O banheiro estava vazio, "ainda bem" agradeço mentalmente.
Assim que chego perto da pia, me veio uma tontura, deve ter sido pela quantidade de bebida que consumi, mas, agora nada tem importância. Eu não deveria ter me declarado, confessado.
Passo uma água no rosto afim de espantar o nervosismo e esses pensamentos, Deus aonde eu fui me meter, estava tudo bem até esse momento, quase tudo na verdade, até que ele entra rindo no banheiro.
"Fudeu" eu não queria encara-lo agora, na verdade pelo resto da vida, a vergonha que habitava em mim neste momento era gigante.-Olha só quem está por aqui...- ele diz me encarando fixamente com aquele olhar, o olhar que me faz ter arrepios e as pernas ficarem bambas.
-Oi- digo meio tímida, desviando o olhar sentindo minhas bochechas adquirirem um tom avermelhado.
-Sabe... Eu fiquei pensativos depois da nossa conversa, na verdade faz tempos que venho pensando em algumas coisas que me fizeram ter certeza do que ia fazer depois do que você me disse...-
-Jura? Eu achei que você nem consideraria...-
-Achou errado- diz rindo e ainda olhando para mim (meu deus que vergonha)- Então, o que eu estive pensando... desde aquele dia na festa da Carla, quando eu vi você com aquela merda de vestido colado, vermelho, que aliás é minha cor preferida, e que fica perfeita em você, eu não paro de pensar em várias coisas, certas e erradas, tinha certeza que você não pensava o mesmo, mas, depois de mais cedo, eu fiquei absorto em meus pensamentos, pensando em como iria falar com você, e te encontro aqui- no fim, ele começou a se aproximar mais de mim, e isso estava me deixando louca, pois eu o queria mais perto, muito mais perto- a verdade é que... Desde que eu te vi pela primeira vez, você vem enlouquecendo meus pensamentos, e eu não quero mais ficar um minuto longe de você, e como eu sei que é recíproco...- deixou a frase no ar, por uns dez segundos, não sei, estava tão nervosa naquele momento, que não consegui raciocinar nada, apenas automaticamente me aproximar dele, puxando a gola de sua camisa e colando nossos corpos e lábios, enquanto o mesmo colocava as mãos em volta da minha cintura me prensando na parede.