Cap. 17 Pov Mirella

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Estava sentada no sofá da casa de Stéfani enquanto ela arrumava a estante da televisão, olhei para a mesinha de centro e ali tinha um diário, olhei para ela que estava distraída limpando ali, capturei o diário  azul e abri em uma página qualquer, e tinha assim:

Balanço sucinto do casamento!.

Prós

Filhos
Músicas e conversa fiada
Companhia na velhice

Contras

Menos tempo para transar
Menos tempo para caçar
Menos tempo para se alimentar

Li aquilo com uma expressão incrédula, olhei para Stéfani que continuava limpando a estante.

- Que porra é essa aqui?. Perguntei folheando o diário e achando vários nomes riscados.

- Mirella. Ela me repreendeu tomando da minha mão. - Não se meche nas coisas alheias. Disse apertando o diário em sei peito.

- Porque tem nomes riscados no seu diário Stéfani? Diarios são para contar segredos e não riscar nomes. Falei incrédula.

- É segredo, meu. Me levantei.

- Então me conta. Falei séria.

- Eu não posso, não quero que se afaste. Me olha triste.

- Você matou essas pessoas?. Pergunto espantada.

- Não, eu as transformei, eu disse que nunca matei ninguém, Kol e Elena fazem isso por mim. Diz baixo.

- Stéfani, você manda matar essas pessoas?. Pergunto cruzando os dedos e ela assente. - Tem meu nome aí?. Me encarou.

- Mirella....

- Tem o meu nome ai?. Perguntei mais alto.

- Tem, mas não na parte de quem eu quero matar. Disse rápido.

- Você quer me transformar então?. Perguntei rindo com ironia.

- Tenho motivos.

- Todos temos motivos Stéfani. Neguei e joguei o cabelo para trás deixando minha mão ali. - Não acredito nisso, pedir para matar te torna uma assassina. Ela suspirou.

- Essa é a minha raça Mirella, eu faço essas coisas para sobreviver.

- Você não precisa mais desse caderno, eu estou com você.  Falei aapontando para mim.

- Você é fraca, é fraca perto de mim, eu posso te machucar à qualquer momento, eu não quero isso, eu me controlo ao máximo, mas imagina quando eu não levar a garrafinha para a sua casa? Em uma madrugada eu acordar com fome e você não ter o estoque que eu tenho? Eu terei que fugir, porque eu não quero te machucar. Disse começando a chorar.

- Você não vai me machucar Stéfani. Falei apertando as mãos nervosa.

- Eu vou, eu me conheço Mirella, eu não quero que você entre nesse mundo, não quero que se queime por isso, você tem uma vida normal, você pode sair com amigos, você pode fazer tudo que quiser, pode ter filhos, não anda fugindo de ninguém, não é um monstro. Gritou.

- Você não é um monstro. Falei andando para perto dela. - Me dá o caderno Stéfani. Pedi e ela negou. - Me dá o caderno. Pedi de novo.

- Tem um nome que você não pode vê. Pegou o pozinho batendo contra o caderno o fazendo sumir. - Já disse que não quero que se afaste. Disse triste.

- Está tudo bem. Me aproximei dela devagar. - Na verdade vai ficar, você confia em mim?. Perguntei esticando minha mão até seu rosto.

- Confio. Disse baixo e eu à puxei pela nuca para um abraço.

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