Cap. 15 Pov Stéfani

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O suor escorria por meu corpo, minha respiração estava ofegante e minha visão turva, eu tentava de todas as formas correr mais, mas eu não conseguia, minhas pernas haviam me traído, me traído de uma forma covarde.

- Stéfani. Ouvi sua voz aveludada e um assobio em seguida.

Olhei ao redor desesperada por encontrar de onde vinha sua voz, suspirei passando as mãos no cabelo e voltei a correr. O vento que batia em meu rosto fazia lágrimas sair dos meus olhos. Continuei correndo até chegar em um penhasco onde a água batia com força na pedra lá em baixo, engoli em seco olhando para trás e à vendo.

- Finalmente nos encontramos de novo querida. Disse sorrindo.

- O que você quer cara?. Riu sacando sua arma.

- Matar você, o que mais seria?. Me encara com raiva. - Eu nunca ansiei tanto um dia como o de sua morte Stéfani. Apontou a arma para mim. - E é exatamente isso que vai acontecer. Sorri e pisquei.

- Não tão rápido cara. Ergui minha mão a fazendo levitar do chão e então ela puxou uma cruz de madeira direcionando a mim me fazendo recuar.

- Eu vou te matar com uma bala de carvalho branco bem no meio da sua testa. Riu como uma piscicopata.

Olhei para o penhasco atrás de mim e suspirei, eu vou me jogar. Olhei para ela novamente que já estava próxima. Abri os braços com um sorriso e me joguei de olhos fechados e então senti o impacto do mar mas minhas costas e tudo apagou.

[ ... ]

Eu conseguia ouvir o som da máquina que media meus batimentos, sentia um incômodo grande no meu nariz e na Palma da mão direita. Devagar fui abrindo os olhos apenas para me acostumar com a claridade.

Os sons de rodinhas no chão eram altos, o barulho da máquina começou a ficar mais alto, fiz um pequeno esforço para sentar na maca, mas quando olheinpara frente vi meu pé engessado e apoiado em tipo de triângulo de ferro.

- Não se mova. Ouvi a voz de Mirella e olhei imediatamente de onde vinha a voz. - Eu estou tão feliz que você acordou. Disse e pude ver seu rosto vermelho, se levantou para se aproximar meio que se arrastando. - Você está bem?. Pergunta quase fechando os olhos.

- Tenho certeza que estou melhor que você. Consegui falar e ela sorriu devagar. - Não dormiu?. Negou. - Porque não vai dormir? Uma noite mal dormida é muito ruim.

- Mas o pior é que não tenho uma noite mal dormida. A encaro confusa. - Foi exato um mês. Aquela confissão foi como um tiro, eu me senti perdida.

- Como?!. Perguntei confusa um tanto alterada.

- Você estava em coma. Disse suspirando. - Eu não consegui dormir, cada vez que você suspirava eu acordava achando que você estava acordando. Engoli em seco.

- Eu estava em coma?. Assentiu. - Mas.... Como?.

- Você bateu a cabeça em uma das pedras. Disse me encarando, seus olhos estão fundos e opacos. - O que você tinha na cabeça Stéfani?! Porque se jogou de lá de cima?. Suspirei.

- Vem aqui. Ela negou. - Por favor, eu preciso que você se aproxime. Mordeu o lábio se aproximando devagar. - Eu fui caçada. Ela suspirou puxando uma cadeira deitando a cabeça na maca.

- Ela ia te matar?. Assenti. - Stéfani. Disse baixinho.

- Eu não fiz nada de errado, mas os caçadores de vampiros nao ligam para isso, eles só querem desumar a nossa raça e pronto. Suspira.

- Stéfani, eu não quiero perder você. Disse com olhar triste.

- Você não vai me perder. A puxei para mais perto de mim. - Agora chama o médico. Me olha preocupada.

- Está sentindo dor?.

- Não, eu acabei de sair de um coma Mirella, o médico precisa me examinar. Ela riu assentindo e foi chama-lo.

[ ... ]

- Ah, eu estou bem. Sorrio para minha irmã que chorava. - Rebekah, Eu estou bem. Lhe puxei dando um abraço.

- Você corre muitos riscos, mais que eu, eu tenho medo de perder você. Diz soluçando.

- Você não vai me perder Rebekah. Sorri e enxuga o rosto banhado de lágrimas.

- Com licença. Ouvi a voz de Mirella e ela entra no quarto. - Rebekah?. Pergunta ao ver minha irmã.

- Vocês se conhecem? Perguntei olhando para elas.

- Ah sim, ela é minha chefe. Rebekah disse e eu arqueei as sobrancelhas.

- Você trabalha para ela?. Perguntei olhando de Rebekah para Mirella e vice versa.

- Que foi coincidência, vocês são primas?.

- Somos irmãs. Rebekah responde fungando.

- Uau, voxe também é?. Pergunta avaliando Rebekah dos pés a cabeça.

- Sou o que?. Rebekah aperta minha mão com força.

- Uma vampira. Me encarou e eu assenti como se dissesse que estava tudo bem.

- Sou metade humana. Mirella abriu a boca.

- Uau, que incrível. Diz sorrindo. - Mas pera, se você é metade humana.... Stéfani você disse que humanos não engravidam vampiros. Me olhou confuda.

- E não engravidam Mirella, só ouve uma pequena complicação. Ela me encarou e começou a dar risada como uma piscicopata.

- E se isso acontecer com a gente?. Rebekah me encarou.

- Vocês estão namorando?. Olhei para Mirella.

- Não estamos namorando, estamos nos divertindo. Mirella me encarou e deu um passo para trás percebendo minha mudança.

- Você trouxe alguma coisa? Ela está com fome.  Mirella disse para Rebekah que me olhou.

- Nossa Stéfani e agora? Eu não ando com sangue na bolsa. Mirella deu um pequeno salto como se tivesse tido uma ideia e saiu porta a fora. - Não vou mentir que acho ela muito estranha, tem certeza que ela não está com você para te matar depois?. Neguei.

- Esqueceu que consigo ler o pensamento alheio Rebekah? Ela gosta de mim, eu sei disso. Suspirei.

- E você está apaixonada por ela, tome cuidado, você sabe como são as coisas. Assenti suspirando. - Foi a Virgínia não foi?.

- Como você sabe?. Suspirou.

- Ela me falou semana passada, eu consegui fugir pelo simples fato de que estávamos no centro da cidade, imagina se ela me mata? Ia ser presa certamente. Neguei.

- Já cansei dessa vida, eu poderia simplesmente morrer logo. Bufou.

- Nem Começa Stéfani, por favor. Disse e a porta foi aberta entrando uma Mirella estagnada com cinco bolsas de sangue nas mãos.

- Você roubou o estoque de sangue?. Pergunto quando ela joga as bolsas na minha barriga e sai indo até a porta para tranca-la.

- Toma logo! Ninguém me viu pegando, hoje vou para casa e encho a sua garrafinha. Olhei para as bolsas.

- É, eu realmente estou com fome. Agarrei uma e com as presas fiz um furo na bolsa para sugar o líquido.

- Tão bonitinha. Mirella disse sorrindo e Rebekah olhou para ela.

- Você é estranha. Mirella a encarou.

- Olha, eu posso te demitir. Ouvi a risada das duas e fechei os olhos sugando todo o líquido vermelho.

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