Cap. 14 Pov Mirella

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Eu dirigia pelas ruas ouvindo uma música qualquer no rádio quando avistei Davina andando e procurando algo em sua bolsa.

Fui parando o carro devagar e buzinei para ela que me olhou pelo vidro do passageiro, me inclinei abrindo a porta.

- Está indo para onde?. Perguntei sorrindo.

- Casa do meu pai. Com sinal de cabeça chamei para ela entrar com a cabeça e me consertei no banco colocando meu cinto novamente.

- Você ia de ônibus? Porque não me ligou?. Ela riu e eu virei a direção.

- Eu ia de metrô e não te liguei porque você é uma mulher bastante ocupada, não sei quando você se tornou uma mulher tão cheia de obrigações. Dei risada.

- Acontece quando se tem uma empresa para cuidar. Ela riu.

Pulei o quebra molas sem querer e caiu a bolsa da Davina uma cruz média de madeira, encarei seu rosto quando paramos no semáforo e ela sorriu sem graça guardando a cruz novamente.

- Desde quando se tornou cristã? Sério? Uma cruz desse tamanho é meio exagero. Ela suspirou.

- Não é minha, é para meu pai, ele gosta de cruzes. Assenti não dando a mínima.

- O que você achou da Stéfani? Ela é incrível. Falo sorridente.

- Bom, eu queria falar com você sobre isso. Olhei para ela rápido restando atenção no trânsito. - Ela é encrenca. Dei risada.

- Ela de fato é uma encrenca, mas é umas das melhores encrencas que eu já entrei. Davina negou.

- Não sei como te dizer isso de outra forma então vou ser direta, ela é uma vampira. Tremi mas ainda assim dei risada.

- Que ideia maluca Davina, essas coisas não existem. Soltei nervosa.

- Você é muito burra. Neguei.

- Como você tem tanta certeza? Não acredito nessas coisas.

- Os olhos dela mudaram de cor quando olhou para você, de verde eles ficaram amarelos, ela está apaixonada por você, o pior de tudo é que ela vai te transformar eu tenho certeza. Engoli em seco.

- Olha, eu acho melhor você procurar um psicólogo. Parei na frente da casa de seu pai. - Sério, conversa com alguém, isso não é normal. Ela me encarou e negou.

- Toma cuidado e obrigado pela carona. Saiu do carro e eu suspirei saindo dali.

[ ... ]

Toquei a campanhia da casa dos meus pais e em dois minutos uma bolinha gorda estava correndo em minha direção passando por debaixo das pernas da empregada.

- Mii. Gritou pulando em meu colo.

- Oi meu amor, como você está?. Perguntei entrando na casa.

- Freya está bem. Disse sorrindo e eu beijei sua testa antes de coloca-la no chão.

Freya se refere à ela mesma na terceira pessoa desde que aprendeu a falar corretamente, o que é muito fofo, as vezes me da vontade de apertar ela até ela não querer mais.

- Boa tarde. Falei aparecendo na porta e e meus pais me olharam.

- Mirella. Minha mãe sorri vindo até mim enquanto encarou meu pai sério.

Ela me abraçou e eu retribuí sem tirar os olhos dele, nos separamos do abraço e caminhei até ele.

- Oi pai. Falo sem vontade alguma de falar com ele.

- Hija. Disse tremendo e eu suspirei, eu realmente devo ser uma péssima filha.

Me inclinei para abraça-lo e ele me capturou mais rápido com força e eu enterrei o rosto na curvatura do seu pescoço sentindo me em casa.

[ ... ]

- Então eu disse, ou você me passa a manteiga ou vou passar em você. Meu pai dizia e eu ainda gargalhada da última história que ele havia contado.

- Pedro pare, Mirella está vermelha. Ouvi minha mãe preocupada enquanto eu gargalhava e Freya ria junto comigo.

- Ai.... Falei suspirando e olhei para ele que me olhava com uma expressão serena o que me fez rir ainda mais. - Droga, eu sou uma idiota. Joguei os cabelos para trás e tento me recompor.

- Como está você e Dynho?. Perguntou e eu franzi a testa.

- Pai, Dynho e eu terminamos à dois anos atrás. Engoli em seco e ele franziu a testa.

- Mas... Você veio apresentar ele para nós ontem. Olhei para minha mãe que levou as mãos ao rosto e suspirou negando.

- Pe, Mirella está solteira. Ele me encarou.

- Não estou completamente solteira, estou ficando com alguém. Ele sorriu.

- Ótimo e quando trará para que conheçamos?. Perguntou sorrindo e eu suspirei.

- Não sei se é uma boa idéia.

- Ah Mi porfavorzinho, Freya quer conhecer a sua namorada. Freya disse me sacudindo de leve e como essa garota sabe que estou ficando com  mulher.

- Eu vou conversar com ela ok? Não se preocupem. Falei sorrindo de nervoso.

Continuamos ali conversando até que Freya disse estar com sono e eu me prontifiquei a colocá-la para dormir.

- Freya ama a Mi. Sorri enquanto a ponho na cama.

- Mirella ama a Freya. Falo e ela ri assentindo.

- Você vai trazer mesmo a sua namorada Mi?. Cobri ela sentando na ponta da cama.

- Sim meu amor, por você. Assentiu.

- Pode me contar um pouco sobre ela. Acaricio seus cabelos.

- Ela é divertida, tem uma pele branquinha, eu acho que ela gosta de crianças, eu nunca perguntei, mas ela vai adorar você, ela tem um sorriso lindo e os olhos verdes.

- Olhos verdes?. Perguntou fascinada, assenti. Uau, Freya adora olhos verdes.

- Eu também, são meus preferidos. Ela riu.

- Você gosta muito dela?. Assenti.

- Muito. Suspirei.

- Então Freya gosta dela também. Dei risada.

- Ótimo, é bom saber que você gosta dela. Ela se deitou um pouco para o lado e bateu ali para que eu deitasse ao seu lado.

- Mi, você não vai mais morar com a gente?. Neguei.

- Já conversamos sobre isso amor, eu tenho uma vida agora, você vai entender quando for adulta. Ela riu e eu continuei fazendo carinhos em seus cabelos.

Meu celular vibrou e eu tirei do bolso vendo uma mensagem piscar na tela com o nome da Stéfani.

- Você está falando de mim, eu estou sentindo isso e pode ser estranho mas senti, dorme bem. - Stéfani.

Sorri e respondi rapidamente para que Freya não reclamar de da falta de carinhos.

- Sim para os dois, mas eu dormiria melhor se você estivesse aqui. - Mirella.

Guardei o celular de volta e fiquei encarando minha irmã tentando lutar contra o sono, beijei a ponta de seu nariz e colei nossas testas ficando ali observando-a e acabei dormindo também.

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