At The Police Crossroads | Elijah Mikaelson

BUREAU DU DIABLE

Annie Roy
Lafayette

Ali diante de Elijah, olhando no fundo de seus olhos eu não sabia o que esperar. Talvez ele me hipnotizasse, se esse for o nome certo para seja lá o que os vampiros fazem, ou talvez ele me mate. Nessa altura do campeonato eu não via outras opções.

De algum modo que eu não conseguia explicar, Elijah me atraía para ele. Seja por cada olhar, cada respiração, cada mísero traço de um possível sorriso. Mas a inquietação dos meus questionamentos me consumiam ainda mais, mesmo que a atração ao redor dele fosse quase que magnética, eu lutava contra ela para continuar em foco.

De um momento ao outro minha vida mudou completamente, e eu não sabia qual parte do antes eu sentia tanta falta assim. Eu não sentia falta da ignorância, mas ao mesmo tempo conseguia sentir o quão prazeroso ela era, o quão aconchegante acabou se tornando por entre as lamentações.

— Vamos, me diga. — Peço após alguns segundos que estávamos frente a frente.

— Está errada.

— Sobre o que exatamente?

— Não matei os irmão Guerrera.

— Então me diga quem matou.

— Não posso te dizer. Esse é o seu trabalho.

— O que mais irá falar? Que essa foto não é você?

— A família Mikaelson vem para essa cidade há séculos, parentes são parecidos.

— Não minta para mim, Elijah.

— O que quer que eu diga?

— A verdade, apenas a verdade.

— Seja lá qual for essa verdade que busca, eu não posso dar.

— Deveria. — Digo dando as costas para ele.

De alguma forma eu não estava irritada com ele em si, mas sim de sua mentira. Eu não sabia o que tinha acontecido na vida do Elijah para ele se tornar o que é, mas sabia que muitas coisas o fizeram ser assim.

Elijah Mikaelson

A inquietude que eu já sabia que Annie possuía em sua alma se fez presente. Como há muito tempo eu não via algo assim, a minha curiosidade se aguçava. Mas como tudo desde que ela passou pelas portas do Complexo Francês, há muito tempo nada assim acontecia.

Ela era uma força da natureza que não podia ser parada, não importa o que estivesse em seu caminho. Ela o enfestaria tendo ciência do poder que possuía nas mãos. Ela era como fogo em brasa, escaldante por respostas que ninguém possuía em meio ao mundo, um desejo excessivo pelo justo, um justo que não era vista da mesma forma por nenhum outro olhar nesse mundo. Ela era uma amante da vida, mas muito antes uma amante da verdade.

— O que quer, Niklaus? — Questiono ao entrar na biblioteca.

— Ela sabe. — Hayley me responde.

— Quem sabe?

— Annie, ela sabe sobre os vampiros.

— O que eu queria entender, é como você deixou isso acontecer? — Niklaus grita a plenos pulmões enraivecido.

— Sinto muito, Klaus. Ela já sabia antes de vir atrás de mim.

— Ela está nos encurralando.

— E você não gosta de ser encurralado, o quão surpreendente é?

— Ela é humana, Hayley. Você podia ter simplesmente compeli-la a esquecer.

— Niklaus... — O chamo, atraindo sua atenção. — Eu mesmo irei resolver isso.