Cap 2

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Deitada no meio de uma das várias florestas que existia em Nightingale, olhava o lindo céu azul. Apesar do sol, a brisa gelada estava presente, deixando o clima ainda mais relaxante. Com os olhos fechados, não pude deixar de pensar no ocorrido. Eu deveria evitar essas situações, não entrar de cabeça sem pensar nas consequências. Quando meu pai souber disso... Eu consigo até imaginar o sermão e, o pior, ele teria razão em cada palavra.

Não posso me deixar ser guiada pelos meus sentimentos, eles são o precipício para um lobo. A raiva, um sentimento incontrolável... Tão incontrolável que perdemos o total controle da nossa transformação. E se eu me deixasse levar, teria me transformado. Podia ter mordido um deles, pior, podia ter machucado a Jisoo ou o Bambam. (In)felizmente nossa mordida é mortal para um vampiro, o que nos dá uma vantagem na guerra ou em lutas, mas ao mesmo tempo uma desvantagem. O que faríamos se mordêssemos entes queridos? A mordida de um lobo não tem cura, seria uma morte lenta e dolorosa.

Sentindo meu celular vibrar, o peguei mais rápido que pude.

- Oi.

- Lalis, ouvi alguns alunos dizerem que querer pegar a Jisoo na saída.

Uma forma de pegar você... ou algo assim.

Ótimo, era o que me faltava. Além de arrumar briga... duas brigas, vou precisar me preocupar com um bando de garotos engomadinhos, atletas e egocêntricos perseguindo a Jisoo para me atingir.

- Estou voltando para escola.

Bambam, não a deixe sozinha.

- Não irei.

Ao caminho do colégio, pensava sobre minha situação. Teria o time com cerca de sete jogadores me esperando. Ao meu lado, Jisoo, que não matava uma barata, que nunca se envolveu em uma briga e Bambam, que no primeiro soco cairia desmaiado. Eu poderia derrubar uns cinco, mas se eu estivesse preocupada com os dois, estaria na desvantagem.

Mandando mensagem para o Matthew, pedi ajuda. E claro, pedi que levasse reforços, mas só quem sabíamos que não atacaria os vampiros primeiro, ou levaria para o pessoal. Afinal, não éramos burros, assim como vampiros não gostavam dos lobos ou das bruxas, nós não gostávamos deles.

Quinze minutos. Corri por quinze minutos da floresta até o colégio. Eu estava na minha pior forma. Respiração ofegante, coração batendo a mil, gotas de suor escorrendo pelas têmporas e o cansaço.... O pior era o cansaço.

Em frente ao colégio pude ver Matthew, Momo, Jiwoo e Seonghwa. Assim que me viram, me olharam como quem perguntava "o que você aprontou", mas ao me aproximar, Matthew abriu os braços e me levantou do chão.

- O que houve? - seu tom sempre tinha uma tonalidade de preocupação.

Enquanto o sinal não batia, expliquei rapidamente sobre as duas brigas. Jiwoo como sempre me apoiou e ainda disse que o dedo quebrado havia sido pouco. Matthew ouviu calado e ficou aliviado que Jisoo e eu não nos machucamos. Momo apenas disse que eu não tinha jeito e me desejou sorte com meu pai. Seong me deu um leve sermão sobre como eu podia ter perdido o controle e ter machucado alguém. Além de quase começar uma guerra, pois meu ataque não sairia sem consequências.

Ouvia seu sermão calada, com a cabeça baixa e sem recrutar uma palavra. Assim como Jisoo, os quatros eram mais velhos, além disso, eu tinha um grande respeito por todos. E como a mais nova, todos se sentiam responsáveis por mim de alguma maneira, mas, o Seong era o mais responsável e preocupado com minhas atitudes.

- Oppa, depois batemos nela. Lisa, cadê a Jisoo? - Jiwoo perguntou encostando no carro do Seong.

- Provavelmente na última aula.

Eclipse G!P - JenLisa & ChaeSoo Onde histórias criam vida. Descubra agora