um probleminha da princesa que não quer ser princesa.

Eu, porém, fazia parte de uma porcentagem que quando criança não esperava um príncipe encantado, não me identificava com as princesas e não gostava de pensar que minha vida ou meus problemas seriam resolvidos quando o cara "certo" aparecesse. Eu fazia parte da porcentagem que esperava uma garota, que ela chegaria com sua gentileza, beleza e educação. E ela não resolveria meus problemas, mas me ajudaria a enfrenta-los e viveríamos felizes para sempre..

Há 7 anos atrás eu havia parado de pensar nisso. Estava me contentando que não acharia ninguém interessante na escola e que não viveria um romance clichê adolescente como os filmes, que a Rosie gostava de assistir, relatavam; Porém, Lili não chegou em seu cavalo branco, mas em uma moto preta. Não demonstrou que havia se apaixonado a primeira vista, me falo só depois de 4 meses juntas. Não era uma garota problema que tinha suas razões para ser assim, ela entrava em brigas, mas lutando pelo certo. Não me salvou da bruxa má ou embarcou em um missão difícil comigo, ela apenas ficou do meu lado todas as vezes que eu ficaria sozinha em casa. Um ato simples em comparação a todas as vezes que me salvou. E, apesar de tudo, como toda garota, eu sempre sonhei em um primeiro encontro romântico, clichê, que me fizesse desejar encontrar a pessoa várias e várias vezes para sentir o mesmo embrulho no estômago. Que me proporcionasse momentos felizes que sempre carregaria comigo, que me encheriam de felicidade. Sempre sonhei com um amor que; me faria sair do chão, me faria sentir todos os sentimentos possíveis, desde bons até os ruins, me consumiria por completo.. que me faria querer ter filhos.. construir uma família. E eu tive!

Uma vez minha mãe me disse: "nós somos feitos das escolhas que fazemos." Ao meu ver, fazer escolhas não é somente necessário, mas inevitável. Ao acordar, você escolhe levantar-se ou permanecer um pouco mais de tempo deitado. Escolhe chegar ao seu compromisso no horário marcado ou atrasar-se. Escolhe a roupa a ser usada, o modo de pentear o cabelo ou não pentear, se irá tomar café da manhã ou permanecerá em jejum. Escolhas são atitudes, ações no mundo. Alguns estudos já comprovam que 90% delas são inconscientes e apenas 10% são conscientes, e muitas que podem parecer não serem decisões importantes, vão sim decidindo o nosso caminho;

Todas, absolutamente todas escolhas que eu fiz, que me trouxeram até aqui, foi de minha completa consciência; Eu escolhi não me dar por vencida e chamei a Lisa para sair.. duas vezes, e isso nos proporcionou um relacionamento de 7 anos que vivi todo o tipo de experiência possível, desde quase perde-la três vezes até um beijo na roda gigante ou uma primeira vez romântica. Eu escolhi adotar nossos filhos, Dylan e Chloe, e isso me proporcionou acompanhar momentos que me encheram de orgulho e felicidade. Que me proporcionou conhecer um amor tão sublime, lindo e incondicional. Eu escolhi levar minha gravidez em frente mesmo sabendo que era arriscado, e isso me proporcionou sentir a pessoa mais completa ao ouvi-los me chamarem de mamãe pela primeira vez, ou quando deram seus primeiros passos em minha direção. Eu escolhi perdoar a Lili, e isso me proporcionou uma vida repleta de amor. Momentos que sempre teremos prazer de lembrar. E me proporcionou esse dia..."

Eclipse G!P - JenLisa & ChaeSoo Onde histórias criam vida. Descubra agora