Capítulo 6

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Tarnya narrando:

Estava no meu quarto de hotel, quando ouço baterem a porta e vou até ela, abro e me deparo com o motorista do Mikhail.

- Oi.- Falo segurando a porta e encarando o loiro, com uma cicatriz na bochecha e tatuagens na testa.

- O senhor Czar, quer vê-la agora.- Diz sério.

- Diz ao seu senhor que não posso.- Respondo fechando a porta, mas o pé do homem forte me impede.

- Tá bem, eu vou.- Me rendo, saindo do quarto ao lado do brutamontes de quase 2 metros.

Assim que saímos do hotel, ele me dirige até ao carro e eu entro, me sentando no banco de trás. Fui contando os minutos e após 25 minutos, o carro para, e o motorista abre a porta e eu desço. E me deparo com um lugar totalmente diferente do que eu imaginei, é uma espécie de armazém, mas porquê que eles me trouxeram aqui ?

- Você entrará a bem ou a mal?- Questiona e resolvo entrar a bem, quando adentro no armazém encontro uma mulher loira e muito linda sendo segurada por dois homens super tatuados, vestidos de preto e com uma cara muito feia, me fazendo estranhar o que está acontecendo aqui. Eu fui descoberta, só pode ser isso, porra! essa será a pior missão de toda a história, como eu fui uma imbecil de ter caído numa armadilha como essa ? também né , eu e a inteligência russa subestimamos muito o Pakhan da Bratva.

[……]

Depois de um tempo ele chega e com um sorriso bem psicopata que chega até  a dar medo, mas me mantenho na minha pose firme.

- O que estou fazendo aqui amor ?- A mulher fala, espera aí! amor!? é isso mesmo que eu ouvi, o que esse cretino ptetende afinal?!

- O jogo é o seguinte, eu a torturo e você a mata.- Ele fala apontando para mim na maior tranquilidade e eu arregalo os olhos, não!

-Что я любил?- Pergunta a loira para ele.

- Você traiu o Pakhan da Bratva, e quem traí a Bratva, paga com sangue.- Ele fala e mulher começa a chorar, e o seu estado é de dar pena.

- Eu não sei o que falaram para você, mas é tudo mentira amor.- Ela se ajoelha e ele ri, se aproximando dela e dando um chute nela, como ele pode ?

- Cala essa boca, sua vadia, e você putinha ruiva vai matá-la. - Fala apontando o dedo para mim, eu não conseguirei, o que esse homem pretende afinal?

- Não.- Nego olhando para ele, sem o menor medo, mesmo sabendo que deveria temer ao diabo.

- Se você não matar essa vadia,  eu te garanto, quem morrerá será a sua irmãzinha Rayssa, pobre garotinha, morrerá tão cedo, aos 20 anos e no terceiro ano da faculdade.- Fala e eu engulo em seco, está tudo perdido, se a vida da minha irmã está em perigo, é exclusivamente por culpa minha.

- Decida-se logo porra!- Esbraveja e eu me assusto, eu não quero matar alguém, eu nunca matei antes.

- Eu não consigo.- Choramingo.

- Aqui, a arma e faça logo, que estou com muita pressa.- Ele me entrega a glock e num ato impulsivo eu aponto para ele e o mesmo ri, maldito demônio.

- Você é muito burra, é mais fácil você atirar nessa vadia aí. - Aponta para a mulher que não para de chorar, e o meu coração se aperta.

- Agora!- Grita, e eu aperto o gatilho sem pestanejar, era ela ou a Rayssa, eu não consigo sentir nada nesse momento, estou atônita com a arma ainda em minhas mãos.

- Você é igual a mim boneca.- Diz se aproximando de mim e cheirando o meu cabelo, fazendo eu retrair o meu corpo, esse homem é um doente, um maníaco dos infernos.

- Nunca, você é louco, doente, sociopata!- Grito com raiva, muita raiva.

- É, você tem razão, uma curiosidade sobre mim, eu sou psicopata e não sociopata, e antes de dizeres um mas…eu sou diagnosticado.- Ele confessa, na maior tranquilidade, fazendo-me ficar mais assustada que antes.

- E agora você irá me matar? é isso ? toma.- Falo entregando a arma para ele, e o mesmo ri.

- Como você é tola, matar você? nunca! Para quê matar, se posso transformar a sua vida num inferno.- Diz e eu arregalo os olhos, o que esse homem pretende comigo.

- Como assim ?- Pergunto.

- Pode se considerar no hospício, pois agora você verá como funciona o mundo de um doente mental, Дорогая невеста.- Diz e eu o encaro com puro pavor, esse homem é louco, eu não sou a noiva dele.

- Noiva?- Questiono atônita.

- Isso mesmo, hoje noiva e amanhã minha futura mulher.- Diz saindo do galpão e vou atrás dele.

- Você só pode estar louco.- Seguro o seu braço.

- É, eu sou louco e muito louco mesmo, e você tinha de pensar cem vezes antes de querer destruir a Bratva.- Aperta o meu pescoço e só consigo ver fúria no seu olhar parece o próprio demônio e está me sufocando, vou perdendo os sentidos.

Bratva: Anjo da morteOnde histórias criam vida. Descubra agora