II. Companhia

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Abriu os olhos lentamente, sentia-se pouco confortável no ambiente fresco em que se encontrava após acordar. As janelas revelavam a rua em frente ao hospital, onde sabia que raramente iria ver alguém passando por ali. Perto delas, um pequeno vaso de flores simples se destacavam em meio ao branco das paredes e chão, suas cores,um tom de roxo claro, mostravam com uma deslumbrante beleza que eram de fato violetas como pensava.

Passou seus olhos ao seu braço esquerdo, onde um fino tubo transparente levava soro em sua veia,logo respirou fundo e observou mais atentamente o local, não estava sozinho. Um garoto de curvadas mechas roxas como as violetas estava deitado ao seu lado em outra cama hospitalar, seu estado parecia péssimo. Um equipamento médico se conectava às suas narinas e com o som pouco alto, podia ouvir sua respiração forte. Faixas em seu pulso estavam manchadas de sangue seco, junto com um pano vermelho que segurava.
O mesmo garoto ao se sentir observado, mexeu em um extremo cansaço e se virou para Saihara, com um sorriso ladino em seu rosto já pálido e pouco rosado.
- Por que me observa tanto, garoto emo? - Riu ao dizer enquanto sorria com os olhos.

Cartas de Hospital - Saiouma/OumasaiOnde histórias criam vida. Descubra agora