WOLVES IN THE QUARTER

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Annie Roy
Garden District

Acordo com os raios de sol invadindo minha janela, e logo escuto o barulho do despertador, fazendo com que eu o desligasse e saísse da cama para me arrumar. Sabe a sensação de que tudo sempre é a mesma coisa? Era isso a minha vida, até a temporada de mortes recomeçar nessa cidade. Havia um longo padrão em tudo que estava acontecendo, quase dois séculos atrás as mortes de pessoas eram parecidas com as mortes dos últimos meses.

— Que negócio é esse do massacre Guerrera? — Meu pai pergunta lendo seu costumeiro jornal. Ele era do tipo que gostava de rotina, se algo saísse do controle dele o deixaria em alerta, seu dia era basicamente acordar, correr pelo bairro, comprar as mesmas flores para minha mãe, voltar para casa e fazer o café da manhã, me esperar descer pelas escadas do fundo da casa, em uma das banquetas deixando meu café da manhã sobre a bancada, para que eu me sentasse ao seu lado e conversássemos.

— Não sei bem, os legistas vão liberar o relatório hoje, só que o corpo da Francesca não estava entre eles. — Afirmo colocando minha bolsa na mesa e me sentando na banqueta para começar a comer.

— Já falei que não quero vocês falando sobre isso de manhã, quero começar o dia bem, não ouvindo histórias de horror. — Minha mãe diz arrumando suas flores no vaso.

— Tudo bem! — Papai e eu dizemos juntos.

— Seus irmãos vão vir para o final de semana. — Minha mãe diz me fazendo engasgar e papai da alguns tapas nas minhas costas.

— Clarice, assim você mata a garota. — Papai diz preocupado.

— Ela está de drama. — Mamãe fala revirando os olhos.

Mamãe era do tipo dura comigo, enquanto com meus irmãos ela era doce e delicada. O papai era o contrário, comigo delicado e doce e com meus irmãos duro, talvez seja o fato de que ele pode realmente me criar. Até o momento em que fiz cinco anos vivíamos em Washington, quando voltamos para New Orleans, onde meus pais haviam crescido, isso foi quando papai se aposentou, ele trabalhava muito, viajando por todo o mundo, ele era um dos melhores agentes da CIA e assim logo depois de perceber o que ele estava perdendo de sua família, ele quis parar e pode realmente dar algum tipo de atenção para os filhos.

Algo que realmente não aconteceu muito minha irmã mais velha, Danielle, já estava no seu último ano da faculdade, Chloe, a segunda mais velha estava em seu segundo ano, depois de viajar por um ano pelo país, Ben, o terceiro filho estava entrando no ensino médio. Então eu fui a que teve um laço realmente forte com o papai, em todos os momentos ele estava lá, quando eu era pequena queria ser como ele, assim como hoje ainda quero, eu achava papai era alguma espécie de super-herói quando mais nova, as coisas hoje em dia não mudavam muito, a única diferença é que eu havia entendido o tipo de super-herói que ele era.

— Não se esqueça que é aniversário do, Arthur. — Mamãe diz me fazendo sair dos meus delírios.

— Certo...o que eu compro para uma criança de sete anos? — Pergunto.

— Foi quando eu te levei a primeira vez para atirar. — Papai diz me fazendo lembrar.

— Também foi a primeira apresentação de balé. — Mamãe fala dura, ela odiava o quanto papai tinha influenciado os filhos a seguir seus passos.

— Tudo bem, eu vou procurar em algum site o que se compra para o sobrinho que você vê duas vezes no ano. — Falo vendo as horas no meu relógio e me levanto colocando o meu prato na pia e indo até a minha bolsa. — Juro não ficar até tarde.

At The Police Crossroads  | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora