Cap. 22 Pov Stéfani/Mirella

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POV STÉFANI

Ela deu alguns passos até estar perto de mim, eu ainda estava paralisada, não havíamos dito nada desde o meu "Mirella" gaguejado.

Ela levou a mão até o cabelo e puxou a peruca loira fazendo seus cabelos caírem em cascatas em seus ombros.

- Porque fez isso?. Perguntei em um sussurro e ela suspirou.

- Kol disse que era o melhor para mim, ele me deixou em um local muito escuro, sempre ia me alimentar, eu tive muita azia, ânsias de vomito, enjoos, sensações de fome toda hora, praticamente a cada segundo eu ficava com mais e mais fome. Continuei olhando para ela que olhava para baixo. - Então ele me ensinou tudo sobre esse mundo, me ensinou sobre os poderes, me ajudou a controlar meus poderes e instintos. Ela suspirou e finalmente me encarou. - Me perdoa por ter feito você chorar por tanto tempo, eu juro que não queria, mas Kol disse que seria o melhor. Dei alguns passos para trás.

- Vocês mentiram para mim. Sussurrei.

- Stéfani, foi preciso....

- Vocês me fizeram chorar por uma morte que não era real, eu quase perdi o meu emprego, eu quase perdi a minha vida por sua causa. Eu gritava e ela me encarava.

- Não foi minha culpa, você me mordeu, você ocasionou tudo isso, acha que teríamos ficado longe se você não tivesse se descontrolado. Gritou.

- Eu tente te avisar droga, você viu os meus olhos vermelhos, você conhece o meu corpo Mirella, você sabia que eu estava com fome. Gritei.

Ela suspirou e eu a acompanhei no suspiro me virando e colocando as mãos no rosto.

- Stéfani....

- Não, eu não quero saber!. Caminho para longe entrando em um quarto, me joguei na cama e acabei dormindo.

[ ... ]

POV MIRELLA 

- MERDA!. Grito jogando o copo contra a parede. - Porque eu fui me apaixonar por você?. Gritei jogando tudo que via em minha frente. - Porque você não sai da minha cabeça Stéfani?. Gritei levando as mãos até a cabeça e me encostei na parede batendo a cabeça com força ali.

Eu só queria voltar no tempo e não ter ido na casa de Stéfani aquele dia, ela não teria se descontrolado, eu não teria virado uma vampira.

- Para!. Ouvi ela gritar e eu parei de bater a cabeça na parede para encara-lá. - Então você está apaixonada por mim?. Perguntou de braços cruzados.

Trinquei o maxilar e olhei para o chão, senti sua respiração perto de mim e fechei os olhos, ela ergueu meu rosto fazendo me abrir os olhos e encara-lá.

- Responda. Disse me encarando profundamente.

- Estou. Falei em um sussurro, ela franziu as sobrancelhas.

- Seus olhos não mudaram de cor. Disse se afastando.

- Eu disse que consigo controlar tudo. Ela negou soltando um riso irônico.

- Não acredito nisso, não acredito em nada, não acredito que você goste de mim, que esteja apaixonada, não acredito que você não apareceu antes por causa do Kol, eu não acredito em você, nunca mais irei acreditar. Dei dois passos ficando perto dela e segurei sua cintura com força. - Tira suas mãos de mim. Tentou me empurrar.

- Me escuta. Tentei falar mas ela batia em meus ombros. - Me escuta!. Gritei sacudindo-a e ela me encarou com os olhos cerrados por meu grito ter saído agudo. - Eu não menti, Kol disse que seria o melhor, que eu poderia voltar quando o sol não mais me atingisse, você queria que eu ficasse para virar pó?. Queria que eu fosse fraca como disse que eu era? Eu preciso te proteger e eu disse que voltaria para fazê-lo. Digo encarando seus olhos e ela me olha amedrontada. - Eu não quero que tenha medo de mim, quero que seja quem você é comigo. Seu lábio começou a tremer e eu sabia que ela ia começar a chorar.

Lhe puxei para um abraço forte e confortante, suas mãos quase rasgam minha roupa puxando com força e um choro descontrolado, eu a apertava contra mim, sentindo seu choro molhar meu busto, eu estava com medo também, eu estive com medo todo esse tempo, tive medo que ela me rejeitasse.

- Você matou pessoas. Disse ainda sem me soltar e eu suspirei.

- Eu tive que fazer isso. Ela me encarou e eu enxugue suas lágrimas.

- Você esteve aqui esse tempo todo?. Assenti. - Stéfani eu.... Desculpa. Me abraçou novamente.

- Você não tem que pedir....

- Tenho, eu te devo desculpas por ter te mordido, você está certa, não estaria nesse mundo se eu não tivesse te mordido. Suspirei e segurei seu rosto em minhas mãos.

- Não fala mais nada, eu não quero te ouvir pedir desculpa. Tomei seus lábios em um beijo.

Nossos lábios estavam sedentos um pelo o outro, nossas línguas dançavam juntas, minhas mãos uma hora apertavam sua cintura, outra puxava os fios do seu cabelo. Eu estava começando a ficar excitada, não me leve a mal, eu passei muito tempo longe dela.

Ela mordeu meu lábio inferior devagar e me afastou suspirando.

- Eu quero ir para casa. Suspirei assentindo.

- Está tudo bem. Sorri fraco e me afastei virando logo em seguida para pegar minhas coisas, ela veio atrás e pegou sua única mochila que estava ali.

Levamos as coisa para o carro e então dirigi para longe dali. Quando chegamos na porta de sua casa ela me olhou depois olhando para suas mãos.

- Eu preciso de um tempo.

- Porque?. Me olhou.

- Preciso de um tempo para entender tudo, eu ainda estou magoada. Assenti.

Eu sabia que um beijo apenas não iria faze-la mudar de idéia em um minuto.

- Está tudo bem, você tem esse tempo. Ela assentiu.

- Tchau Mirella. Me inclinei para beija-la mas ela virou o rosto me fazendo selar sua bochecha, suspirei.

- Tchau Stéfani. Falei apertando o volante.

Ela pegou a mochila no banco de trás e saiu do carro batendo a porta, que do ela entrou sem olhar para trás senti meu corpo arder em chamas, senti meus olhos lacrimejarem, lágrimas de dor escorrer por meu rosto.

Eu também fui uma idiota e admito. Arranquei com o carro catando pneu.

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