☀ :: + ° • × Último dia de viagem.
Papéis, ligações, recomendações e previsões. Tudo posto a dedo para o próximo projeto, incluindo nossa volta nos próximos meses.
Millie e eu trocávamos nossas últimas idéias, o dia também passou voando e pela noite, depois de arrumarmos nossas coisas para pegar o voo da madrugada, descemos a praia para um luau.
O Sr. Brown e a filha o organizaram depois de me ouvirem dizer que nunca havia ido em nenhum, de todos os modos não iria aproveitar muito, mas teria uma bela recordação de despedida.
Enquanto eu e Millie nos despedíamos trocando contatos, Chris levou meu chefe para beber, mas não deixei que passassem de dois copos.
Só não contava com que, dois copos, fossem mais que o suficiente da bebida desconhecida.
- Vamos Aidan, temos de pegar o voo. - lhe disse deixando Enzo para que a filha cuidasse.
- Mesmo? - ele se pôs de pé lutando contra a gravidade.
- Mesmo. - respondi o apoiando.
Subindo para nossos quartos, no elevador ele disse algo que me gelou e aí foi a primeira peça da muralha a cair.
- Sabe o que é esquisito?
- O que Aidan? - devolvo a pergunta.
- Hoje mais cedo, quando dormimos depois do banho, eu... - ele para por um instante e sorri. - Sonhei que fazíamos sexo, mas era tão real e dava pra sentir.
- Os sonhos as vezes nos enganam e achamos que são de verdade, só isso. - digo querendo encerrar o assunto.
- Tem algo errado... - ele murmura.
A noite se torna mais longa do que pensei, estamos no aeroporto e ele adormeceu tombando a cabeça em meu ombro.
-Sabe, estou cansada de te esconder isso Aidan, mas também não quero que saiba a verdade, não sei como vai reagir. - falo, mas apenas porque sei que não me ouve.
Não há coragem, não há valentia e não quero pensar nas consequências, mas sei que viram.
...
Pôs viagem.
Há três dias chegamos de viagem, no trabalho tudo é o mesmo, exceto a parte em que todos já sabem de minha gravidez.
O tempo é rápido e parece que tudo o que passamos foi isso, passou. Não esperava e nem queria ter a atenção dele, mas quando se passa um final de semana ligada a uma pessoa, é dificil desligar.
No fim me acostumo, tenho que me acostumar e até o bebê a noite parece sentir falta. Aidan me fazia cafuné para dormir ao mesmo tempo que acariciava meu ventre.
Sem mais cafunés ou caricias, sem mais sua personalidade atrevida. É difícil, mas como disse antes, me acostumo.
Agora trabalho, estou focada em terminar de checar os gráficos, mas ele me chama pelo interfone e me pede um café.
- E pra já. - sempre demostrando um entusiasmo que não tenho.
Vou até a copa do andar presidencial mesmo, e apesar de utilizar o tempo ali para esfriar a mente também, logo sou interrompida por Verônica.
- Ora, ora. - a serpente disse olhando fixa para meu ventre.
Verônica era uma pessoa com a qual meu gênio nunca bateu, sua forma de agir e as fofocas que espalhava também me faziam ter certeza do quanto era ruim.
Desde o início Verônica se irritou por não conseguir ficar com a vaga de assistente do CEO, em comparação eu, nem mesmo tive dificuldade nisto. Ela gostava de Aidan ou mais bem, do salário que ofereciam por tolerá-lo.
No fim, ela se incumbia de me provocar de vez em quando.
- O que quer aqui Verônica? Seu chefe não possui uma cafeteira na própria sala dele? - questionei-a.
- Não vim pelo café, vim ver se os boatos eram reais. - ela sorriu amarga.
- Que boatos?
- Qual é S/n? Não ouviu mesmo?
- Diferente de alguns, eu sim trabalho Verônica. - respondi a fazendo me encarar com raiva.
- Como ainda está trabalhando aqui? Aidan aceitou o fedelho? Vão se casar? - ela me bombardeava com perguntas e olhares fuzilantes.
- Do que está falando?
- Não se faça a ingênua S/n. - ela se escorou no balcão. - Qual é? Até um idiota sabe que esse bastardo é filho do Gallagher.
Minha pressão caiu, podia ver tudo rodando, mas precisava estar de pé e fazê-la calar a boca.
- Você não pode sair dizendo uma coisa dessas Verônica!
- Todos já ligaram os pontos. - ela disse enumerando os seguintes na mão. - Há quase cinco meses você e o CEO viajaram juntos, você voltou estranha da viagem S/n.
Eu me sentei na cadeira, não conseguia manter-me em pé.
- Sabemos que se dedica a trabalhar vinte e quatro horas e não sai com ninguém há anos, nem mesmo com suas amigas do terceiro andar. - ela continua. - Não preciso ser uma Sherlock Holmes para saber que o único com quem teria tempo para transar é seu chefe.
Tão pronto Verônica parou de falar, meus olhos só focaram em Aidan cruzando a porta e em menos de um segundo tudo escureceu.
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𝐄𝐬𝐜𝐨𝐧𝐝𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐠𝐫𝐚𝐯𝐢𝐝𝐞𝐳 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐡𝐞𝐟𝐞 - 𝐀𝐢𝐝𝐚𝐧 𝐆.
RomanceOs "segredos" pαrecem ser o muro entre α secretαriα S/n Jordαn e Aidαn Gαllαgher. Grαvidα e esgotαdα de seu chefe, S/n nαo sαbe como αgir, mαs situαções e lugαres podem forçα-los α ficαrem mαis perto um do outro. Aidαn α principio descobre sobre o b...