Seguindo conselhos

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- Vem dançar prima! - Eric me puxou do banco quando um forro começou a tocar, e eu me deixei levar, com os pés na areia, no meio da barraca, ele pós as mãos em minha cintura e eu em seus ombros, pernas entrelaçadas e quadril no ritmo da música, o local estava razoavelmente cheio, e com nossa animação Luiza e seu namorado se juntaram a nós.

Eu estava com a parte de cima do biquíni e uma canga de praia amarrada na cintura, enquanto dançava e ria, notei Andrew me observando com aquele sorrisinho de segundas intenções, ele já tinha bebido algumas caipirinhas e estava tão risonho quanto minha mãe.

- Gostou do show? - perguntei voltando para seu lado, ele pôs a mão em minha coxa e beijou minha bochecha.

- Muito interessante você rebolando desse jeito para mim e mais meio mundo.

- É coisa do Brasil. - pisquei e matei a bebida em sua taça. - Vamos no mar.- me levantei e tirei o tecido da cintura, ele ergueu as sobrancelhas. - O que? Não queria me ver com esse biquíni? Aí está o resultado.

- Acho que ele não está acostumado, prima. - Luiza disse cobrindo a boca para rir de sua reação

- Vamos ao mar, com certeza. - ele se pôs de pé e pegou minha mão, cuidando para que eu fosse andando na frente e ele tampasse minha bunda. - Esse rosa ficou bonito em você, combinou com sua pele.

- Espere só até eu ficar mais bronzeada. - pisquei segurando sua mão. - Obrigada, meu bem.

- Linda. - seu polegar acariciou minha mão no momento em que a onda tocou nossos pés. - Até que não está gelada....

- As águas das praias do nordeste são mais quentes, as debaixo são geladas.- expliquei, entramos até a água parada bater em nossas costelas. - Quando a onda vir vc mergulha, cuidado para não tomar um caldo. - ri só de imaginar a cena. 

- Caldo?

- A onda te derruba e te leva até a praia que nem um peixe morto. - ele riu com a resposta, mergulhamos com a primeira onda.

- Aqui não tem tubarão?

- Tem, mas normalmente no norte do país. Aqui é raro. - abracei sua nuca, ele me deu um selinho. - Beijo salgado. - ri acariciando seus cabelos. - Está gostando?

- Sim, e bem legal aqui. - ele olhou ao redor. - Não é tão lotado e até agora ninguém nos reconheceu.

- Você e esse boné que não larga nunca. - passei a mão por sues cabelos. - Pelo menos tirou para vir ao mar.

- Você também precisará de um, cor básica e escura para não chamar atenção, essa é a última coisa que queremos, certo?

- Certo. - o admirei, as gotículas de água sob seu rosto e ombros, e os olhos levemente apertados pela claridade.

E o beijei, colei nossos lábios e por sua reação ele não esperava isso, mas segundos depois relaxou, retribuindo o ato de carinho.

- Assim do nada?

- Sim, alguma objeção?

- Nenhuma, senhorita. - me beijou novamente, arrancando risadas. - Acho que esse banho de bar curou a mim, eu estava meio lerdinho com as bebidas.

- O mar lava a alma e cura ressaca. - ele riu. -

(....)

Fomos embora da praia as 14 da tarde, com todos cansados e alguns até meio bêbados e ardidos. E só no hotel consegui ver o quanto tinha me bronzeado em comparação a marquinha do biquíni, Andrew estava um pouco vermelho e com a pele sensível, mas nada muito exagerado, afinal eu havia cuidado em passar protetor de três em três horas como o recomendado.

o rítmo de nossos corações - Andrew GarfieldOnde histórias criam vida. Descubra agora