EVERY MOTHER'S SON

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Annie Roy
French Quarter

Fazia três dias que eu estava na casa Mikaelson, as coisas iam bem apesar de tudo. Nunca pensei que moraria em uma casa com vampiros de mil anos de idade, um grupo de lobos, uma híbrida com alguns acessos de raiva a serem resolvidos com bruxas, mas de certo modo tudo estava bem por assim dizer. Tudo bem que eu nunca pensei que diria a palavra bruxa em um contexto totalmente amplo quanto ao que eu pensava agora, mas eu tô bem...é, eu tô bem.

Hayley era legal, ficávamos a maior parte do tempo juntas ajudando os lobos. Acho que há muito tempo ela não tinha alguém que estava preocupado em saber sobre ela, não em saber o que ela tinha feito. Klaus estava disposto a me ajudar com todas as dúvidas sobre o mundo sobrenatural, isso se ele não estivesse pintando. Eu não tinha visto Elijah, as vezes conseguia escutar o barulho de seus sapatos pelos corredores, ou sua presença, mas não tínhamos ficado perto um do outro.

Havia outra questão, os humanos. Mamãe tinha me encontrado na manhã de ontem para conversarmos, ela apenas queria saber se eu estava bem, ela parecia muito preocupada com o fato de que eu estava em uma casa com um bando de vampiros. Papai teve uma queda de pressão, e já estava bem, ele apenas ficava choramingando pelos cantos. O conselho queria saber todos os planos dos Mikaelson na reunião da última noite, a única que eu disse era que tinha uma bruxa liderando os lobos, e eles não estavam felizes com isso. E tinha Cami, ela tinha me escondido tudo isso durante muito tempo. Sei que não era um segredo dela, e que havia muito em risco se ela contasse. Ao mesmo tempo, eu me sentia mal pelo fato de que sentia que ela me escondia mais do que isso.

— O que é isso? — Questiono para Hayley assim que a encontro no pátio. Havia uma mesa cheia de comida no meio do cômodo.

— Já estava aqui quando eu cheguei. — Ela comenta pegando uma das uvas.

— Alguém deve ter acordado de bom humor. — Digo pegando um prato para pegar um croissant.

— Me conta, que restaurante ficou sem um chefe hipnotizado? — Hayley pergunta assim que escuta Klaus descendo as escadas, eu me viro no mesmo momento interessada.

— É um truque que eu usei no passado, acontece que não fiz nada disso. — Ele afirma caminhando até nós.

— Acho que temos que agradecer ao Elijah. — Digo simples dando de ombros.

— Eu não fiz nada. — Elijah garante vindo até nós da escada a nossa frente, terminando de arrumar seu terno.

— Então, da onde veio tudo isso? — Pergunto confusa não entendendo nada.

— O que foi isso? — Hayley pergunta assim que um dos cloche treme fazendo um grande barulho. Era como se algo estivesse preso ali dentro, Klaus se aproxima e levanta a tampa. Quatro pássaros saem de dentro, voando livremente para longe do Complexo. Hayley e eu nos viramos impressionadas para ter certeza do que víamos.

— Isso aqui é um convite da nossa mãe — Klaus comenta irritado assim que pega o cartão que estava na bandeja. Eu olho para o croissant em minhas mãos, olho para Hayley, olho para o croissant de novo e o solto no prato, tirando os farelos de massa folhada dos dedos. Que ótimo, como se já não tivéssemos problemas o suficiente, Esther Mikaelson estava de volta, eu a odiava, e olha que eu nem conhecia a vadia.

— Eu tenho sorte de que minha mãe é apenas uma intrometida rica, não uma vadia louca do mal. — Digo enquanto Hayley e eu nos jogamos na cama de Klaus, com o tronco deitado e as pernas ainda encostando no chão. Enquanto o híbrido ficava na varanda refletindo.

— Em momentos assim eu fico feliz por não ter conhecido a minha mãe. — Hayley diz assim que Klaus sai da varanda, alguns minutos depois, e assim nós nos sentamos.

At The Police Crossroads  | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora