I'M AL CAPONE

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Annie Roy
French Quarter

Eu odiava o Quarter, o que era muito estranho já que quando eu era pequena amava a animação daquelas ruas, mas desde que eu tinha me tornado policial, eu apenas via tudo de ruim que acontecia por lá. E fica mais estranho ainda considerando o fato de que eu morava no mesmo bairro que os políticos corruptos.

Andava pelas ruas do French Quarter, esbarrando em várias pessoas em sua maioria turistas, era muito engraçado o fato de que lá nunca parava de ter festas, ao chegar no Complexo Francês bato na velha porta de madeira, na esperança de ser escutada e alguém abri-la para mim, depois de alguns minutos decidi entrar sem nem mesmo ser convidada.

A casa apesar de ser velha, não era retirada a sua beleza de uma forma rústica, sem dúvidas o que eu escutava que aqui no começo da cidade era uma grande casa que dava festas aos boêmios não era mentira, altas colunas, móveis antigos e caros, grandes pinturas nas paredes, lustres antigos e luxuosos, era tudo que via pelo caminho que traçava para onde quer que seja.

— Posso ajudá-la? — Escuto uma voz masculina atrás de mim o que me assusta, dou um pequeno salto e solto um grito. — Me desculpe.

— Não precisa se desculpar, fui eu que invadi. — Afirmo me virando e vendo um homem moreno, um pouco mais alto do que eu, ele trajava um sobretudo sobre o terno de linho no qual havia sido feito de medida, se destacava em sua mão esquerda o anel de prata, rústico, mas valioso por parecer uma pessoa antiga. Pelas descrições que minha mãe havia dado na noite anterior era ele, era Elijah Mikaelson. É mais importante, ele se parecia com as imagens do assassino. — Sou Annabeth Roy, detetive do 7th Ward. — Digo estendo a mão na qual ele pega de bom grado.

— Sou Elijah Mikaelson. — Ele diz apertando minha mão e a soltando delicadamente. — No que posso ajudar?

— Posso fazer algumas perguntas? Soube que você e os Guerrera estavam relativamente interligados, queria apenas deixar tudo nos conformes.

— Pensei que o caso já havia sido esclarecido, foi ataque de animal, não?

— Sim, mas queríamos descartar qualquer outra hipótese antes de arquivar, estamos perguntando para cada amigo ou conhecido deles para saber se eles tinham inimigos. — Digo o fazendo soltar um riso.

— Que tal nos sentarmos, para conversar melhor? — Ele diz e eu concordo o seguindo, quando chegamos em um escritório ele se senta na poltrona à frente da escrivaninha e eu sento em sua frente colocando minha bolsa na poltrona ao meu lado. — Aceita alguma coisa para beber?

— Não, está tudo bem.

— Okay...quer falar sobre inimigos dos Guerrera? — Ele questiona e eu concordo. — Bom, é mais fácil perguntar quem eram os aliados deles, eles não tinham tantos amigos, e os poucos que tinham passariam a perna neles mais cedo ou mais tarde.

— Por que diz isso?

— Família de mafiosos, que dominam o Quarter do dia para noite? Sendo que tiveram um século para conseguir isso? Não acha suspeito? Para um subir, outros tem que cair.

— E quem caiu no meio dessa história?

— Minha família e eu, outras pessoas, pessoas até inocentes.

— E você seria inocente?

— Claro, tudo que sei é que eles foram atacados por um animal com muita raiva, algo que um humano não poderia fazer, fora que o poder deles não me assustava, apenas me desagradava, porém o egocentrismo dos mafiosos é algo deveras peculiar, como Al Capone...

At The Police Crossroads  | Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora