Capítulo 7

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Mikhail narrando:

Após desmaiar  Tarnya foi levada para a minha mansão, onde ela ficará p'ro resto da sua vida. Por enquanto não posso voltar para a Rússia, mas quando eu voltar, será para fazer estrago, muito estrago. 

Agora tenho uma última missão, me livrar do chefe da Tarnya, Boris Azerov, tenho informações de que ele está no seu hotel agora.

[……]

Assim que entro no quarto de hotel, vejo que o mesmo está vazio, mas ouço o barulho do chuveiro, o rato imundo está no banho, então resolvo esperar sentando em uma poltrona branca. Minutos depois o mesmo saí do banho amarrado em uma toalha e me olha perplexo, numa tentativa falha ele corre até ao criado mudo, para pegar a arma, mas ela já não está lá.

- Está procurando isso?- Balanço a arma e o mesmo engole em seco.

- Você não pode matar alguém do governo.- Fala e eu rio, esse cara tem um sentido de humor fantástico.

- Não só posso, como irei.- Digo.

- Você já está sendo investigado e isso só pioraria para o seu lado.- Fala nervoso e eu rio, esse homem mais do ninguém deveria saber quem é o anjo negro ou anjo da morte, eu sou cruel e não terei piedade.

- Foi um erro teres se metido com a Bratva.- Digo tirando a adaga do coldre e fico apreciando a mesma, na adaga está escrito ангел смерти, me aproximo dele, e o mesmo dá passos para trás batendo contra a parede e eu o encurralo.

- Como você prefere morrer ?- Questiono passando a adaga por seu pescoço e sentindo a respiração pesada do homem, e sem dar-lhe chance de responder espeto a faca no meio do seu pescoço e retiro a mesma. E começa a jorrar sangue, agora esfaqueio o seu abdômen fazendo o mesmo cair no chão, me agacho esfaqueando o seu peito, bem na área do coração, o mesmo já está sem vida, mas eu ainda não estou satisfeito, o esfaqueio a maneira da Bratva.

Com ele já morto, só falta mandar a sua cabeça pelo correio para os serviços secretos russos. Pego o meu sobretudo e saio do hotel, meus homens chegarão daqui à pouco para fazer uma limpeza. Já no carro e indo para casa, tenho flashbacks da primeira vez que matei alguém, foi na minha iniciação.

Flashback on:

- Toma a faca, Mikhail.-  Meu pai Ivan me entrega a faca, eu recebo analisando cada detalhe da faca em minhas mãos.

- Esse homem papai?- Aponto para o homem no chão, sangrando. 

E sem exitar me aproximo do homem que implorava aos prantos por sua vida, e o esfaqueio bem no meio do peito, e giro a faca ainda em seu corpo e a tiro em seguida, o homem caí no chão, e eu apenas olho para o seu corpo no chão, eu não sinto, nem tristeza ou arrependimento, em seguida encaro o meu pai, e o mesmo tem um olhar de puro orgulho.

- É isso filho, você está pronto para ser o meu sucessor, você é um filho da Bratva.- Ivan fala com puro orgulho.

Horas mais tarde a gente regressou para casa e posso ver a minha sentada no sofá com as mãos sobre o joelho e bem apreensiva, quando ela nota a nossa presença vem correndo até mim, e me abraça forte.

- O que eles fizeram com você filho?- Sussurro acariciando os meus cabelos.

- Anya deixa o garoto em paz.- Meu pai diz puxando a minha mãe, a afastando de mim, eu apenas observo a cena sem dizer nada.

- Que tipo de monstro você é Ivan? como você pode fazer isso com o meu filho, seu maldito, o tornou igual a você.- Esbraveja dando tapas e socos no peito do meu pai, e o mesmo reage dando-lhe um tapa, fazendo a mesma se desestabilizar e cair no chão chorando, eu apenas me aproximo dela e encaro o seu olhar sofrido.

- Eu sou pior que ele, mãe.- Digo e ela começa a chorar, saio dali subindo as escadas e me trancando em meu quarto.

Flashback of:

Eu tinha apenas dez anos quando me tornei no monstro em que sou hoje, e a minha mãe sempre sofreu por isso, ela não queria isso para mim.

Assim que chego em casa, subo para o meu quarto. Tiro as minhas roupas e entro no box, a água quente vai descendo pelo meu corpo e eu me sinto um pouco em paz, são poucos os momentos em que os meus demônios me deixam em paz.

Bratva: Anjo da morteOnde histórias criam vida. Descubra agora