Encontro inesperado

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Após cair no meio da estrada e levar um tapa da sua "mãe", Ashley Thompson voltou a trilhar o seu caminho até a sua casa.

Abriu a porta de entrada e deu de cara com a sala de visitas da mansão dos Thompson cercada de luxo e extravagância, em cima da mesa estavam vários bibelôs encantadores de porcelanato e em cima da bela lareira de mármore estava um quadro com a bela e típica família tradicional de Alfidia.

Sorriu minimamente ao se lembrar da vida que levava com seu pai e como o contrato com Invidia havia melhorado mil vezes sua vida.

Se levantou e foi em direção ao quadro de sua mãe e acariciou o vidro gélido enquanto se lembrava da mulher que a colocou no mundo e a ensinou a ser do jeito que era.

Ashley- Obrigada por me ensinar a ser como você, mamãe querida.

Apertou a borda do porta retrato e se lembrou dos momentos que ela havia passado com sua mãe antes de morrer.

Melanie Thompson, sua mãe, nunca amou verdadeiramente ela ou seu pai, apenas amava as riquezas que o mundo poderia lhe oferecer e a luxúria.

Sua mãe sempre a tratava bem na frente do marido e dos empregados, mas sempre que ficavam a sós ela fazia questão de fazer a sua filha sofrer.

A única diferença entre as duas é que para conseguir o queria, Ashley Thompson teve coragem o suficiente de tirar o seu obstáculo de sua frente.

Para colocar seus planos em prática ela começou a monitorar cada passo que sua mãe dava e começou a perceber uma coisa estranha, ela sempre ia no armazém da casa e abria um alçapão que aparentava dar a algum lugar e ficava por horas lá dentro.  Um dia Ashley criou coragem e resolveu descobrir o que tinha naquele alçapão que ficava escondido no armazém da casa.

Quando ela entrou descobriu que havia uma biblioteca subterrânea com vários livros sobre magia e um espelho cravejado de rubi.

Foi naquele dia que ela teve o primeiro contato com aquele mundo cheio de magia e com Invidia.

Ela descobriu que sua mãe, a bondosa e gentil senhora Thompson era como as pessoas que ela tanto julgava, uma bruxa, feiticeira, chame-à do que quiser, mas isso era um fato.

Naquele lugar havia poucas velas e para iluminar ao redor e no centro do espelho havia um espelho mágico de ouro e com várias pedras de rubi cravejada para ornamentar aquela bela obra de arte que nem o melhor ourives conseguiriam fazer por conta da riqueza de detalhes.

Ao se aproximar para admirar os detalhes do espelho ela se assustou ao ver uma mulher bem vestida com roupas que ela nunca havia visto aparecer dentro do espelho.

Ela estava vestida com um belo vestido preto, um casaco grande de pele branca como a neve e um tecido que cobria seus olhos que aparentavam estarem machucados, já que aquela venda estava encharcada de seu próprio sangue, um vermelho escarlate que combinava perfeitamente com seus cabelos que era do mesmo tempo.

Uma cena amedrontadora para uma simples criança, não é mesmo? Mas ao invés de sentir medo ou algo do tipo, ela sentiu curiosidade e perguntou quem era aquela bela mulher de cabelos avermelhados.

A mulher do espelho havia ficado desesperada ao ouvir a voz daquela garotinha, ela gesticulava de forma apressada e gritava em uma língua que ela nunca havia ouvido.

Então foi nesse exato momento em que teve seu primeiro contato com Invidia.

Invidia estava presente naquela biblioteca subterrânea, o odor de enxofre que Invidia produzia impregnou por todo lugar e ela viu uma corrente de ar apagar todas as velas daquele lugar escuro que não possuía nenhuma luz natural.

Eu serei a vilãOnde histórias criam vida. Descubra agora