O feliz para sempre de Cinderela

191 29 3
                                    

No reino de Alfidia existia uma clara diferença de hierarquia dos alfidianos, mas nesse dia, todos os nobres e a classe média estão reunidos para um bem maior.

Todos estavam presentes no tribunal para definir a sentença de Cassandra Morland. Também conhecida como ex esposa do príncipe Edward Renoir, a assassina do esposo da sua irmã, rainha Ashley Renoir, conhecida também como Cinderela.

Todos os nobres olhavam para a assassina do rei encantado, Cassandra estava ajoelhada no meio do tribunal gritando em plenos pulmões que ela não era a assassina do marido da sua querida irmã postiça, Cinderela.

A mulher ruiva estava com os longos cabelos ondulados desgrenhados por causa do tempo em que ficou na prisão, pele pálida por causa de não estar tomando sol, sardas espalhadas pelo rosto, seu nariz curvo estava avermelhado por causa das duras recentes descobertas que havia feito e seus olhos castanhos estavam cansados por causa das noites mal dormidas por conta da preocupação, seu corpo tinha hematomas roxos espalhados pelo seu corpo que estavam escondidos com um simples vestido branco de mangas longas que cobriam os machucados causados pelos cúmplices de Ashley.

Ao lado da senhorita Morland estava a sua fiel empregada pessoal, Malika Brown, uma ex escravizada que com a ajuda de Cassandra comprou a sua alforria e se tornou sua empregada pessoal para poder juntar dinheiro para enfim comprar a liberdade do seu noivo, Marcelo, um escravo que trabalhava para um dos vassalos do falecido rei Sebastian.

Juiz- Cassandra Morland, você está sendo condenado por matar o esposo da sua irmã mais nova, o rei Sebastian Renoir, rei de Alfdia.

Cassandra- eu não matei o Sebastian.

Ao olhar para Cinderela percebeu que em seu rosto tinha um pequeno sorriso dissimulado, a raiva e o ódio da Morland apenas aumentou ao ver o rosto de Ashley.

Cassandra-porque eu mataria o rei Sebastian com veneno!?

Cinderela- você fez isso porque sentia inveja de mim -lágrimas cristalinas escorriam pelo rosto de Ashley, as pessoas simpatizavam com Cinderela e sentiam pena dela- irmã, não sei porque você não admitia ver a minha felicidade.

Cassandra olhou para o juiz e percebeu ele direcionar um olhar empático para a rainha viúva.

Edward- vossa majestade tem razão, você e a sua família sempre fizeram mal para ela, principalmente você Cassandra !!! 

Nobre 1- porque não matam essa bruxa mal malvada de uma vez?, ela não vai fazer falta à ninguém

Nobre 2- mas que mulher asquerosa e mal amada

Nobre 3- não sei como um príncipe tão belo igual o segundo príncipe se interessou por uma mulher tão feia igual ela.

Ao ouvir todos os cochichos ao seu redor, na mente da senhora Morland se passaram memórias dolorosas da sua infância e da sua aparência "exótica".

Desde muito cedo ela já sofria, aos sete anos de idade seu amado pai, o duque Thomas Morland faleceu em uma viagem de carruagem e deixou sua amada esposa Judith e suas filhas, Cassandra e Edith desamparadas.

Seu pai havia deixado uma mina e alguns comércios de roupas que davam lucros, mas como Judith não sabia como cuidar dos comércios de roupas e das minas, quem cuidou dos negócios de Cassandra e de sua família foi seu tio Benedict, um homem ganancioso que durante 15 anos gastou toda a herança que seu irmão mais velho havia trabalhado tanto para dar uma boa vida para a sua família.

Benedict mandava uma pequena quantia de dinheiro para Judith cuidar de si e das suas filhas, mas era uma quantia muito pouca para ela administrar.

Vendo a angústia de sua amiga de infância, os duques de Hellsing, padrinhos de Cassandra e Edith, resolveram organizar um baile em sua casa para que sua amiga conseguisse encontrar um bom marido.

Eu serei a vilãOnde histórias criam vida. Descubra agora