☀ :: + ° • × Como ela podia esconder? Verônica estava certa?
Qualquer pergunta que surgisse a minha mente teria de esperar. O soro correndo na veia de S/n me deixava ansioso, ansioso para acabar e para que ela despertasse.
A minha secretária me devia boas explicações, e apesar do que Verônica disse e das sensações e recordações passadas, eu tinha de ouvir de sua boca.
Não queria me iludir e também não queria descontar em S/n se fosse apenas loucura coletiva. Muitas coisas dependiam dela abrir os olhos, mas uma delas não.
Como acompanhante de S/n no hospital, a obstetra me deixou ficar para a ultrassonografia e ali pude ver o quão bem o bebê se movia apesar dela estar desmaiada.
- É um menino mesmo? - perguntei por curiosidade.
- É sim. Um meninão. - a doutora disse e mostrou-me fotos das ultrassonografias passadas.
Eu podia até não enxergá-lo muito bem, mas apenas o fato dele existir já me deixava bobo.
...
Enfim, de volta ao quarto pela tarde, S/n despertou. Seus olhos desviaram a vistas dos meus - naquele momento fazer a pergunta foi por pura formalidade - seu comportamento já dizia tudo.
- S/n, quem é o pai do bebê? E dessa vez, não fuja.
- Não importa, de verdade. - ela virou de lado sem responder-me.
- Vamos, esconder mais para quê? - ela se senta a cama.
Me aproximo para ajudá-la com os fios e a agulha em seu braço.
Ela por um instante tateia a barriga, parece estar mais desperta e também preocupada.
- O bebê está bem, eu mesmo o vi. - respondi acariciando o volume.
- Aidan... não. - ela retira minha mão.
- Qual o problema S/n?
- Quer que eu admita?
- É exatamente o que eu quero. - fico de pé ao lado da maca.
- Pois aí vai! - suas palavras saíam altas demais e seus olhos vermelhos se enchiam de lágrimas. - O bebê é seu sangue!
- Eu sabia. - digo em um misto de alívio e raiva por tanto tempo de espera.
- Mas isso não significa ser pai Ryan.
Suas palavras me confundiram e balancei a cabeça a olhando, queria uma explicação, não tinha ideia do que ela falava.
- Sabe por que sempre escondi? - ela jogou a pergunta, mas não esperou que eu respondesse. - Porque já tive alguém como você em minha vida.
- Alguém como eu?
- Voltamos de viagem e a primeira coisa que fez foi voltar ao trabalho, também me fez trabalhar tanto quanto antes. - ela dizia em tom acusatório. - Isso só provou que você continua o mesmo viciado em trabalho de sempre Aidan.
- S/n, não é assim... - tentei me explicar, mas ela pouco quis ouvir.
- Meu pai era um viciado em trabalho, minha infância inteira não foi importante para ele. Nunca me deu um pingo de atenção sabe... E isso dói mais que tudo em uma criança. -as lágrimas escorrem por seu rosto e eu começo a entender.
- Eu não vou ser assim, não sou como ele S/n.
- É o que diz agora Aidan, mas nem mesmo se lembra de que passamos uma noite juntos.
- Em minha defesa estávamos bêbados.
- E em minha defesa não quis lembrá-lo de algo que preferiu esquecer. - ela diz sem mediação.
Saio de perto e ando de um lado a outro no quarto, parando de frente a sua maca e faço a pergunta que temo a resposta.
- Não me quer com vocês, é isso?
- Não vou privá-lo de ser pai, mas terá que fazer por merecer Aidan. - ela diz tão séria como nunca.- Este bebê precisa de um exemplo e não de uma sombra em sua vida.
- Eu entendo S/n, e isso muda aqui e agora. - digo convicto e me aproximo beijando sua testa.
- Sabe o que está prometendo? - ela questiona enxugando as lágrimas.
- Não estou prometendo, estou te jurando pela minha vida. - respondo e a vejo suspirar aliviada.
A abraço, quero confortá-la, fazê-la ver que posso ser bom para os dois e no fundo desejo mais que tudo, que ela não saia nunca mais do meu abraço.
╔╦══• •✠•❀•✠ • •══╦╗
Vote e comente
╚╩══• •✠•❀•✠ • •══╩╝
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐄𝐬𝐜𝐨𝐧𝐝𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐠𝐫𝐚𝐯𝐢𝐝𝐞𝐳 𝐝𝐨 𝐦𝐞𝐮 𝐜𝐡𝐞𝐟𝐞 - 𝐀𝐢𝐝𝐚𝐧 𝐆.
RomanceOs "segredos" pαrecem ser o muro entre α secretαriα S/n Jordαn e Aidαn Gαllαgher. Grαvidα e esgotαdα de seu chefe, S/n nαo sαbe como αgir, mαs situαções e lugαres podem forçα-los α ficαrem mαis perto um do outro. Aidαn α principio descobre sobre o b...