O suor escorria por meu corpo, minha respiração estava ofegante e minha visão turva, eu tentava de todas as formas correr mais, mas eu não conseguia, minhas pernas haviam me traído, me traído de uma forma covarde.
- Stéfani. Ouvi sua voz aveludada e um assobio em seguida.
Olhei ao redor desesperada por encontrar de onde vinha sua voz, suspirei passando as mãos no cabelo e voltei a correr. O vento que batia em meu rosto fazia lágrimas sair dos meus olhos. Continuei correndo até chegar em um penhasco onde a água batia com força na pedra lá em baixo, engoli em seco olhando para trás e à vendo.
- Finalmente nos encontramos de novo querida. Disse sorrindo.
- O que você quer cara?. Riu sacando sua arma.
- Matar você, o que mais seria?. Me encara com raiva. - Eu nunca ansiei tanto um dia como o de sua morte Stéfani. Apontou a arma para mim. - E é exatamente isso que vai acontecer. Sorri e pisquei.
- Não tão rápido cara. Ergui minha mão a fazendo levitar do chão e então ela puxou uma cruz de madeira direcionando a mim me fazendo recuar.
- Eu vou te matar com uma bala de carvalho branco bem no meio da sua testa. Riu como uma piscicopata.
Olhei para o penhasco atrás de mim e suspirei, eu vou me jogar. Olhei para ela novamente que já estava próxima. Abri os braços com um sorriso e me joguei de olhos fechados e então senti o impacto do mar mas minhas costas e tudo apagou.
[ ... ]
Eu conseguia ouvir o som da máquina que media meus batimentos, sentia um incômodo grande no meu nariz e na Palma da mão direita. Devagar fui abrindo os olhos apenas para me acostumar com a claridade.
Os sons de rodinhas no chão eram altos, o barulho da máquina começou a ficar mais alto, fiz um pequeno esforço para sentar na maca, mas quando olheinpara frente vi meu pé engessado e apoiado em tipo de triângulo de ferro.
- Não se mova. Ouvi a voz de Mirella e olhei imediatamente de onde vinha a voz. - Eu estou tão feliz que você acordou. Disse e pude ver seu rosto vermelho, se levantou para se aproximar meio que se arrastando. - Você está bem?. Pergunta quase fechando os olhos.
- Tenho certeza que estou melhor que você. Consegui falar e ela sorriu devagar. - Não dormiu?. Negou. - Porque não vai dormir? Uma noite mal dormida é muito ruim.
- Mas o pior é que não tenho uma noite mal dormida. A encaro confusa. - Foi exato um mês. Aquela confissão foi como um tiro, eu me senti perdida.
- Como?!. Perguntei confusa um tanto alterada.
- Você estava em coma. Disse suspirando. - Eu não consegui dormir, cada vez que você suspirava eu acordava achando que você estava acordando. Engoli em seco.
- Eu estava em coma?. Assentiu. - Mas.... Como?.
- Você bateu a cabeça em uma das pedras. Disse me encarando, seus olhos estão fundos e opacos. - O que você tinha na cabeça Stéfani?! Porque se jogou de lá de cima?. Suspirei.
- Vem aqui. Ela negou. - Por favor, eu preciso que você se aproxime. Mordeu o lábio se aproximando devagar. - Eu fui caçada. Ela suspirou puxando uma cadeira deitando a cabeça na maca.
- Ela ia te matar?. Assenti. - Stéfani. Disse baixinho.
- Eu não fiz nada de errado, mas os caçadores de vampiros nao ligam para isso, eles só querem desumar a nossa raça e pronto. Suspira.
- Stéfani, eu não quiero perder você. Disse com olhar triste.
- Você não vai me perder. A puxei para mais perto de mim. - Agora chama o médico. Me olha preocupada.
- Está sentindo dor?.
- Não, eu acabei de sair de um coma Mirella, o médico precisa me examinar. Ela riu assentindo e foi chama-lo.
[ ... ]
- Ah, eu estou bem. Sorrio para minha irmã que chorava. - Rebekah, Eu estou bem. Lhe puxei dando um abraço.
- Você corre muitos riscos, mais que eu, eu tenho medo de perder você. Diz soluçando.
- Você não vai me perder Rebekah. Sorri e enxuga o rosto banhado de lágrimas.
- Com licença. Ouvi a voz de Mirella e ela entra no quarto. - Rebekah?. Pergunta ao ver minha irmã.
- Vocês se conhecem? Perguntei olhando para elas.
- Ah sim, ela é minha chefe. Rebekah disse e eu arqueei as sobrancelhas.
- Você trabalha para ela?. Perguntei olhando de Rebekah para Mirella e vice versa.
- Que foi coincidência, vocês são primas?.
- Somos irmãs. Rebekah responde fungando.
- Uau, voxe também é?. Pergunta avaliando Rebekah dos pés a cabeça.
- Sou o que?. Rebekah aperta minha mão com força.
- Uma vampira. Me encarou e eu assenti como se dissesse que estava tudo bem.
- Sou metade humana. Mirella abriu a boca.
- Uau, que incrível. Diz sorrindo. - Mas pera, se você é metade humana.... Stéfani você disse que humanos não engravidam vampiros. Me olhou confuda.
- E não engravidam Mirella, só ouve uma pequena complicação. Ela me encarou e começou a dar risada como uma piscicopata.
- E se isso acontecer com a gente?. Rebekah me encarou.
- Vocês estão namorando?. Olhei para Mirella.
- Não estamos namorando, estamos nos divertindo. Mirella me encarou e deu um passo para trás percebendo minha mudança.
- Você trouxe alguma coisa? Ela está com fome. Mirella disse para Rebekah que me olhou.
- Nossa Stéfani e agora? Eu não ando com sangue na bolsa. Mirella deu um pequeno salto como se tivesse tido uma ideia e saiu porta a fora. - Não vou mentir que acho ela muito estranha, tem certeza que ela não está com você para te matar depois?. Neguei.
- Esqueceu que consigo ler o pensamento alheio Rebekah? Ela gosta de mim, eu sei disso. Suspirei.
- E você está apaixonada por ela, tome cuidado, você sabe como são as coisas. Assenti suspirando. - Foi a Virgínia não foi?.
- Como você sabe?. Suspirou.
- Ela me falou semana passada, eu consegui fugir pelo simples fato de que estávamos no centro da cidade, imagina se ela me mata? Ia ser presa certamente. Neguei.
- Já cansei dessa vida, eu poderia simplesmente morrer logo. Bufou.
- Nem Começa Stéfani, por favor. Disse e a porta foi aberta entrando uma Mirella estagnada com cinco bolsas de sangue nas mãos.
- Você roubou o estoque de sangue?. Pergunto quando ela joga as bolsas na minha barriga e sai indo até a porta para tranca-la.
- Toma logo! Ninguém me viu pegando, hoje vou para casa e encho a sua garrafinha. Olhei para as bolsas.
- É, eu realmente estou com fome. Agarrei uma e com as presas fiz um furo na bolsa para sugar o líquido.
- Tão bonitinha. Mirella disse sorrindo e Rebekah olhou para ela.
- Você é estranha. Mirella a encarou.
- Olha, eu posso te demitir. Ouvi a risada das duas e fechei os olhos sugando todo o líquido vermelho.
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Sempre & Para Sempre
FanfictionQuando mais nova Mirella presenciou seu pai traindo sua mãe, desde então se tornou uma pessoa fria com sua família, a não ser com seu irmão Muryllo. Sua melhor amiga irá se casar, e desse dia em diante sua vida irá mudar!. Se apaixonar por uma st...