Cap. 33 Pov Mirella

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Stéfani havia chegado a pouco tempo, ela estava um tanto estranha, minha cabeça formulava uma coisa diferente a cada minuto e eu estava ficando louca por causa disso.

Havíamos tomado banho separadas, ao chegar ela me recebeu com um beijo na bochecha e não nos lábios como sempre. Agora ela estava lendo um livro enquanto suas costas estavam repousando na cabeceira da cama e eu fingia estar trabalhando em algo.

Uma chamada de vídeo me chamou atenção na tela do meu celular, quando vi o nome logo atendi.

- Sapatão!. Pocah gritou do outro lado.

- Pocah. Falei arrumando meu cabelo e olhei para Stéfani que nem se mexeu.

- Você não sabe da maior Bad Mi, a Ju quer adotar uma criança, ela quer adotar uma criança. Diz parecendo algo ruim.

- Não é como se ela estivesse usando drogas Pocah, vocês têm condições para criar uma criança e eu vou mimar como se fosse minha. Falei sorrindo enquanto apoiava meu rosto sobre minha mão.

- Nós acabamos de casar Mirella, isso é loucura. Ouvi Juliete gritar algo. - Não sei, procuro no escritório. Pocah gritou. - Juliete perdeu o álbum de fotos de quando ela era criança. Dei risada.

- Acontece. Suspirei.

- Mirella Você parece triste, tem algo te preocupando? Está com alguém muito complicado? Está trabalhando demais?. Disparou a perguntar.

- Segunda opção. Olhei para Stéfani através do espelho.

- Ela está aí?. Perguntou se inclinando.

- Stéfani. Chamei e ela me olhou com as sobrancelhas erguidas. - Minha amiga quer ver você. Falei arrastando a cadeira para o lado e Stéfani se levantou vindo até mim.

- Ah claro, a stripper. Pocah disse rindo. - Olá querida. Pocah disse sorrindo.

- Oi Pocah, tudo bem?. Stéfani colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e sentou no meu colo para falar com Pocah.

Eu perdi totalmente o rumo da conversa, Stéfani estava se impinando toda para falar com Pocah, o que resultava em sua bunda no meu pau, isso era muito excitante.

Apesar de que havíamos transado ontem, eu queria mais de Stéfani, muito mais, talvez meu desejo por ela tenha aumentado ainda mais.

Apertei a cintura de Stéfani com as duas mãos e ela me olhou por cima dos ombros, voltando a olhar para Pocah. A desgraçada deu uma leve rebolada, talvez por sentir minha ereção, mas eu acredito que ela estava me atiçando para no final não dar em nada.

- Depois nos falamos então, até a próxima Pocah. Ela encerrou a ligação e se levantou.

Me levantei da cadeira de frente para a cabeceira e olhei para Stéfani que havia voltado para a cama como se nada estivesse acontecido.

- É.... Comecei e ela me olhou. - Amanhã  é o meu aniversário. Ela assentiu voltando o olhar para o livro.

- Legal. Disse fria e eu senti meu sangue ferver.

- Legal?!. Perguntei já exaltada e ela me encarou. - Qual é a porra do seu problema?. Gritei com vontade. - Você está estranha desde ontem Stéfani, você disse que ia para a droga do shopping e voltava logo e você só voltou hoje. Tudo bem eu relevei é sua amiga, mas amanhã é um dia importante pra mim e o seu comentário sobre é legal?!. Meu coração começou a acelerar e querer se despedaçar.

- Mirella, porque esse drama?. Abri a boca incrédula e fechei em seguida trincando o maxilar.

- Ah, vai se fuder. Peguei meu notebook.

- O que vai fazer?. Pergunta calma.

- Ficar longe de você, não sei que porra você tem, deve ser tmp só pode e eu não vou ficar aqui e aturar esse seu mau humor insuportável.

- Mirella...

- Meu pau. Gritei nervosa olhando para ela que continuava com a expressão serena. - Você nem se lembrou, o que somos? Voce quer mesmo ficar comigo porque me ama? Ou só porque tenho um pau que está a sua disposição vinte e quatro horas por dia?. Me exaltei novamente.

- Não sei. Respondeu na lata e eu suspirei mordendo o lábio em desespero.

- Foi o que eu pensei. Falei antes de sair do quarto e ir direto para o escritório.

À única coisa que me lembro éque bebi quase uma garrafa inteira de vodka, parecia doce a cada gole, uma hora apaguei.

[ ••• ]

Acordei com uma pequena dorzinha aguda no meu maxilar, mas foi apenas por estar apoiada na mesa de mal jeito, debruçada na mesa.

Eu estava tonta, mas dava para caminhar até meu quarto sem quebrar nada. Abri a porta do quarto e encontrei tudo arrumado, o perfume da Stéfani ainda estava ali, avisando que havia saído a pouco tempo.

Fui para o banheiro e tomei um banho demorado, molhando minha cabeça para passar a tontura.

Me vesti apenas com uma boxer preta e um moletom azul marinho e fui tomar café.

Ao adentrar na cozinha me assustei com os gritos.

- Surpresa!. Todos gritaram pulando, jogando confetes e tudo mais.

Estavam meus pais, Kol, Augusta, Zach, Freya, Pocah e Ju. Mordi o lábio e corri até minhas amigas apertando-as com força e dizendo o quanto estava com saudades.

- Também quero abraço. Ouvi a voz de Stéfani e me virei imediatamente encontrando-a com um prato na mão.

Suspirei e me aproximei devagar, ela sorriu maliciosa antes de bater o prato contra meu rosto me sujando de chantilly.

- Feliz aniversário idiota. Ela disse esfregando o prato e tirando em seguida. - Depois conversamos. Disse baixinho e tirou um pouco do chantilly do meu rosto levando até sua boca.

[ ••• ]

À manhã estava completamente agradável, Stéfani brincava com Freya na piscina, Juliette e Pocah conversavam em um canto, meus pais estavam dentro de casa preparando a casa para a festa da noite junto com Augusta e Zach.

Kol bebia uma cerveja ao meu lado enquanto observavamos Freya e Teté.

- Quando você pretende contar?. Kol cortou o silêncio.

- Contar o que? Pra quem?. Olhei para ele.

- Duas coisas. Mostrou dois dedos. - Seu passado para Stéfani e que você é uma vampira para Pocah. Suspirei.

- Stéfani não merece saber do meu passado, é passado, eu não preciso de mais uma pessoa com pena de mim. Peguei sua cerveja e dei um gole. - Encerramos esse assunto aqui. Levantei da cadeira tirando meu blusão e me joguei na piscina.

À frieza se Stéfani não passava de uma brincadeira dela e de Kol, ele sabia o quanto eu era insegura, mas havia esqueci do esse ponto por conta do meu aniversário. Stéfani disse que quase se matou com medo que eu pudesse terminar com ela nessa brincadeira.

Me apoiei na borda da piscina e suspirei vendo Stéfani nadar até mim. Ela apoio às mãos ao meu redor e sorriu fraco.

- Tenho dois presentes. Ia protestar mas ela me calou. - Aposto que um deles você não vai gostar.

- Se não vou gostar, por que comprou?. Ela olhou para o céu e suspirou.

- Eu não comprei, em fim, eu conheço você e sei que nao vai gostar. Se inclinou e selou nossos lábios. - Você está linda hoje. Dei risada.

- Mentirosa. Ela riu e abraçou meu pescoço antes de iniciar um beijo lento.

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